Bom dia comunidade queridaaa!!!
Vamos começar esta maravilhosa terça-feira com a nossa conversa deliciosa.
A cólera, ou raiva, é, infelizmente, uma emoção conhecida do ser humano. Verdade seja dita, como ensina a religião africana, é necessário domá-la, utilizar da ponderação e da conversação para resolução de impasses.
Infelizmente muitas pessoas ainda não aprenderam a sabedoria divina e se deixam domar pela cólera momentaneamente, mas acabam por se arrepender pelo resto de suas vidas. Um sentimento que dói...
A lenda contada por Pierre Verger fala um pouco disso. Vamos conferir?
Ogum Yêêê!
"Ogum era o mais velho e o mais combativo dos filhos de Odudua, o conquistador e rei de Ifé. Por isto, tomou-se o regente do reino quando Odudua, momentaneamente, perdeu a visão.
Ogum era guerreiro sanguinário e temível.
"Ogum, o valente guerreiro, o homem louco dos músculos de aço! Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!"
Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio de suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odudua, seu pai, rei de Ifé.
"Ogum o violento guerreiro, o homem louco, dos músculos de aço. Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!"
Ogum teve muitas aventuras galantes. Ele conheceu uma senhora, chamada Elefunlosunlori (aquela-que-pinta-a-cabeça-com-pó-branco-e-vemelho). Era a mulher de Orixá Okô, o deus da Agricultura.
De outra feita, indo para a guerra, Ogum encontrou, à margem de um riacho, uma outra mulher, chamada Ojá, e com ela teve o filho Oxóssi. Teve, também, três outras mulheres que tomaram-se, depois, mulheres de Xangô. Kawo Kabieyesi Alafin Oyó Alayeluwa! (Saudemos o Rei Xangô, o dono do palácio de Oyó, Senhor do Mundo!)
A primeira, Iansã, era bela e fascinante; a segunda, Oxum, era coquete e vaidosa; a terceira, Obá, era vigorosa e invencível na luta.
Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê lrê (Ogum das sete partes de Irê). Ogum matou o rei Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei.
Ele é saudado como Ogum Onirê (Ogum Rei de Irê). Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, akorô. Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô (Ogum dono da pequena coroa).
Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo.
Ogum tinha fome e sede. Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias.
O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas.
A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê; tudo acompanhado de muito vinho de palma.
"Ogum, violento guerreiro, o homem louco dos músculos de aço. Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue! Os prazeres de Ogum são o combate e as brigas. O terrível orixá, que morde a si mesmo sem dó! Ogum mata o marido no fogo e a mulher no fogareiro. Ogum mata o ladrão e o proprietário da coisa roubada!"
Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tomara-se um orixá."
Talvez, por isso, as pessoas de Ogum tendem a ser impetuosas, impulsivas. Mas isso não é uma regra e sempre pode ser controlado, basta querer.
Agora, vamos conferir mais opções de tecidos africanos verdadeiros???? Cada um mais lindo que outro.
Vale lembrar que nos dias 12 e 13/12 teremos o nosso Encontro no Rio de Janeiro para conversarmos, tomarmos um café e vermos os tecidos de perto, assim vocês já podem adquirir o de vocês a preços bem atraentes!
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