sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Águas de Oxalá - Parte 5

Querida comunidade!

Em mais um sexta-feira, nosso famoso dia do branco, vamos dar continuidade à conversa sobre o famoso ritual "as Águas de Oxalá".

Este é o dia do festejo, a comemoração do retorno de Oxalá ao reino de Oxaguiã. Estão lembrados do mito? Se não, vale a pena relembrar lendo os posts anteriores a respeito que seguem abaixo:

Parte 1 - http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/sexta-feira-aguas-de-oxala-i.html
Parte 2- http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/aguas-de-oxala-parte-2.html
Parte 3 - http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/aguas-oxala-ii-o-banho.html
Parte 4 - http://tudosobreorixastecidoafricanobordado.blogspot.be/2015/10/aguas-de-oxala-parte-3.html


No sábado são realizados os ritos de sacrifício a Òsàgiyán e é feito o jogo do ìyán (modalidade de jogo que ainda é feita em terras africanas por ocasião das colheitas). A raiz de inhame é o elemento que se apresenta do jogo para a cozinha e dela direto para o barracão - como prato do preceito, em bolas de inhame pilado -, alimento de expansão do Axé, é o simbolismo da Tradição dos Òrìsà.

No domingo á tarde, realiza-se o Ìpàdé e a noite á festa do pilão (Ojó Odó). Os três domingos são uma sequência de ritos interligados.

As filhas arrumadas e na mais perfeita ordem trazem bancos, panelas, balaios, o pilão e os atori (pequenas varetas), enfeitando tudo com primor.  Os itens mencionados devem conter as comidas votivas do Òrìsà, bem como sua bebida, o Aluá (fermentação de grãos de milhos moídos). 

Cadeiras especiais são posicionadas no meio do barracão e sentam-se os Òrìsà. Uma filha de Oya empunha o estandarte branco e, em seguida, inicia-se o ritual dos atori que consiste em uma procissão com todos os presentes, passando semi curvados à frente dos Òrìsà para serem tocadas pelas pequenas varas.

Após, as comidas são servidas ao som de cânticos em um belo festejo que rememora a recepção feita por Òsàgiyán no retorno de Òsàlá. Depois de todos terem sido alimentados, outro cântico anuncia a retirada dos utensílios a fim de liberar o espaço para o ato final, o Siré

Òsàgiyán é o Elémòsó funfun (senhor dos ricos ornamentos branco) e o Bàbá Olórogún (pai das batalhas, das lutas), o poderoso guerreiro que vence as batalhas usando a estratégia. 

Neste domingo as cantigas são mais aceleradas, como uma representação da dança do Guerreiro do universo, o Senhor da Guerra e da Paz. 

Aparecem as contas com seguí, símbolo que o dignifica como único Orixá funfun Ajagunan (guerreiro) e as suas vestes trazem o azul e o prata como parte presente.

O Siré será finalizado com a roda do pai do branco.

O ciclo e todas as festividades das Águas de Oxalá, de renovação da existência e expansão do Axé será encerrado num ato de confraternização geral, com reverencia a Olodumare, e, assim, os òrìsà vão embora.

Òrìsà nlo e wá kébá (Orixá vai embora e nos deixa a sua proteção)!

Abaixo, coloco opções de tecidos africanos verdadeiros para confecção de vestimentas de Oxaguiã.

Lembrando que, para garantir o seu tecido com exclusividade na estampa você já pode e deve fazer sua encomenda, antes que o prazo final chegue.

Se você tem interesse nos tecidos e/ou Richelieu, não perca mais tempo e faça a sua agora mesmo através de:
E-mail: tecidosafricanosebordados@gmail.com
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E assim, essa linda conversa sobre "As Águas de Oxalá" termina... Até amanhã queridooos!

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