sábado, 31 de outubro de 2015

Oxum e a sedução

Olá, olá queridos e queridas!!!

Sábado é um dia em muitas pessoas se preparam para a arte da sedução e a arte de amar, um dia em que os casais aproveitam para se amarem e, assim como todos nós queremos ser amados, a senhora da riqueza também sempre o quis. Você sabia?


Filha de Oxalá e Yemanjá, foi esperada e mimada. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Osun é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios, entretanto se concentrando no discreto movimento dos rios, a água semi parada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras. Vale enfatizar que atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.

É conhecida por sua delicadeza, com isso, as lendas adornam-a com ricas vestes de lindos tecidos em amarelo, dourado e tons que variam entre rosa, azul e vermelho e objetos de uso pessoal como colares, jóias, perfumes etc, tudo relacionado à vaidade, isto porque é òrìsà da riqueza.

Dona do ouro, fruto das entranhas da terra (na África seu metal era o cobre), ela é alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina, que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa, compassiva, e ardilosa. Elegante, rainha que nada recusa, tudo dá, tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.

Segunda mulher de Sàngó, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.

Osun desempenha importante função nos ritos de iniciação de Iyawo, que são a gestação e o nascimento na vida para o Òrìsà.

Preside:
- A menstruação: Mostrando que o fluxo mensal feminino, ao invés de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, proclama a realidade do poder que elas possuem, a possibilidade de  gerar filhos.
- A gravidez e o parto: tem ligação ao conceito de fertilidade, zelando pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Entretanto esta Iabá continua zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.

A fecundidade e a fertilidade são, por extensão, abundância e fartura atuando, ainda, no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano que possibilitará o seu desenvolvimento.

Òrìsà do amor e da beleza, é doce, sedutora e usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas, tendo encantado Obaluaiê. Ele, perdidamente apaixonado, concede-a um desejo e afasta a peste do reino de Xangô.

Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. 

Amante da fortuna, do esplendor e do poder, não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho, lançando mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Entretanto, seu maior desejo é ser amada, o que a faz correr grandes riscos e assumir tarefas difíceis pelo bem da coletividade.

Em suas aventuras, é tanto uma brava, e determinada guerreira, pronta para qualquer confronto e utilizando de malícia para ludibriar seus inimigos, como a frágil e sensual ninfa amorosa, havendo ternura para com seus queridos,


Orixá amante, ataca as concorrentes para ser a única capaz de centralizar as atenções, não aceita ninguém superior a ela.  Se entrega a paixão que sente, pois o romantismo é outra marca sua. 

Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. 

Os tecidos abaixo são verdadeiramente africanos, 100 % algodão e podem ser utilizadas para confecção das roupas sagradas de Oxum. 



se você tem interesse em tecidos africanos como os abaixo ou outras opções, não perca mais tempo e faça a sua encomenda agora mesmo através de:
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Queridos, aguardo vocês novamente amanhã, ok?! Até lá!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Águas de Oxalá - parte 4

Bom dia comunidade!!!! 

Chegou a esperada sexta-feira!!!! 

E nesse lindo dia de branco, vamos dar continuidade a nossa conversa sobre as águas de Oxalá!

Na sexta passada, conversamos sobre o início do ritual e o primeiro Domingo das águas de Òsàlá (você pode relembrar em: http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/aguas-oxala-ii-o-banho.html), que é quando ocorre a festa de Oduduwá (ancestralidade - A Terra).Vimos que no caminho, a paz silenciosa toma conta de tudo, as roupas alvas, a alimentação sem sal, o ajeum funfun (comidas brancas) estará presente por 16 dias. O ciclo do primeiro domingo se fecha com Orixás em roda e os Omo òrìsà (filhos) da casa no toque tradicional do batá em celebração a Oduduwa, o mais antigo Òrìsà funfun.


O 2º Domingo- A Procissão do Àlà -  Festa de Oxalufan (ancestralidade - O Alá).

Continua o preceito no dia anterior ou neste dia bem cedo, os assentamentos, cabaças e axés voltam para sua “Casa” (o quarto de Òsàlá) cobertos por um pano branco. O assentamento do Ojúbo (Orixá coletivo) aguarda para ir no andor na procissão da volta, mas tudo deve ser preparado e limpo para recebê-lo. Não há ritos de sacrifícios. 

Todos  se voltam para a procissão que, ao contrário da primeira (triste e silenciosa,) é plena de alegria, com muitas flores brancas, ao som de cantigas e revoadas de pombos brancos soltos por egbomis (pessoas já iniciadas na religião após determinado período de aprendizado), um grande Alá (pano branco) acompanha Òsàlá em seu retorno ao seu reino, conforme relato do mito que sustenta todo o ritual.

Após a realização do Ìpàdé (alimentação), obrigatoriamente antes do sol se pôr, seguem-se os momentos iniciais da procissão. As luzes são apagadas. No Baluwè o andor já está arrumado para trazer de volta o senhor do branco. Todos ajoelham-se nas eni (esteiras), estendidas à frente, para fazerem o pawó, bem como as rezas e cânticos correspondentes ao momento. 

Um grande àlà de tecido de algodão simples e sem enfeites cobre o andor com Òsàlá, assim como a cabeça de todos os presentes e as rezas prosseguem:  para levantar o Orixá; para entrar com ele  debaixo do pano branco. 

Em seguida, inicia-se a procissão de retorno de Òsàlá ao seu reino, onde todos são cobertos pelo grande Àlá de nosso Pai, inclusive os visitantes, representando a segurança do pai por todos que devem suportá-lo com as mãos. O cortejo segue com cantos de regozijo pela sua volta em passos levemente dançados ao ritmo do antigo Òrìsà.

A procissão passará em frente a porta de alguns Ilê Òrìsà (quartos de santo) cumprindo o fundamento de uma reverência, de ora, quase imperceptível e ela sai à rua. No retorno, os cânticos entoados anunciam sua chegada. Após entrar pela porta da frente, são feitas 03 voltas no barracão e terminando a caminhada com uma corridinha para entrar na casa ou quarto do pai do branco. 

O Àlá, símbolo de proteção, é cerimonialmente enrolado, o Grande Òsàlá é entronizado para descansar, as Iyás arrumarão seu ajubó e todos fazem o pawó. Após feito o jogo do obi, todos rezam e cantam para que as luzes sejam acesas, lembrando todos os Òrìsà na primeira frase de cada repetição.

A partir daí todos seguem para o salão para um alegre Siré. Os demais Òrìsà se apresentam, se arrumam com suas vestes brancas em respeito ao senhor do branco e todos são homenageados com uma sequência de cânticos, sendo assim, encerrada esta etapa que será sucedida da fase final no domingo seguinte: A festa de Pilão de Òsàgiyán (domingo que tem uma freqüência maior da população, entre assistentes e convidados, mas conversaremos mais a respeito na próxima sexta, ok?!

Lembrando que, para este ritual os tecidos utilizados são simples, de puro algodão e sem decorações, mas inserimos fotos de tecidos belíssimos para a confecção das roupas sagradas para Oxalá!

Lembre-se que você pode fazer sua encomenda para receber no início de Dezembro, mas temos poucas peças!

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Mais uma vez, obrigada pela companhia agradabilíssima e até amanhã!

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Osanhã e o nome das plantas

Olá Comunidade querida!!!!

Osanhã, que é um Orixá e um feiticeiro tem uma relacionamento cordial e de colaboração com todos os outros Orixás e isso se deve a relação do mesmo com o axé das folhas.

Você sabe como ele o conseguiu?



Originário de Iraô, atualmente na Nigéria, não fazia parte dos 16 companheiros de Odùdùwa quando da chegada de Orunmilá.

Como feiticeiro, é representado por um pássaro que reside na sua cabaça e é chamado Eleyê, pois as proprietárias do pássaro do poder são as feiticeiras. 
Carrega, também, sete lanças com um pássaro em cima da haste, o qual é seu mensageiro e voa para trazer-lhe notícias.

Osanyin está extremamente ligado a Orunmilá, Senhor da Adivinhações, e a todos os outros Òrìsà por ser o detentor do poder das folhas, concedido a ele em uma de suas viagens ao Orun conforme descreve o mito abaixo.

 "Ifá foi consultado por Òrúnmílá que estava partindo da terra para o céu para buscar todas as folhas com o propósito de utilizá-las para benefício dos seres humanos e isso, foi exatamente o que ele disse à Olódùmaré  ao chegar lá.

No retorno, ao chegar à pedra Àgbàsaláààrin ayé lòrun (pedra que se encontra no meio do caminho entre o céu e a terra), encontrou Òsanyìn que ia na direção contrária e perguntou: Onde vai? 
Òsanyìn: Vou ao céu buscar folhas e remédios. 
Òrúnmílá: Muito bem! Foi exatamente o que vim fazer, sendo assim, não há necessidade de seguir adiante. Pode levar todas as folhas para  fazer remédios (feitiços) com elas, já que você detém  a sabedoria e o poder do Asé das mesmas.

Osanyin queixou-se a Òrúnmílá que  não conhecia os nomes de cada uma delas, o que dificultava muito na separação e guarda dos remédios e feitiços. Assim, Òrúnmílá nomeou todas as folhas naquele dia.

Em seguida ele disse, voltemos juntos para a Terra e você Òsanyìn carrega todas as folhas consigo."

Foi assim que Òrúnmílá, com a permissão de Olódùmaré, entregou e nomeou todas as folhas para o senhos das folhas naquele dia, bem como o ensinou o nome das ervas apanhadas.

Na próxima postagem sobre este sábio e miraculoso Òrìsà, conversaremos sobre o período de rivalidade entre ele e os  outros Orixás no passado.

Abaixo, temos mais alguns exemplos de tecidos africanos verdadeiros e à disposição para encomenda que podem ser utilizados na confecção das vestimentas sagradas de Ossanhã.

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Após mais esse agradável encontro, te espero amanhã novamente!!!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Obá e o amor!

Boa tarde queridos (as)!!!!!

Todos nós conhecemos o sublime sentimento chamado amor e, em consequência dele, o ciúme, muitas vezes indevido, mas inevitável.

Você sabia que essa emoção inerente ao ser humano é proveniente de Obá? Pois é...

Obà Si!

Obá, filha de Iemanjá e Oxalá, era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino em toda a África, por isso, também é saudada como Iyá Agbá (mãe ventre), e mantém estreitas relações com as Iya Mi (mães feiticeiras). Era uma mulher forte, consciente do seu poder, comandava as demais e desafiava o poder masculino, lutando e reivindicando seus direitos. Podia enfrentar qualquer homem que fosse, com exceção do dono de seu coração.

E, rendendo-se a paixão com intensidade, é saudada como o Orixá do ciúme e do amor, das paixões com todos os dissabores e sofrimentos que elas podem acarretar. Ela tem ciúme porque ama.

Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, fazendo uma ligação histórica do lado esquerdo (Osì) com a mulher pelo fato de ser onde o coração se encontra, sendo assim, é aquela que compreende as emoções, pois pensa com o coração. Em consequência está ligada ao poder genitor feminino.

Rainha da sociedade das grandes amazonas na África, chamada Elecô, onde homem não entra, Obà não conhece a cabeça de homem.

Esta Iabá está ligada a Oxóssi devido a caça e por ser grande arqueira e a Xangô através do fogo da luta pela vida, isto porque, embora tenha se transformado em um rio, é uma deusa relacionada ao fogo.

Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, dedicar-se à guerra? Toda a energia das sua paixão frustrada ela canaliza para a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, a qual nenhum homem ousa enfrentar, superando a angústia de viver sem ser amada.

A deusa do fogo troca um palácio por uma cabana, todas as riquezas do mundo pelo verdadeiro: “Eu te amo”.

Outro elemento relacionado a ela, além do fogo, são as águas revoltas.

Também podemos nos dirigir a ela quanto ao sucesso profissional.

Tecidos com coral e azul céu, marrom com coral, tons de fogo, rosa, vermelhos lhe vestem com primazia e bom gosto. Abaixo, estão alguns exemplos que vocês podem adquirir. São tecidos africanos verdadeiros!

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E você, sabia de tudo isso?! Te aguardo amanhã para mais um bate-papo! Até lá!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ogum, Orixá de uma só palavra.

Olá queridos e queridas!!!

Ogum, em um dos mitos existentes sobre ele, teve a oportunidade de se acomodar com um título de realeza e, tomou uma decisão. Orixá de uma só palavra, tem como característica o seguir em frente.

Você sabe o final deste mito? Ele aceitou? Ou não?

Ogun Ye!

"Nos primórdios do mundo, Ògún descia do Orun (céu) para o Aiyè (terra) para caçar. Mais tarde, quando os outros Òrìsá desceram ao novo mundo para completar a criação, pediram a ele que abrisse o caminho na floresta, uma vez que era o único em posse do instrumento necessário. Como recompensa, eles construíram a cidade de Ifé e ofereceram sua coroa a Ògún.
O senhor dos metais, ativo e guerreiro, preferia a caça, as batalhas, assim como a conquista dos caminhos na prática, não tinha interesse em súditos ou em governar uma cidade, sendo assim, ele recusou o título de Rei e seguiu seu trajeto durante muito tempo.
Ao voltar à cidade para uma visita, com suas roupas manchadas de sangue, ele não foi reconhecido e, assim, vestiu-se com folhas de màrìwò (dendezeiro) e, desgostoso com os ingratos, foi embora para suas florestas, estradas e batalhas."


O mito acima reforça a característica de Ogum que mencionamos no início do texto. Quando se coloca a decisão como fonte de prioridade, nos inclinamos a decidir por aquilo que é mais correto, objetivo e estrutural. 

O julgamento das próprias atitudes está no dia a dia dos seres humanos, a necessidade de optar por alguma coisa. Essas decisões devem ser tomadas de forma clara e objetiva, pois podem implicar em mudanças radicais. Sendo correta, como deve ser, não há porque, ou como, voltar atrás. O que foi feito, está feito e isto é de suma importância para Ogum.

Devido a isto, a impulsividade para o filho de Ògún (a bem da verdade para todos os Omo Òrìsà – filhos de Orixá), normalmente, não traz bons resultados. Este Orixá não admite a possibilidade do mais ou menos, é  sim ou  não!

Ou seja, o ideal (mesmo que não se possa demorar muito) é que se pense, avalie e decida com parcimônia e responsabilidade antes de pôr em prática, assumindo o lucro ou “prejuízo” diante da definição tomada corretamente.

Òrìsà guerreiro e desbravador dos caminhos na luta pela sobrevivência tem, na África, seu culto restrito aos homens. Senhor dos metais e dos utensílios por ele criado para a caça, o plantio e a arte feita através deles e a tecnologia, diz-se que após Òsàlá criar o ser humano, ele o aprimorou (numa alusão às cirurgias quando necessárias).

Ògun é Òrìsà Olóbe (senhor da faca) e o Àsògun (quem tem o axé de Ogum) é seu sacerdote por excelência. Outros títulos a ele denominado são:

- Bàbá Irin – O senhor dos metais;
- Asiwajú – O que vem na frente;
- Òsìnmálé – O chefe entre as divindades.

Nos rituais de sacrifícios seu nome será invocado primeiro para quase todos os Òrìsà.

Outras denominações de Ogum:
- O senhor da forja e dos metais.
- Como companheiro de Òsùn, é o dono dos metais amarelos.
- Guardião do terreiros de Jeje.
- Dono do Baluwè de Òsàlá.
Ògún Onírè (senhor de Irê), título recebido após impedir vários conquistadores de chegar a tal cidade, estando nas 7 partes da mesma - o que se refere aos 7 vilarejos ao redor - e ocupando-a.

Quando numa iniciação coletiva, o filho de Ogum, provavelmente, será o primeiro e, em suas danças, revela os movimentos de luta e de abertura de novos caminhos.

abaixo, temos alguma opções de tecidos africanos verdadeiros que podem ser utilizados na confecção das vestimentas sagradas deste Orixá que utiliza azul rei, verde, ambos em grande proporção, mas, ainda, a cor branca misturada aquelas ou, em dadas situações, sozinha.

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 Obrigada pela sua companhia mais uma vez e até amanhã!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Nanã e o Renascimento.

Boa tarde pessoal!!!!

Mais um início de semana conversando sobre os mistérios nebulosos de Nanã.

E continuando a falar de ciclos, você sabia que esta Iabá idosa tem fundamento com o renascimento? Não?! Então, vamos conversar mais!

Saluba!

Nanã é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois, quando Odudua separou a água parada já existente e liberou a terra do “saco da criação”, o ponto de contacto desses dois elementos formou a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã.

Senhora de muitos búzios, ela sintetiza em si: morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje (da região do antigo Daomé), significa “mãe”.

Sendo a mais antiga divindade das águas, ela representa a memória ancestral do nosso povo, é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência e mãe dos Orixás Iroko, Obaluaiê , Osanyin e Oxumaré. Entretanto, por ser a deusa mais velha do candomblé, é respeitada como mãe por todos os outros Orixás também.

A vida está cercada de mistérios que atormentam o ser humano ao longo das Eras, porém, quando o homem se viu diante do mistério da morte, ainda na Pré-História, irrompeu-se em seu âmago um sentimento ambíguo. Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo no seu destino.

Nanã faz-se compreender no momento em que a morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, pois, nesta época os mortos ainda eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, compreendendo assim, os mistérios de Nanã.

Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.

È, ainda, o começo porque ela é o barro e o barro é a vida. 

Esta Iabá pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. Aqueles que praticam boas ações, vivem preocupados com o seu próprio bem, com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade da sua essência.

É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nanã. Respeitada e temida, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida, assim como a vida que se reinicia após a morte e vice-versa.


E vocês? Alguma observação a fazer? Deixe seu comentário.

Como vocês já sabem, seguem algumas opções de tecidos que podem ser utilizados na confecção das vestimentas sagradas de Nanã e estão disponíveis para encomenda!

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Desejo uma semana maravilhosa à vocês e os aguardo amanhã! Até lá!

domingo, 25 de outubro de 2015

A cultura africana e Nós - parte2

Bom dia amigos e amigas!!!

Como combinamos na semana passada, hoje vamos continuar aquela conversa sobre a cultura africana e sua influência em nós.

A verdade é que existem muitos detalhes incríveis dessa cultura e eu gostaria de compartilhar todos com vocês, mas é muita coisa mesmo, então estou tentando resumir de forma que fique bem claro.


Antes de focarmos nos pontos que citamos na semana passada (arte, principais povos e influência), vamos pincelar um pouco sobre a história das migrações na áfrica antiga como forma de explicar um pouco mais a identidade africana e as diferentes civilizações que lá existiram.

É bom lembrar que o Egito faz parte da áfrica, tendo um dos principais impérios africanos. Toda a região do Vale do Rio Nilo prosperou bastante no passado tendo surgido há 5 mil anos. Regiões como o Egito dos Faróis, Kush e Meroé, mesmo sem muitos registros de contatos entre si, cresceram muito devido a agricultura e tinham crenças parecidas, mas não iguais. Vale citar que nessas culturas as mulheres tinham uma importância equivalente à dos homens podendo ocupar cargos de poder. Isso acontecia em outras regiões da África, mas não todas, isto porque uma outra importante civilização do continente foi a região de Gana e posteriormente Mali, esta última sendo muçulmana e composta de grandes sábios que além de mesquitas que, hoje, fazem parte do patrimônio histórico mundial, construíram diversas bibliotecas. 

Ressaltando a grandiosidade dos impérios africanos, Gana foi um dos locais mais ricos tendo o rei gasto 12 toneladas do ouro que era extraído da região próximas ao rios. Até hoje a tradição de utilização do ouro em tronos, vestimentas, acessórios, em acessórios postos em animais é mantida.

Outro povo bem importante eram os Bérberes, grande civilização que se concentrava na região Norte e litorânea e nos comércios entre povos viajando pelo deserto do Saara (maior do mundo) e trocando mercadorias por outras, como grãos, ouro, prata. Esses povos conheciam bem o deserto, oásis, poços de água e criavam camêlos que facilitaram bastante a prática de trocas.

Uma outra civilização importantíssima foram os Bantos, a maior migração que se tem registro da história africana a.C. durou 2.500 anos e levou agricultores com domínio sobre a metalurgia, habilidade que lhes garantiu superioridade, a uma expansão enorme o que resultou em idiomas proveniente de uma mesma língua. Misturavam-se com povos que habitavam a África Central, Ocidental e Sul. Com o corte das árvores para construção dos forno de altas temperaturas, abriam-se campos para as pastagens e agricultura.

Antes da influência muçulmana atingir as regiões costeiras já havia uma grande região entre o Saara e o oceano Atlântico que negociavam bastante o ouro, noz-de-cola, peles, plumas, resinas, além de animais, alimentos e produtos artesanais. Foi um dos locais que mais sofreu com a escravidão. Sociedades que possuíam ligação entre si e com Ifé, cidade mãe, adotaram formas de organizações políticas e sociais formando a chamada Iorubalândia ou Iorubá. A sociedade Iorubá, formada por diversos povos em diferentes locais, teve grande concentração no sudeste da Nigéria. Vamos falar mais sobre este assunto em outro post mais a frente, certo?!

Pessoal!!! A conversa já está longa de novo!!! Mas é mesmo um assunto tão cativante que a gente perde a noção...hehehe...

Vale mencionar que os povos mencionados acima não, necessariamente, viveram na mesma época, ok?!

Bom, na semana que vem, finalizaremos a conversa detalhando mais sobre a arte e a influência em nós!

Não se esqueça de conferir os tecidos abaixo, ainda estão sob encomenda, pois eu consegui uma extensão de prazo com nosso fornecedor!!! Agora não dá mais para deixar pra depois, hein.

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Mais uma vez, sua companhia é um prazer e te aguardo amanhã!!

sábado, 24 de outubro de 2015

Iyewá - O ciclo, a alegria!

Boa tarde pessoal!!!

Sábado, dia em que a beleza das notas musicais contagiam a todos com alegria, alegria que é proveniente de Iyewá, você sabia?!

Ri Ró!

Iyewá é a divindade do canto, das coisas alegres e vivas. Dona de raro encanto e beleza, é considerada a senhora das possibilidades e rainha das transformações orgânicas e inorgânicas.

Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando figuras de animais, de pessoas ou objetos, ali está Iyewa, evoluindo solta pelos céus, encantando e desenhando por cima do azul celeste da atmosfera da Terra.

É também o início da chuva, regida por sua mãe Nanã. Este é um de seus encantamentos: o ciclo interminável de transformação da água em seus diversos estado, incluindo o sólido.

Está ligada, também, à mutação dos animais e vegetais - a mágica da transformação. Ela é o desabrochar de um botão de rosa; a lagarta que se transforma em borboleta; a água que vira nuvem e a nuvem que vira água; é a água que vira gelo e que derrete; faz e desfaz, num verdadeiro balé da Natureza.
Senhora do belo, Iyewa é aquela que vai dar cor ao seres; torná-los bonitos, vivos, estimulando a sensibilidade; a fragilidade das coisas; a transformação das células, gerando o que há de mais lindo no mundo. É a deusa da beleza; é o sentimento de prazer pelo que é belo; é o respeito pelas maravilhas que o mundo apresenta.

Sua força natural é ligada,ainda, à alegria, dividindo com Vungi (Ibeji) a regência daquilo que se chama ou se tem como felicidade. Está presente nas coisas e nos momentos alegres, que têm vida.

Divindade do canto; da música; dos sons da natureza, que enchem nossos ouvidos de alegria e contentamento. Está presente no canto dos pássaros; no correr dos rios; no barulho das folhas sopradas ao vento; na queda da chuva; no assovio dos ventos; na música interpretada por uma criança, no choro do bebê, no canto mais que sagrado da mãe Natureza.

Ela, como todos os outros, está entre nós no cotidiano, convivendo e influenciando nosso comportamento, transformando nossa vida, gerando situações que vamos viver diariamente.

Iyewa é a própria beleza. É o som que encanta. É o canto da alegria. É a transformação do mal para o bom. É a vida como deve ser e deve ser o que tem que ser…


Para as vestimentas sagradas desta deusa podem ser utilizados os tecidos africanos abaixo. Lembrando que eles são verdadeiros e estão aguardando por você!

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Obrigada pela presença e até amanhã!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Águas Oxalá III - O banho

Boa tarde a todos!!!!

Continuando nossa conversa da sexta-feira passada, vamos mergulhar um pouco mais nas águas de Oxalá!!

Se você não participou nas últimas sextas, dá uma lida nos posts anteriores:

http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/sexta-feira-aguas-de-oxala-i.html
http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/aguas-de-oxala-parte-2.html



odisseia vivida por Òsàlá que narramos na sexta-feira anterior é a base para o ritual sobre o qual temos conversado.

Neste período está sob interdição o uso do azeite de dendê e do café, pouco se fala e quando se fala é restritamente o necessário e em baixo tom, todo o terreiro é limpo, arrumado e pintado e só se usam roupas de ração (próprias para o trabalho na casa) brancas.

O jogo (oráculo) determinou as oferendas.

Na quinta-feira durante o dia, é montado o Baluwè (casa de banho) para Òsàlá. À noite, após o banho com sabão da costa e água de folhas, todos participam do bori (ritual sagrado que alimenta e da ciência ao Ori (cabeça) dos acontecimentos) na sua forma mais simples, para que possam participar da procissão das águas. 


Após o bori, em silencio absoluto, levando consigo sua quartinha e sua vela, todos vão dormir. O último apagará todas as luzes da casa, que permanecerá assim até o entardecer de sexta feira.

No finalzinho da madrugada começa a procissão. Todos com seus potes, em 03 viagens sucessivas, pegam água na fonte para lavar Òsàlá, representando os banhos que o mesmo tomou e significando purificação. As águas que o banham simbolizam também o arrependimento de Sàngó e de todos os seres humanos, pelos erros cometidos.  Na terceira ida à fonte o dia está amanhecendo. 


No Baluwè permanecem os Òsàlá (neste caso, as representações dos filhos da casa), a quartinha, a ewe (folha) e a flor de cada um. Em frente a ele, no lado de fora são colocadas esteiras no chão e todos reverenciam o pai do branco através do pawó (palmas ritualísticas), bem como rezas e cânticos referentes a este Orixá, que são entoados. São cânticos que traduzem tristeza e pesar pelo ocorrido com Òsàlá, pela situação difícil e dolorosa a ele imposta. Com pedidos para que tudo termine com dignidade e, de perdão. Eles relatam, também, momentos vividos por nosso grande Pai do branco em sua odisseia, como quando suas vestes se sujam de carvão e dendê. Há, ainda, rezas que lembram o que acontecera com os soldados que o agrediram. Ao final, uma cortina branca fecha o Baluwè encerrando a primeira parte e todos passam para o desjejum.


Há os filhos que vão para o trabalho e, os que podem, permanecem na casa para cumprir os rituais de rezas durante a sexta-feira. À noite todos retornam.

No sábado, bem cedo, é feito o oferecimento no quarto de Esu Orixá. Em seguida, em frente ao baluwè os oferecimentos a Òsàlá, que serão preparados e arriados aos pés deles, respectivamente.

No domingo após o Ìpàdé, ocorre a festa do Òrìsá. É o 1º Domingo das Águas de Òsàla. No Siré (sequências de cânticos ao Orixá), as roupas de todos serão em tecido de algodão e de uma brancura total e impecável, não sendo permitida nenhuma linha por mais discreta que seja, de outra cor, ou brilho. Em dado momento, é dado destaque e entoada a roda de Odùdúwà (Òrìsà que não se manifesta, tido como divindade feminina por alguns e, por outros como ancestral divinizado, emérito legislador yorubá e primeiro Óòni Ifè.


Após essa linda história que, quando vivida (ou a representação da mesma) traz uma sensação de energias simplesmente única, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos!!!

Rsrsrs, isso mesmo! Aguardo vocês na próxima sexta feira, quando conversaremos sobre o 2º Domingo de Òsàlá – A Procissão do Ala.


Abaixo, coloco algumas opções de Richelieu que, também, podem ser adquiridos por vocês e, para esses, não há necessidade de encomenda!!!!



É a oportunidade para deixar seu santinho ainda mais arrumado para o Ritual!!!


Caso tenha interesse, não perca mais tempo, entre em contato conosco através de:
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Espero que tenha você tenha curtido tanto quanto eu!!! Até amanhã!!! 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A dualidade de Logunedé

Bom dia pessoas queridas de nossa comunidade!!!

Hoje o objetivo de nossa conversa é destacar mais algumas características de Logunedé.

Você sabia que se trata de um Orixá masculino? Não?!

Sendo sim ou não, vamos saber um pouco mais?!



Logunedé é tido como andrógeno, Orixá iorubano, tendo como elemento terra e água, assim, dominando rios, cachoeiras e matas.
É considerado Orixá "métametá". Em ioruba, éta significa "três" e métametá traduz-se a melhor guisa como: três ao mesmo tempo.
Apesar da sua história, é preciso esclarecer que Logunedé não muda de sexo a cada seis meses, ele é do sexo masculino.
A sua dualidade dá-se à nível de manifestação de energia comportamental, já que em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como sua mãe Oxum, e em outras, sério e solitário como seu pai Odé, congregando a natureza de ambos e, ainda, a sua própria.
Um encantador, realizador de prodígios, protetor dos navegantes de água doce, caçadores e protetor dos amores duradouros e, também, grande feiticeiro.
Em suas vestes o amarelo, azul-turquesa, a cor branca e o dourado são usados com elegância e graciosidade. As cores são associadas da seguinte forma:

AZUL: mistério, prudência, respeito aos mais velhos.
AMARELO, DOURADO: luz da riqueza.
VERDE: alegria, prudência.
BRANCA: temperança, paciência.

Sua influência é marcante, misturando jovialidade e responsabilidade, sabendo ser rude e doce ao mesmo tempo.

Logunedé é o herdeiro dos axés de Oxum e Odé que se fundem e se mesclam como mistério da criação.
Através da Iabá possui a graça, a meiguice, a faceirice e axés sobre a sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade. Através de seu pai, possui expansão, firmeza e paciência e axés da fartura, da caça, da habilidade, do conhecimento, e também da resignação. O que remete dito popular “Um dia da caça e outra do caçador”, não é mesmo?! Sendo assim, desesperar, por que?

Essa característica de unir a feminilidade e a masculinidade, muitas vezes, o leva a ser representado como uma criança, um menino ou adolescente, formando mais uma trindade sagrada na História das religiões e completando o triângulo iorubá pai, mãe e filho. Da mesma forma que em outras vertentes religiosas como egípcia - Ísis, Osíris e Hórus -, hindu, e tantas outras da antiguidade. O que se repete na famosa trilogia católica, Pai, Mãe e Espírito Santo.


De culto diferenciado, é um Orixá vaidoso e de extremo bom gosto. 

Abaixo, mais algumas opções de tecidos africanos verdadeiros para encomendas. Conseguimos negociar com nosso fornecedor um adiamento do prazo, sendo assim, estamos recebendo encomendas até dia 25/11!!!!

caso tenha interesse nos tecidos ou, ainda, na confecção das vestimentas sagradas, não perca mais tempo, entre em contato conosco através de:
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Como sempre, sua presença foi uma delícia!!! Te espero amanhã de novo, ok?!