segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O uso das Anáguas

Amigos e amigas de nossa comunidade! Bom dia!

Como bem sabemos, roupas sagradas na nossa religião são específicas, principalmente em festas, as vestimentas são importantes e, uma parte delas é a anágua, sobre a qual vamos conversar hoje.

Mas sem esquecer de dar aquela passadinha na noss aloja para admirar mais um belíssimo tecido africano, 100% algodão e top em qualidade.




Tecido do tipo Estampado, está à disposição para compra em nossa loja em duas formas de pagamento: cartão de crédito (parcelamentos em até 6x sem juros) e à vista (fazemos desconto neste caso).

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O uso das anáguas é fundamental para uma baiana vem vestida. Mas nossas roupas, que reproduzem as vestimentas tradicionais do povo afrodescendente lá pelos meados do século XIX, devem ser adequadas ao nosso culto.

Se uma "baiana murcha" fica feia, é preciso termos bom senso com o contrário. Saias exageradas com armações gigantescas são incômodas, machucam, ficam muito quentes, ocupam espaço demais, atrapalham quem está vestindo e todos os outros ao redor. Acabam complicando na hora de dançar, de andar, de sentar. Além de, às vezes, serem tão duras e artificiais que pouco lembram o que deveriam ser: uma saia.


O tamanho das rodas impedem que você possa colaborar com o desenvolvimento da cerimônia, se aproximando de alguém que precisa de ajuda, servindo alguém, passando entre as pessoas para resolver algo. Quem é de axé sabe que esta participação de todos é fundamental para que tudo corra bem.

A quantidade ideal de anáguas é um total de 3. Logo abaixo da saia, tem uma outra 5 cm mais curta (quebra goma) apenas com ar de goma (levemente engomada) para evitar as reentrâncias formadas pelas anáguas mais engomadas que virão por baixo.

De fora para dentro, a abaixo do "quebra goma" também deve ser 5 cm mais curta que ele e assim sucessivamente, uma anágua em relação a outra. A largura delas também deve ser diferente uma da outra, entretanto de 10 cm em relação a anterior.

Nenhuma delas possui pala, como as saias, ou seja, são retas. Todas as anáguas devem ser entremeadas e com acabamento de bico em renda de algodão que suporta goma (rendas ou acabamentos sintéticos não suportam goma), sendo que o acabamento da externa deve ser mais apurado, rebuscado, tenro, visto que, sua barra tende a aparecer conforme o movimento e dança do Òrìsà. A última, interna, deve ser feita com um tecido mais encorpado e ter uma bainha de, aproximadamente, 20 cm de largura e textura de sua goma deve ser mais forte.

O uso do calçolão, similar ou uma saia mais leve (como de ração), por baixo, evita arranhões que a última anágua costuma causar nas pernas.

A mencionada goma pode ser feita de 2 formas, uma delas, ainda utilizada por muitas pessoas, é feita com amido de milho, mas não é o ideal tanto  quanto a durabilidade quanto no amarelado que proporciona no tecido branco à curto prazo e, ainda, pelo fato deste ter de ser utilizado quente, sendo difícil e perigoso. A segunda forma e mais conveniente é o pó de goma que não tem possui as dificuldades mencionadas acima.

A maior riqueza de um Candomblé não está na ostentação, mas sim, na alegria, na vibração, no bem estar e na simpatia entre membros da casa e visitantes e, principalmente, no respeito aos Orixás.

E você, quais as medidas que você utiliza nas suas anáguas? 

Um ótimo dia e muita paz!

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