sexta-feira, 25 de março de 2016

Egúngún - O Culto aos Ancestrais

Bom dia família querida!!!

Neste feriado e dia de branco, vamos aproveitar para descansar, mas também para saber um pouco mais sobre o culto aos ancestrais em nossa religião.

Você sabe como ele funciona? Conhece e entende os motivos e cultura desse culto? Em geral, a filosofia "Ubuntu" da qual tanto se fala ultimamente se relaciona justamente com isso. A importância dos antepassados na cultura e religião africana é enorme! Vamos saber mais?!


Mas, para não perder o hábito, vamos dar uma conferida em mais uma peça belíssima de Richelieu que temos na loja, por enquanto?!

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"Na religião dos yorùbás, cremos que há vida após a morte e que os mortos podem retornar à terra através do Culto à Egúngún.
De forma muito resumida, podemos afirmar que há o culto aos ancestrais “Lese Òrìsà” e o culto aos ancestrais “Lese Egúngún”. O primeiro é realizado nos terreiros de Candomblé – no Ilé Ibó Aku (casa de adoração aos ancestrais) -, no qual os Sacerdotes de Òrìsà cultuam os ancestrais do terreiro, sem que exista a manifestação física desse ancestre. Esses ancestrais chamados de Esá são louvados e evocados em rituais como o Ipade e em cerimônias dedicadas à ancestralidade da Casa de Candomblé.
O segundo, por sua vez, ocorre nos chamados Terreiros de Egúngún, em que o Sacerdote do culto a Egúngún (Alapini, Alagbá e Ojé) cultuam além dos ancestrais daquele terreiro e da família, também os dos patronos de cidades inteiras, como ocorre, por exemplo, com Baba Ologbojo, patrono da cidade de Ogbojo na África, ainda hoje cultuado nos Terreiros de Egún da Ilha de Itaparica. Além disso, esses Sacerdotes, trazem à terra, esses Egúngún de forma física, ricamente vestidos com roupas coloridas.
Um Itán de Ifá, narra que na cidade de Oyo (África), existia um fazendeiro chamado Alapini. Esse fazendeiro tinha três filhos (Ojewuni, Ojesami e Ojerinlo). Certo dia, Alapini fez uma viagem e recomendou aos filhos que não comessem um tipo especial de inhame, haja visto ele deixar as pessoas com uma sede desmedida. Os filhos ignoraram a advertência e comeram em excesso o aludido inhame. Como já anunciado pelo pai, eles tiverem uma sede imensurável e beberam água até a morte. Quando do seu retorno, Alapini deparou-se com seus filhos mortos e resolveu procurar um Babalawo. Através do jogo de Ifá, o Babalawo disse que no décimo sétimo dia da morte de seus filhos, Alapini deveria ir até um bosque que havia perto do rio e pegasse um galho de Àtòrì. Nesse bosque ele deveria bater no chão três vezes o Isan (o bastão feito da árvore Àtòrì) e pronunciar certas palavras mágicas e chamar pelos nomes dos filhos "wa de" (venha), na terceira vez os filhos retornariam à terra e assim aconteceu.

Por isso, o sumo sacerdote do culto aos ancestrais é chamado de Alapini, pois o fazendeiro de nome análogo foi o primeiro homem a materializar um ancestral no aye. Diferente do culto a Ìyàmì, no qual, as mulheres são as grandes líderes, no culto à Egúngún, a liderança pertence aos homens. Há uma antiga história de Ifá, que nos explica a razão disso."
(texto da Casa de Oxumarê).
Mas conversaremos sobre essa explicação amanhã, ok?! Vejo vocês lá!

Uma sexta iluminada meus amigos (as) e AXÉ!

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