quarta-feira, 16 de março de 2016

Acaça

Olá, olá amigos e amigas!!!!

Como vão todos???? Espero que ótimos!

Você qual a comida mais importante do Candomblé??? Pois é, muito se divaga a respeito, provavelmente "puxando a sardinha" para o lado do seu santo, não é mesmo?! rsrsrs...

Mas que tal conversarmos a respeito tendo como base o texto abaixo que é realmente incrível?! Vem comigo...


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"As definições mais elementares do acaçá, dizem que se trata de uma pasta de milho branco ralado ou moído, envolvida ainda quente, em folha de bananeiras.
Seu preparo e forma de utilização nos rituais de oferendas envolvem preceitos e bem rígidos, que nunca podem deixar de ser observados.
A definição é correta, mas extremamente superficial, pois, o acaçá é de longe a comida mais importante do Candomblé.
Todos os Orişas de Eşú à Òşàlá recebem acaçá. Todas as cerimônias, do ebó mais simples aos sacrifícios de animais, levam acaçá. Em rituais de iniciação, de passagem, em tudo mais que ocorra em uma casa de Candomblé só acontece com a presença do acaçá.
A pasta branca à base de farinha de milho, chama-se eco (èko), depois de envolvida na folha de bananeira, aí sim, será acaçá. O acaçá é um corpo, um símbolo de um ser, única oferenda que restitui e redistribui o Àşé.
O acaçá remete ao maior significado que a vida pode ter: a própria vida. E por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornou-e a comida e predileção de todos os Orişas.
Nem todas as palavras do mundo são suficientes para decifrar o valor de um acaçá.
Basta admitir que os segredos estão nas coisas mais simples para ver que muitos julgam insignificante, a comida mais importante do Candomblé, banalizando o sagrado e privilegiando a intuição em detrimento do fundamento.
Fato é que quem não faz um bom acaçá não é um bom conhecedor de Candomblé, pois, as regras e diretrizes da religião dos Orişas nunca foram ditadas pela intuição.
Aos incautos vale afirmar que Candomblé não é intuição, mas fundamento sim, e fundamento se aprende. Fundamento é o segredo compartilhado, o mistério sagrado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que ninguém pode enganar o Orişá.
Aqui o grande fundamento é que o sangue dos animais jamais pode jorrar sobre os ibás sem a presença do elemento pacificador, pois, o acaçá simboliza a paz.
Quando ofertado e retirado do seu invólucro verde, tornando-se a comida de Òşàlá que agrada a todos os Orişá, é a primeira oferenda que deve ser colocada diretamente no assentamento, juntamente com o obi e a água, antes de qualquer sacrifício.
O acaçá deve permanecer fechado, imaculado até o momento de ser entregue. Só então é retirado da folha.

É como se o sagrado tivesse que ficar oculto até a hora da oferenda, prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado. E o segredo do acaçá é enrolar o ekó na folha de bananeira.
Manter-se imaculado até o momento da oferenda é o que garante a eficácia do acaçá, portanto a folha da bananeira (no Brasil, nenhuma outra pode substituí-la) é fundamental e prova, acima de tudo, quanto o babalorixá, yalorixá são conhecedores da religião que professam.
Os grandes sacerdotes, conhecidos por sua seriedade, saber e sucesso, enrolam o ecó na folha, sabem fazer acaçá. ESTE É O SEGREDO!"
(Texto de Simone Santos).
Muito interessante, não é mesmo?!
E assim desejo a todos mais um dia maravilhoso!!!

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