Bom dia queridos amigos e amigas de nossa comunidade!
Mais uma semana se inicia e hoje vamos conversar sobre uma outra Iabá, dona do envelhecimento, Nanã. Vale lembrar que esta Iabá pode ser louvada em dias diferentes variando de acordo com as nações.
Saluba Nanã!
A mais velha divindade do panteão africano, foi a primeira
Iyabá e a mais vaidosa. Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas - em algumas tribos, quando o seu nome era pronunciado, todos se jogavam ao chão.
Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolú. É, também, protetora dos homens e criaturas idosas, desabrigados, doentes e deficientes visuais. Esta grande Iabá, considerada mãe e avó, é padroeira da família.
Muito discreta e com afeição por se esconder, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo, caracterizando uma figura austera e justiceira. Com isso, está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas.
Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica em um compromisso muito sério e inquebrantável.
Associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do
fundo dos rios e dos mares. Nanã representa a junção daquilo que foi criado por Olorun (Deus). Ela é o ponto de contato da terra com as águas e possui o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas elas. Nana é a chuva e a garoa.
É reverenciada como sendo a divindade tanto da
vida, como da morte, é ela quem reconduz ao
Orun, os seres vivos que Oxum colocou no mundo real. Deusa e guardiã do reino da morte, é quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
Com a junção da água e a terra
surgiu o Barro, este, juntamente com o Sopro Divino representa Movimento.
O Movimento adquire Estrutura e, assim, surgiu a criação, o Homem.
Nanã é responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao
primeiro homem e a todos os seres viventes da terra, e da continuação da
existência humana, bem como - como vimos acima - da morte, passando por uma transmutação contínua, onde nada se perde.
A senhora do reino da morte
tem, como elemento, a terra fofa que recebe os cadáveres, os acalenta e
esquenta, numa "repetição" do ventre, da vida intra-uterina. Muitos são, portanto, os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são
modificados para poderem nascer novamente - a reencarnação, o novo destino.
E enquanto ela atua na
decantação emocional e no adormecimento do espírito, o mistério divino que reduz o espírito, é regido
por nosso amado pai Obaluaiye, que é o "Senhor das Passagens" de um
plano para outro.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No
início desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está
Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a
sexualidade, quanto a geração de filhos.
Seu símbolo é o Íbíri - apetrecho confeccionado com nervura da folha de dendezeiro, ornado com búzios, palha da costa, fio de conta e cabaça (fruto de uma planta chamada porongo).
As cores utilizadas para confecção das vestimentas sagradas de Nanã são branco com azul cobalto, mas também podem ser utilizados roxo e lilás. Os tecidos abaixo podem ser utilizados para este fim e você pode adquiri-los! Estão à venda e sob encomenda, sendo assim, se tiver interesse, não perca tempo, entre em contato conosco agora mesmo e faça a sua!
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Obrigada pela sua companhia, uma ótima semana e até amanhã!
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