terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ogum, Orixá de uma só palavra.

Olá queridos e queridas!!!

Ogum, em um dos mitos existentes sobre ele, teve a oportunidade de se acomodar com um título de realeza e, tomou uma decisão. Orixá de uma só palavra, tem como característica o seguir em frente.

Você sabe o final deste mito? Ele aceitou? Ou não?

Ogun Ye!

"Nos primórdios do mundo, Ògún descia do Orun (céu) para o Aiyè (terra) para caçar. Mais tarde, quando os outros Òrìsá desceram ao novo mundo para completar a criação, pediram a ele que abrisse o caminho na floresta, uma vez que era o único em posse do instrumento necessário. Como recompensa, eles construíram a cidade de Ifé e ofereceram sua coroa a Ògún.
O senhor dos metais, ativo e guerreiro, preferia a caça, as batalhas, assim como a conquista dos caminhos na prática, não tinha interesse em súditos ou em governar uma cidade, sendo assim, ele recusou o título de Rei e seguiu seu trajeto durante muito tempo.
Ao voltar à cidade para uma visita, com suas roupas manchadas de sangue, ele não foi reconhecido e, assim, vestiu-se com folhas de màrìwò (dendezeiro) e, desgostoso com os ingratos, foi embora para suas florestas, estradas e batalhas."


O mito acima reforça a característica de Ogum que mencionamos no início do texto. Quando se coloca a decisão como fonte de prioridade, nos inclinamos a decidir por aquilo que é mais correto, objetivo e estrutural. 

O julgamento das próprias atitudes está no dia a dia dos seres humanos, a necessidade de optar por alguma coisa. Essas decisões devem ser tomadas de forma clara e objetiva, pois podem implicar em mudanças radicais. Sendo correta, como deve ser, não há porque, ou como, voltar atrás. O que foi feito, está feito e isto é de suma importância para Ogum.

Devido a isto, a impulsividade para o filho de Ògún (a bem da verdade para todos os Omo Òrìsà – filhos de Orixá), normalmente, não traz bons resultados. Este Orixá não admite a possibilidade do mais ou menos, é  sim ou  não!

Ou seja, o ideal (mesmo que não se possa demorar muito) é que se pense, avalie e decida com parcimônia e responsabilidade antes de pôr em prática, assumindo o lucro ou “prejuízo” diante da definição tomada corretamente.

Òrìsà guerreiro e desbravador dos caminhos na luta pela sobrevivência tem, na África, seu culto restrito aos homens. Senhor dos metais e dos utensílios por ele criado para a caça, o plantio e a arte feita através deles e a tecnologia, diz-se que após Òsàlá criar o ser humano, ele o aprimorou (numa alusão às cirurgias quando necessárias).

Ògun é Òrìsà Olóbe (senhor da faca) e o Àsògun (quem tem o axé de Ogum) é seu sacerdote por excelência. Outros títulos a ele denominado são:

- Bàbá Irin – O senhor dos metais;
- Asiwajú – O que vem na frente;
- Òsìnmálé – O chefe entre as divindades.

Nos rituais de sacrifícios seu nome será invocado primeiro para quase todos os Òrìsà.

Outras denominações de Ogum:
- O senhor da forja e dos metais.
- Como companheiro de Òsùn, é o dono dos metais amarelos.
- Guardião do terreiros de Jeje.
- Dono do Baluwè de Òsàlá.
Ògún Onírè (senhor de Irê), título recebido após impedir vários conquistadores de chegar a tal cidade, estando nas 7 partes da mesma - o que se refere aos 7 vilarejos ao redor - e ocupando-a.

Quando numa iniciação coletiva, o filho de Ogum, provavelmente, será o primeiro e, em suas danças, revela os movimentos de luta e de abertura de novos caminhos.

abaixo, temos alguma opções de tecidos africanos verdadeiros que podem ser utilizados na confecção das vestimentas sagradas deste Orixá que utiliza azul rei, verde, ambos em grande proporção, mas, ainda, a cor branca misturada aquelas ou, em dadas situações, sozinha.

Não perca mais tempo, entre em contato conosco através de:
E-mail: tecidosafricanosebordados@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado





 Obrigada pela sua companhia mais uma vez e até amanhã!

Nenhum comentário:

Postar um comentário