segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Omolu/ Obaluaiê - Lenda por Reginaldo Prandi

Olá pessoal!!!

Antes tarde do que nunca, não é mesmo?!

Hoje vamos conversar mais uma vez sobre o curandeiro? Você sabe quem ele é, não é mesmo?! Se não, nos acompanhe e, se sim, vamos conferir a lenda descrita por Prandi na íntegra em seu livro "A Mitologia dos Orixás"!!


"Quando Omolu era um menino de uns doze anos, saiu de casa e foi para o mundo para fazer a vida. 

De cidade em cidade, de vila em vila, ele ia oferecendo seus serviços, procurando emprego. Mas Omolu não conseguia nada. Ninguém lhe dava o que fazer, ninguém o empregava, e ele teve que pedir esmola. Mas ao menino ninguém dava nada, nem do que comer, nem do que beber. 

Tinha um cachorro que o acompanhava e só. Omolu e seu cachorro retiraram-se no mato e foram viver com as cobras. 

Omolu comia o que a mata dava: frutas, folhas e raízes. Mas os espinhos da floresta feriam o menino. As picadas de mosquitos cobriam-lhe o corpo. Omolu ficou coberto de chagas. Só o cachorro confortava Omolu, lambendo-lhe as feridas. 

Um dia, quando dormia, Omolu escutou uma voz:
- Estás pronto. Levanta e vai cuidar do povo.

Omolu viu que todas as feridas estavam cicatrizadas. Não tinha dores nem febre. Omolu juntou as cabacinhas, os atos, onde guardava água e remédios que aprendera a usar com a floresta, agradeceu a Olorum e partiu.

Naquele tempo uma peste infestava a Terra. Por todo lado estava morrendo gente, todas as aldeias enterravam seus mortos. 

Os pais de Omolu foram ao babalaô e ele disse que Omolu estava vivo e que ele traria a cura para a peste. 

Todo lugar aonde chegava, a fama precedia Omolu. Todos esperavam-no com festa, pois ele curava. Os que antes lhe negaram até mesmo água de beber agora imploravam por sua cura. 

Ele curava a todos, afastava a peste. Então dizia que se protegessem, levando na mão uma folha de dracena, o peregum, e pintando a cabeça com efum, ossum e uági, os pós branco, vermelho e azul usados nos rituais e encantamentos. Curava os doentes e com o xaxará varria a peste para fora da casa, para que a praga não pegasse outras pessoas da família. Limpava as casas e aldeias com a mágica vassoura de fibras de coqueiro, seu instrumento de cura, seu símbolo, seu cetro, o xaxará.

Quando chegou em casa, Omolu curou os pais e todos estavam felizes. Todos cantavam e louvavam o curandeiro e todos o chamaram de Obaluaê, todos davam vivas ao Senhor da Terra, Obaluaê."

Seguem, mais uma vez, os tecidos africanos verdadeiros que podem ser utilizados na confecção das vestimentas de Orixá curandeiro para que possam fazer a encomenda de vocês, já garantindo, pelo menos, um.

Alguns tecidos também poderão ser adquiridos no Encontro de Tecidos Africanos e Richelieu a ser realizados nos dias 12 e 13/12 no Rio de Janeiro! Para participar basta fazer sua inscrição através de e-mail ou facebook enviando seu nome, telefone, e-mail e dia de comparecimento.

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Obrigada pela presença e até amanhã!

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