Uma boa tarde amigos e amigas!!!
Vamos conversar sobre o motivo de jogarmos água à rua ao entrarmos e sairmos da casa de Santo, por exemplo?!
Lembrando de dar aquela conferida em mais um dos tecidos africanos de super qualidade que ainda estão disponíveis em nossa loja.
A arte acima é mais um do tipo Estampado e, como vocês sabem é 100% algodão e possui 1.50m/ 5,20m, ou seja, além da qualidade do tecidos que é uma delícia ao toque, dá para fazer bastante roupa com a peça.
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A misteriosa Religião dos
Òrìsàs é norteada de costumes e dogmas, um deles é aquilo que chamamos de
“despachar a rua”, que condiz em jogar três punhados de água, antes de entrar
ou sair de casa.
Mas porque fazemos isso?
Primeiramente, é importante
recordarmos a importância da água na nossa cultura. No Candomblé não se faz
nada sem água, ela que umidifica, resfria e fertiliza. Nós mesmos, antes de
nascermos, no útero de nossa mãe, ficamos o período gestacional na água do ventre materno, somente isso já
seria o suficiente para sermos gratos à água diariamente, afinal, sem ela não
existiríamos.
Há muitos momentos em que despachamos a
porta. As ocasiões mais comuns são ao acordamos, ao sairmos de casa e ao
retornarmos para casa. Mas não são somente nesses momentos. Por exemplo, há
determinadas cantigas que retratam um momento de muita turbulência na vida do
Òrìsà, podendo despertar sua cólera se entoadas em momentos inoportunos. Nessas
situações, o Babalòrìsà ou Ìyálòrìsà, sempre atento, solicita à uma antiga
egbon, que jogue água à rua, apaziguando o Òrìsà que foi recordado de um
momento adverso em sua vida no Aye.
Em suma, em todos esses
momentos, o objetivo é apaziguar. Há uma frase em yorùbá que diz “Somente a
Água Fresca Apazígua o Calor da Terra”. Ao acordamos, despachamos a porta,
recitando palavras que tem por objetivo, pedir que aquele dia seja de
tranqüilidade e de harmonia. Quando estamos saindo de casa, jogamos água à rua,
rogando à Èsù Oná (O Senhor dos Caminhos), que aquela água, apazigúe os
caminhos que vamos percorrer e que, sobretudo, não nos deparemos com situações
que nos exponha a riscos.
Ao entrar na Casa de
Candomblé, por exemplo, despachamos a rua, pedindo licença aos Donos da
Porteira, reverenciando-os sempre. Em muitas casas de Candomblé a porteira está
sempre aberta, isso não significa que não há dono, muito pelo contrário. Nesse
aspecto, pedimos licença (Ago) aos Donos da Porteira, mostrando nosso respeito
e, pedindo que a água resfrie a terra, até o momento em que, vamos nos
purificar por meio do Omi Ero ou Omi Agbo (banhos sagrados), para poder então, partilhar do
convívio no Terreiro de Asè.
Por isso, jamais se
esqueçam, apazíguem a terra antes de caminhar sobre ela.
(Créditos a Casa de Oxumarê, de cuja página no facebook o texto foi retirado.)
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