sábado, 23 de abril de 2016

A Fé e o Respeito

Bom dia amigos e amigas!

Vamos iniciar esse lindo final de semana dando continuidade à nossa postagem de ontem e falar mais sobre respeito, mas também e principalmente, sobre FÉ.

Atualmente, existem pessoas que jamais saberão o poder de um acaça ou de um ekuru. Alguns, que não possuem a fé devida, procuram receitas de vaidade exagerada, mas sem qualquer significado litúrgico.


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Em qualquer que seja a religião, o principal pré-requisito é a fé, entretanto é impossível quantificar a fé, uma vez que algo intangível, como forma de comparação para uma conduta ideal. Por outro lado é possível, sim, qualificar, até determinado ponto, a fé de uma pessoa. Isso se dá através de situações bem simples, normalmente.

Como já chegamos a comentar aqui, a conduta ideal e ética na religião são formas de doutrinar os seguidores para o caminho da manutenção de tradições e rituais sagrados. Não é disso que estamos falando neste momento, falamos, por exemplo, de situações em que o filho necessita da ajuda do seu sacerdote e, após a consulta a Ifá, ao ver que a recomendação é simples, mesmo para um problema grave de saúde por exemplo, o filho fica desconfiado e achando que é falta de conhecimento, pois o ideal seriam 77 ingredientes, dentre os quais a metade deve vir da África.

A verdade é que nossa religião sempre evoluiu sem precisar de muito. As mulheres antigas de Candomblé, chamadas "mocotonas", por exemplo, contam diversas histórias onde um acaça e uma moeda, ou um ekuru seriam suficientes. E a recomendação final: "Acredite e tenha fé que tudo vai dar certo".

Um dos exemplos que podemos citar foi a recomendação de Mãe Menininha do Gantois a Mãe Simplícia de Ogun quanto a doença de Mãe Francelina:

"Boa filha de Ogun... quanto a Tia Francelina é um caso quase sem jeito, a doença já tomou conta do corpo dela... ela pode ficar boa, mas será um grande milagre... você passa 1 ekuru grande nela...”

O que queremos enfatizar hoje é a importância da sua fé naquilo em que você acredita e, também, nas ações provenientes. Se não houver fé, não há ebó, de mesmo um milhão de ingredientes, que possa resolver.

Ainda existem pessoas que crêem no poder de um acaça ou de um ovo, que se emocionam com a chegada do Orixá, todavia, podemos observar muitos que fazem questão de ver qual a resposta de um obi, com a ilusão de que aláfia é a única boa resposta, é o único caminho, desta forma, desrespeitando o conhecimento e poder dado ao Sacerdote pelos Orixás, faltando com a fé.

Existe um ditado simples que vale ser aplicado neste conceito, "Nem tudo que reluz aos olhos acalenta o coração", ou o corpo, a cabeça, a alma.

"A pessoa que tem Fé, a fé verdadeira e inabalável, acredita na palavra do Òrìsà. Acredita no poder de um abraço do Òrìsà, acredita que a pipoca de Obaluwaiye cura os males, acredita que o egbo de Òsàlá nos traz a paz, acredita que o Omi Ero de fato apazígua. Acredita no poder de um Ekuru." (2012, Casa de Oxumarê).

Somente a fé e o respeito pode manter a herança dos nossos antepassados e viva a energia dos Orixás.

Um final de semana de axé pessoal!!

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