segunda-feira, 4 de abril de 2016

Ewó – Escute as Recomendações do seu Sacerdote!

Olá, olá pessoal!!!

Ontem ficamos na correria e acabamos não fazendo a postagem, mas, não esquecemos de vocês, não e vamos retomar a conversa sobre os Interditos na Religião dos Òrìsàs agora mesmo.

Para começar essa maravilhosa semana com muita energia positiva evitando aquilo que não se deve fazer por recomendação do seu Orixá.


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"Minha Ìyálòrìsà me disse que eu não podia comer Cajá, eu comi e não me fez mal algum, esse negócio de Ewó é conversa fiada”!

Quantas vezes você já escutou isso? Pois é, como chegamos a mostrar no último post e, por uma lógica direta da nossa religião que envolve energias da natureza, o que pode não te fazer mal no exato momento, com uma resposta do próprio organizamo ao ingerir um alimento que não recomendado pelo seu zelador, pode, no futuro, prejudicar sua energia e positivação.


Talvez pela falta de informação ou conhecimento acerca da cultura dos Òrìsàs, muitas pessoas pensam dessa forma que para ser Ewó ou quizila é preciso uma resposta instantânea.

Antes de tudo é preciso entender o que são os Ewó. Na religião dos Òrìsàs, acreditamos que, ao longo da vida, todos os seres e Divindades passaram por momentos de alegria, felicidades, dificuldades, decepções, etc. Nessa ótica, aquilo que motivou ou desencadeou, por exemplo, um processo de decepção, tornou-se um interdito para aquele ser/Divindade.

Como a razão pela qual Ògún usa màrìwò. Quando ele entrou mata adentro, envergonhado por ter matado o cachorro guardião do mercado da riqueza, suas roupas foram completamente rasgadas pela ação de uma determinada planta espinhosa, fazendo com que ele, envergonhado por estar nu, se vestisse completamente com màrìwò (Ogun Kolaso, Mariwo Aso Ogun-o Mariwo) - contaremos essa lenda mais à frente. A partir desse dia, o màrìwò tornou-se sagrado para Ògún, no entanto, a planta que rasgou suas roupas, passou a ser o seu Ewó. Sendo assim, caso um filho de Ògún venha a usar essa planta (por exemplo, um banho), provavelmente naquele momento ele não sentirá nada, mas isso despertará em Ògún, a lembrança daquele momento de vergonha, o que lhe pode ser prejudicial futuramente.

Esse é somente um exemplo, mas existem centenas de histórias que justificam todos os Ewós do Candomblé. A mais conhecida é, provavelmente, a de Òsàlá, que deixou de criar o mundo, pois bebeu o Emú (vinho de palma), tornando essa bebida um terrível Ewó do pai do Branco. Há, também, a história que justifica o Ewó do mesmo Òsàlá com o Epó Pupá, quando Èsù de forma maliciosa sujou sua impecável roupa branca com o dendê (Epo Made So Alá).

É interessante observar que, muito embora o Epó Pupá e o Emú sejam Ewó de Òsàlá, ambos são apreciados por Ògún, o que nos mostra que, nem sempre o interdito para uma pessoa, será para outra. Muito embora, existam casos em que o Ewó é comum para todas as pessoas do Candomblé.

Em geral, o tipo de quizilas mais conhecidas e faladas são as alimentares, entretanto, existem proibições que variam entre não poder usar roupas remendadas e não poder tomar banho de uma determinada folha ou conjunto de folhas. Como já mencionei acima, os Ewós são determinados em razão do Òrìsà da pessoa, mas também, o seu destino (Odù), identificado por meio de consulta ao oráculo.

O desrespeito a uma interdição do Orixá, invariavelmente implicará em prejuízos futuros, como uma possível cólera do Deus, em razão do não cumprimento.

Portanto, quando um Sacerdote diz ao filho: “Meu filho, não coma abóbora”, ele não está querendo lhe privar de algo que até você ser iniciado sempre lhe fez bem. Ele está lhe dando informações preciosas que contribuirão para a sua edificação espiritual no futuro. O mesmo ocorre quando a Ìyálòrìsà diz: “meu filho, não coma Cajá e não use roupa vermelha”, ela não quer lhe privar de um refresco saboroso ou da cor da moda. Ela, somente, quer o seu bem!"
(Texto retirado e adaptado da página Casa de Oxumarê).

É isso pessoal, resumindo, devemos, sempre, escutar as recomendações e orientações de nosso sacerdote.

Um ótima semana gente!


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