domingo, 1 de novembro de 2015

Cultura africana e nós - parte 3

Um ótimo domingo para todos nós pessoal!!!!

Continuando nossa conversa sobre a cultura africana e sua influência sobre nós vale pensarmos na arte. Quantos artigos de decoração com motivos africanos nós costumamos ter em casa para dar um clima rústico ou despojado ou colorido!?

Muitos artigos de decoração que conhecemos vieram dessa integração entre povos.


No início da história da arte africana grande parte da produção tradicional era feita para não ser vista, representando os antepassados e personagens místicos, e o material utilizado em sua confecção possuía um valor simbólico muito grande. Estas peças podem ser esculpidas, fundidas, pintadas, trançadas ou tecidas e utilizadas como adornos corporais, trajes e itens de uso sagrado ou cotidiano. Apresentam figuras geométricas, antropomórficas, zoomórficas ou antropo-zoomórficas que ensinam a humanidade a produzir e se reproduzir.

Assim como sua própria história, a arte africana também é muito antiga, existindo entalhes em rocha de 6 mil anos no Saara e devido a integração e comércio entre povos, como comentamos nos domingos anteriores, é possível verificar influência das artes egípcias no sul do país, bem como islâmicas e norte-africanas no sul do Saara. Se não tiver conferido os posts anteriores, basta seguir os links abaixo:




A cultura Nok, povo que viveu na Nigéria 500 a.C., tem as esculturas mais antigas de que se têm conhecimento. O conjunto de artefatos das tribos ocidentais, dos egípcios e dos indígenas do sul representa a variedade de materiais e inspirações existente.

Métodos mais complexos de produção foram desenvolvidos na África Subsaariana, em torno do século X. alguns dos mais notáveis avanços incluem o trabalho de bronze do Igbo Ukwu (séc. IX e X) e as magníficas esculturas em bronze, liga de metal e terracota de Ifé (do séc. XII a XV), muitas vezes ornamentados com marfim e pedras preciosas. A habilidade técnica presente nestas últimas, e sua representação extremamente naturalista foram vistas, até pouco tempo, como inspiração na Grécia Antiga.

Esses trabalhos se tornaram altamente prestigiados, principalmente na África Ocidental, muitas vezes sendo limitado à artesãos e restrito a realeza, como aconteceu com os Bronzes de Benim.

Outro tipo muito típico de produção artística africana são as esculturas em marfim (povos Ioruba e Bakongo). A metalurgia também era conhecida e utilizada para fabricar armas, ferramentas e adornos, sendo mais comum nas regiões de savana. 

Por sua vez, as famosas máscaras africanas possuem desenhos elaborados e são utilizadas em cerimônias e rituais. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. São confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. É possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo visitando os museus da Europa Ocidental, uma vez que foram os artefatos que mais chamaram a atenção dos europeus. Alguns exemplos dessas máscaras são as Epa e as Gueledeé ou Gelede.

 Artefatos de Igbo-Ukwu (em bronze)

           
                                                   Máscara Epa                                                   Máscara Gelede

Também são muito conhecidas as danças e músicas tradicionais africanas, marcadas pelos batuques e movimentos corporais bem acentuados, como o rebolado. Um bom exemplo é o samba, a maior expressão da cultura afro descendente e é, hoje, intrínseco à cultura brasileira, mas há ainda outros estilos brasileiros que possuem o "dedo" do ritmo africano como o maxixe, choro e bossa-nova. 
Estilos musicais como o samba, blues, jazz, reggae, rap, surgiram graças a dispersão dos escravos africanos pelo Atlântico.

A capoeira, uma luta-dança praticada pelos antigos escravos que ganhou um espaço imenso, inclusive em competições é uma das expressões mais fortes da integração afro-brasileira, bem como a culinária africana, temperada com muitos condimentos de aromas fortes e picantes, com os quais se preparam pratos muito exóticos que incluem desde carnes, legumes e verduras, até insetos. É típico da África o leite de coco, óleo de palmeira e o azeite de dendê. Exemplos de pratos típicos são o vatapá, o caruru e o acarajé, muito comuns no Nordeste do Brasil e, cá entre nós, deliciosos!!!!

Um dos mais importantes aspectos da influência da escravidão no Brasil é o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás, da qual surge a umbanda, como chegamos a conversar no post sobre sincretismo religioso anteriormente. Se você ainda não teve a oportunidade de conferir, basta seguir o link: http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/oxossi-e-corpus-christi.html

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