quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Oxóssi e os índios

Olá, olá comunidade!!!!

Se existe uma coisa que todos adoram é comer, não é mesmo?! Em geral, não importa o tipo de comida e nem quando, mas o que importa é que tenha bastante!

Claro que nem tudo é apreciado por todos, mas não são muitas coisas que costumam desagradar os filhos de axé, não é mesmo?!

Você sabia que essa fartura de alimentos que tanto amamos vem de Oxóssi?


Ọ̀ṣọ́ọ̀si é o rei de Keto e filho de Òşàlà e Yemanjá, ou, nos mitos, de Apáòká (jaqueira) e, e algumas lendas é  irmão de Ògún e de Èşù. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, Ìrùkèrè (ornamento de rabo de boi, usado por reis e sacerdotes).

Como sabemos, é o Orixá da caça, tendo sido caçador de elefantes, animal associado à realeza. Vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. 

Segundo uma vertente, as abelhas lhe pertencem e representam os espíritos dos antepassados femininos. 

Naturalmente, relaciona-se com os animais, cujos gritos imitam a perfeição e, sendo valente, ágil e generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras.
Domina, ainda, a fauna e a flora, gerando progresso, riqueza e a manutenção do sustento ao homem, através da alimentação em abundância.

Está estreitamente ligado a Ògún, de quem recebeu suas armas. Inclusive, de acordo com um mito, Ọ̀ssanyìn apaixonou-se pela beleza do senhor da caça e prendeu-o na floresta. Seu irmão penetra na mata para  libertá-lo com suas armas de ferreiro. Mas contaremos esta lenda na íntegra em outro post mais à frente.

Também é associado, ao frio, à noite, à lua, com isso, suas plantas são refrescantes.

Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa, com nuances de prata, branco ou dourado. Em algumas casas o adornam um elegante chapéu enfeitado de penas verdadeiras de certas aves. 

Sua dança simula o gesto do caçador que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pulando e girando sobre si mesmo. É uma das belas danças do Candomblé.

Costuma passar aos seus filhos a capacidade de  concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.

Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que seu irmão.

No dia-a-dia, o encontramos no almoço, no jantar, em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento.

Segundo Pierre Verger, o culto ao rei de Ketu, é bastante difundido no Brasil, onde tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. Os filhos consagrados a ele foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba.

O mito do caçador explica sua rápida aceitação aqui, pois se identifica com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata como região tipicamente povoada por espíritos de mortos, os quais foram igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, ou seja, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.

Ọ̀ṣọ́ọ̀si é o que basta a si mesmo, entretanto, a ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Ọ̀ṣun, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, algo importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento. Deste relacionamento nasce o Orísà Logun. Você pode saber mais sobre ele nos posts que fizemos anteriormente clicando em:

Dia de Logun Edé - http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/quinta-feira-dia-de-logun-ede.html
A dualidade de Logunedé - http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/a-dualidade-de-logunede.html


Seguem algumas opções dos tecidos africanos verdadeiros que podem ser utilizados nas vestimentas sagradas do senhor da caça. Como vocês já sabem, é possível garantir o de vocês fazendo a encomenda e, com isso, exclusividade na estampa.

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Aguardo vocês amanhã! Até lá!

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