sábado, 20 de fevereiro de 2016

Crianças de axé!

Bom dia comunidade querida!!!

Vamos começar este final de semana conversando sobre a importância das crianças de nosso axé e, naturalmente, o contrário também, ou seja, a importância do nosso axe (nossa religião) para as crianças que fazem parte.

Essa é uma das conversas que requer maior participação de todas as que tivemos até hoje, eu acho, pois é um mix de polêmica, escolhas pessoais, preconceito e educação.

Antes de iniciar todo esse debate, rsrs..., vamos dar aquela olhadinha em mais um tecido belíssimo de nossa?


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Vamos iniciar essa conversa falando sobre a importância da religião para as crianças.

Antes de mais nada, vamos relacionar os principais valores que a religião africana tem como base:

- Respeito aos mais velhos;
- Hereditariedade;
- Respeito a todas as diferenças;
- Respeito ao meio ambiente;
- Fraternidade;
- União;
- Amor.

Ou seja, segundo as crenças intrínsecas da religião africana em geral, as atuais lutas pela proteção ambiental, contra a homofobia, contra a intolerância religiosa, contra o mau trato aos idosos, a favor da construção de relações de gêneros inclusivas, contra a violência e contra o preconceito. Resumindo de forma generalizada, amor e respeito ao próximo, não importa credo, raça ou opções pessoais.

O objetivo dessas colocações é provar que a simples educação dentro de terreiros, através da religião africana, auxilia na formação da personalidade de crianças e, posteriormente, adultos de bom caráter, pacíficos, de boa educação e índole. 

A probabilidade de ver essas crianças em vídeos de violência contra idosos, crianças ou qualquer outro ser humano, sendo homofóbicos, ou racistas é bem pequena. Em uma de raízes negras, naturalmente, os brancos, mestiços, mulatos ou a raça que for não se preocupa em racismo, isso porque todos são iguais e isso é tão natural que as crianças aprendem conforme criam sua personalidade.

Com as colocações acima, podemos concluir que, religiões que incitam suas crianças a intolerância religiosa, havendo casos em escolas, por exemplo, de professores que chamam um aluno de "filho de diabo", porque frequenta uma casa de santo, ou onde esse aluno precisa dizer que está com leucemia para explicar sua cabeça raspada, ou ainda, devido a lei que divide aulas de religião por credo, mentir ao dizerem que são católicas para evitar o preconceito e ações violentas ou o buling devido a sua real crença, são as que criam o caos em nossa sociedade, em nosso mundo.

Esses grupos de pessoas, isso porque, obviamente, não são todos os seguidores dessas religiões que 
são realmente ignorantes, criam "verdades" sobre nossa religião sem qualquer conhecimento e ensinam-as aos seus seguidores de uma forma a incitar violências como a que ocorreu com a criança de 10 anos há não muito tempo porque vestia branco.

Não estou tentando, com essa conversa, incitar sentimento de vingança ou raiva, ou ressentimento. A ideia é reforçar que, com esse valores maravilhosos que nossa religião sempre teve, ela ultrapassou a escravidão, a perseguição policial e vai, também, ultrapassar a intolerância de agora. O nosso pais é, por nascença, uma diversidade cultural maravilhosa e, consequentemente, uma diversidade religiosa, sendo assim é preciso respeitar todas e absorver essa diversidade de forma natural. "É preciso trabalhar os aspectos culturais de todas as religiões, do judaísmo ao islamismo, do espiritismo ao catolicismo, das religiões neopentecostais às afro-brasileiras" (CAPUTO, Stela, 2012). 

Como relato histórico, houve, há alguns anos, uma tentativa de proibir crianças de frequentarem terreiros na Bahia. Por fim, essa iniciativa preconceituosa não vingou, mas deu o que falar.

A bem da verdade, foi uma briga que trouxe muitos benefícios a nossa religião e traz até hoje, isto porque, como mencionamos lá em cima a presença das crianças nos terreiros é de importância imensa.

A sabedoria que é passada aos filhos através da presença nos rituais e funções é de suma importância, e essas crianças que estão lá para absorver esses ensinamentos são o futuro e o legado da religião africana no Brasil com a manutenção dos valores sobre os quais conversamos mais acima.

É verdade que muitos pais evitam inserir seus filhos após tomarem sua decisão de entrar para a religião com receio de fazer, por eles, uma decisão séria e que pode haver complicadas consequências mais tarde. Mas a verdade é que é possível que as crianças frequentem sem uma ligação tão forte até o momento em que for delas mesmas a decisão de fazer parte, de uma forma, que isso não se torne um arrependimento ou algo do tipo.

E então o que vocês acharam do post de hoje? Qual a opinião de vocês a respeito? Quantas crianças frequentam seu terreiro? Aguardo o comentário de vocês ansiosamente!

Para deixar a conversa mais leve, segue um vídeo lindo de algumas de nossas crianças de axé.



Um ótimo sábado pessoal!



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