sábado, 23 de abril de 2016

A Fé e o Respeito

Bom dia amigos e amigas!

Vamos iniciar esse lindo final de semana dando continuidade à nossa postagem de ontem e falar mais sobre respeito, mas também e principalmente, sobre FÉ.

Atualmente, existem pessoas que jamais saberão o poder de um acaça ou de um ekuru. Alguns, que não possuem a fé devida, procuram receitas de vaidade exagerada, mas sem qualquer significado litúrgico.


Vamos, antes de iniciar nossa conversa, reparar nesta linda peça bordada que está à disposição em nossa loja! Entre em contato conosco agora mesmo e garanta a sua! Nossos telefones e endereço estão em nossa página no facebook ( link abaixo).



Em qualquer que seja a religião, o principal pré-requisito é a fé, entretanto é impossível quantificar a fé, uma vez que algo intangível, como forma de comparação para uma conduta ideal. Por outro lado é possível, sim, qualificar, até determinado ponto, a fé de uma pessoa. Isso se dá através de situações bem simples, normalmente.

Como já chegamos a comentar aqui, a conduta ideal e ética na religião são formas de doutrinar os seguidores para o caminho da manutenção de tradições e rituais sagrados. Não é disso que estamos falando neste momento, falamos, por exemplo, de situações em que o filho necessita da ajuda do seu sacerdote e, após a consulta a Ifá, ao ver que a recomendação é simples, mesmo para um problema grave de saúde por exemplo, o filho fica desconfiado e achando que é falta de conhecimento, pois o ideal seriam 77 ingredientes, dentre os quais a metade deve vir da África.

A verdade é que nossa religião sempre evoluiu sem precisar de muito. As mulheres antigas de Candomblé, chamadas "mocotonas", por exemplo, contam diversas histórias onde um acaça e uma moeda, ou um ekuru seriam suficientes. E a recomendação final: "Acredite e tenha fé que tudo vai dar certo".

Um dos exemplos que podemos citar foi a recomendação de Mãe Menininha do Gantois a Mãe Simplícia de Ogun quanto a doença de Mãe Francelina:

"Boa filha de Ogun... quanto a Tia Francelina é um caso quase sem jeito, a doença já tomou conta do corpo dela... ela pode ficar boa, mas será um grande milagre... você passa 1 ekuru grande nela...”

O que queremos enfatizar hoje é a importância da sua fé naquilo em que você acredita e, também, nas ações provenientes. Se não houver fé, não há ebó, de mesmo um milhão de ingredientes, que possa resolver.

Ainda existem pessoas que crêem no poder de um acaça ou de um ovo, que se emocionam com a chegada do Orixá, todavia, podemos observar muitos que fazem questão de ver qual a resposta de um obi, com a ilusão de que aláfia é a única boa resposta, é o único caminho, desta forma, desrespeitando o conhecimento e poder dado ao Sacerdote pelos Orixás, faltando com a fé.

Existe um ditado simples que vale ser aplicado neste conceito, "Nem tudo que reluz aos olhos acalenta o coração", ou o corpo, a cabeça, a alma.

"A pessoa que tem Fé, a fé verdadeira e inabalável, acredita na palavra do Òrìsà. Acredita no poder de um abraço do Òrìsà, acredita que a pipoca de Obaluwaiye cura os males, acredita que o egbo de Òsàlá nos traz a paz, acredita que o Omi Ero de fato apazígua. Acredita no poder de um Ekuru." (2012, Casa de Oxumarê).

Somente a fé e o respeito pode manter a herança dos nossos antepassados e viva a energia dos Orixás.

Um final de semana de axé pessoal!!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O Respeito ao Orixá

Bom dia comunidade mais que querida!

Nossa conversa de hoje é sobre um assunto muito simples e óbvio, mas que, não necessariamente, acontece na realidade com a mesma obviedade por todos.

O RESPEITO ao ORIXÁ!

"A presença física do Òrìsà, por meio da incorporação, é algo muito importante e sagrado." 
"...Deuses não são julgados..."


Mas antes de continuarmos o assunto, vamos reparar em mais este lindíssimo pano para Igba (40cm/ 40cm) que pode ser seu agora mesmo! Afinal, o seu Orixá merece o melhor!

Baste entrar em contato conosco através dos telefones que estão em nossa página, assim como nosso endereço para que possa nos fazer uma visita! Caso queira maiores informações, pode nos deixar uma mensagem! 



"A presença física do Òrìsà, por meio da incorporação, é algo muito importante e sagrado.

É fundamental que não nos esqueçamos de que, aquela Divindade que está presente em um Terreiro, dançando e abraçando as pessoas, é a mesma Divindade para a qual realizamos sacrifícios, oferendas e, que muitas vezes, pedimos ajuda para que tenhamos sucesso, paz, harmonia e tranquilidade. É a mesma Divindade para a qual fomos iniciados, a mesma Divindade que nos encantamos ao conhecermos suas histórias e características.

Assim sendo, é fundamental tratarmos esses Òrìsàs como Deuses que são. Gestos simples, como prosternar-se ou abaixar-se diante do Òrìsà que irá lhe abraçar, não demonstram educação de Asè, mas sim, respeito por aqueles que verdadeiramente movem a nossa religião.

As Ekeji possuem um papel de fundamental importância quando o Òrìsà está presente fisicamente. Elas cuidam e zelam pelos Deuses, enxugam, arrumam os adereços de suas vestes, etc, entretanto esse carinho e atenção são duas atitudes que todos devem ter, uma vez que os Òrìsàs são os grandes chefes do Candomblé.

O respeito é algo que deve existir mesmo quando não demonstrado. Algumas pessoas, desprovidas de fé, possuem o costume de dizer (ou imaginar) que uma determinada pessoa está de "Eke", ou seja, fingindo a possessão. Isso é lamentável e deve ser reprimido.

Devemos respeitar todas as Divindades que estão presentes e, jamais, desconfiar. 

Existem, também, pessoas que só acreditam nos Òrìsàs de "pé lavados", ou seja, aqueles que dançam de forma mais harmoniosa. Sobre esses aspecto, todos nós devemos sempre nos lembrar que são Deuses e, Deuses não devem ser julgados. Ao contrário, julgam.

Quando for a um Terreiro de Candomblé, lembre-se: "Os Òrìsàs são os Deuses da nossa Religião", por isso, louve-os, aplauda-os, abrace-os, mas, sobretudo, RESPEITE-OS."
(Texto adaptado da Casa de Oxumarê).

Pois é pessoal, a mensagem é clara e como todos sabemos, respeito é bom é todos gostam!

Que Oxalá abençoe a todos nesta sexta!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Iniciação, o que é?

Bom dias amigos e amigas!

Vamos continuar nossa semana de conversas falando um pouco sobre o que significa "iniciar-se"?

Um dos passos mais importantes da vida daqueles que escolheram a religião afro-brasileira como base de tudo e para seguir com sua fé inabalável, é um ritual cheio de detalhes e mistérios.


Acima, vemos mais um lindíssimo para para Igba em Richilieu - bordado em prateado - que vai ficar lindo para seu Orixá. Medidas: 40cm/ 40cm.

O que acha de adquiri-lo agora mesmo para não perder a oportunidade? Basta entrar em contato conosco através dos telefones que estão em nossa página ou nos fazer uma visita - o endereço também está lá. Caso queira maiores informações basta nos deixar uma mensagem.



Iniciar-se (popularmente conhecido como “fazer santo”) é possibilitar através de rituais próprios, que o lado divino da pessoa transpareça; é libertar o Deus Interior que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir à tona, e provocar o impulso irresistível capaz de conduzir a individualidade à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, com a Natureza, com o Criador, com a própria Vida, no seu pulsar infinito.

Corpo físico, mente e alma são ritualisticamente preparados para os componentes da manifestação divina. Condições propícias são estabelecidas para que a memória ancestral possa florescer nos confins do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, nas suas mais variadas formas e também variados graus.

“Fazer santo” é nascer de novo, renascer como indivíduo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condições para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, se lançar inteiro na busca da realização pessoal.

Por hoje é isso pessoal, desejo a todos...
...uma Terça-feira de muita paz e maravilhosa!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Dicas de Homenagem ao Orixá

Olá, olá queridos e queridas, 
Para finalizar nossa conversa sobre o atabaque e sua utilização antes de iniciar no nosso novo tema de conversa, vamos ver alguns vídeos de dicas sobre tocá-los?!
“O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Abre canais de comunicação que facilitam o tratamento. Além de atingir os movimentos mais primitivos, a música atua como elemento ordenador, que organiza a pessoa internamente”.

Reparem na qualidade deste pano para Igbá em Richilieu (40cm/40cm)! Impressionante, não é mesmo?! O seu Orixá merece o melhor, sendo assim, que tal adquirir o seu agora mesmo?!
Basta entrar em nossa página do facebook (link abaixo) e nos deixar uma mensagem, nos ligar ou, ainda, fazer uma visita à nossa loja! Lá tem nossos números e endereço!
"O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura."

Agora, vamos conferir 2 vídeos com dicas para quem quer aprender a tocar atabaque. O primeiro fala de dicas para marcação e o segundo para tocar atabaque sem machucar muito as mãos. Espero que sejam úteis.



Um ótimo início semana pessoal!

domingo, 17 de abril de 2016

Toques

Olá, olá pessoal!

Neste domingo maravilhoso, vamos dar continuidade à nossa conversa sobre o atabaque, falando um pouco do que eles nos proporcionam - os toques de Orixás.

Como já chegamos a falar nas últimas postagens, os atabaques podem ser tocados com as mãos, com uma mão e um aguidaví ou com dois aguidaví, variando de nação para nação ou de toque para toque, ou , ainda, do tipo de atabaque...


Para não perder o hábito, que tal admirar mais esta linda peça em Richilieu?!

Lembrando que, para maiores informações e para adquirir a sua, basta entrar em contato conosco! Através da nossa página no facebook (link abaixo) você encontra nossos telefones, endereço para que possa nos fazer uma visita e pode nos deixar uma mensagem com sua dúvida. Não perca mais tempo!



Como sabemos, "toque" é maneira como são chamados as percussões em determinado ritmo para Orixá, o que é uma homenagem ao mesmo e, também, um convite para que ele venha fazer parte da festa e dançar.

Para os que menos entendem a respeito da religião, o "toque" poderia ser a música para o Orixá, ou o som para o Orixá - só para ficar mais fácil de entender.

A palavra também pode ser usada como "toque de candomblé", referindo-se as festas públicas, ou "toque de orixá". Nestes sentidos, seriam a festa em si. É comum ouvirmos dizer "Você vai no Toque de Candomblé de ... no final de semana?". Mesmo que esse "toque" tenha um nome que pode ser celebração a algum ou alguns Orixás, a algum período específico da nossa liturgia ou, ainda, Iniciação e reafirmação de filhos.

Durante os "toques", é comum "dobras os couros" -  um repique lento, sequencial e cadenciado que é feito para homenagear visitas ilustres quando de sua chegada ao terreiro, como um convite para que a pessoa entre. Interrompe-se o toque que está sendo executado para os orixás e dobra-se os couros, após a entrada dos convidados o toque é retomado normalmente. 

Algumas casas de candomblé não usam "dobrar os couros" para as visitas, mas a maioria considera isso uma honra. São consideradas visitas ilustres, por exemplo, convidados, sacerdotes e ogans de outras casas. "Dobrar os couros" é sempre em homenagem,  mesmo que não seja na situação de festas como mencionado acima.

Alguns exemplos de Toques são:
  • Hamunha ou Avamunha: Toque que serve para saída e recolhimento de filhos e orixás;
  • Adarrum ou Adahun: Toque que serve para chamar Voduns;
  • Opanijé: Toque para o Orixá Obaluayê;
  • Alujá: Toque para o Orixá Xangô;
  • Batá: Toque para o Orixá Ogum;
  • Ijexá: Toque para o Orixá Oxum;
  • Ilú ou Ylú: Toque para o Orixá Oyá;
  • Agueré: Toque para o Orixá Oxóssi;
  • Igbin: Toque para o Orixá Oxalá;
  • Batá: Toque para o Orixá Oxalá;
  • Bravun: Toque para o Orixá Oxumarê;
  • Sató: Toque para o Orixá Nanã;
  • Barravento: Toque de Angola e Congo;
  • Congo de Ouro: Toque de Angola e Congo;
  • Muzenza: Toque de Angola e Congo;
  • Cabula: Toque de Angola e Congo.
(Referência para texto - Wikipédia).


Para finalizar a conversa de hoje, queridos, vou deixar um vídeo bem interessante que mostra com o atabaque é confeccionado. Vale a pena conhecer!


Um fim de domingo de muito axé!

sábado, 16 de abril de 2016

A percussão religiosa no país.

Bom dia comunidade querida!!!!

Mais um final de semana apenas começando e muita energia boa para aproveitá-lo!

Continuando nossa conversa de ontem, vamos conhecer um pouco mais sobre a utilização dos atabaques e as suas denominações em Pernambuco, Rio Grande do Sul e um pouco mais aqui no Rio de Janeiro.


Antes de retomarmos nossa conversa, vamos reparar na riqueza de detalhes do Richilieu acima... É realmente impressionante! Um trabalho como esse, além de levar tempo, requer destreza.

Lembrando que para adquiri-lo ou qualquer outra peça em nossa loja, você pode nos contatar por telefone ou, ainda, visitar a nossa loja. Tanto os números de telefone quanto o endereço estão na nossa página no facebook ( link abaixo). Por lá você também pode nos deixar mensagem!


Em Recife (PE), são chamados de Ilus no Xambá e Alfaias no Maracatu de Xangô.


São pequenos tambores encourados nas duas extremidades, conforme a foto ao lado, e tocados com birro - baquetas de madeira.

O ritmo no Maranhão é diferente do de Pernambuco que é similar ao da Bahia, modificando apenas os instrumentos.

No Rio de Janeiro, além das informações que já conhecemos utilizadas no Candomblé e Umbanda, entre outras manifestações afro-brasileiras, existe o Jongo. Neste caso existe um tambor cerimonial principal e, em geral, maior é chamado de Caxambu.

Já no Rio Grande do Sul, os atabaques também tem formatos diferentes, como na foto abaixo. Existe um maior (branco e vermelho), chamado de Inhã e típico do Batuque. O outro, um pouco menor (vermelho), é tradicional na Nação Ijexá.


São utilizados, ainda, os Agê (instrumentos feitos com uma cabaça que é trançada com cordas e contas diversas), Afoxé no Candomblé.
 








Entretanto, existe uma característica típica de todas as regiões do país: A dança é feita em uma roda ao som dos tambores e para cada Orixá é feita uma coreografia específica de acordo com suas características.  Soa familiar, não?! hehehe...

E você,. tem alguma informação para somar a nossa postagem? Deixe seu comentário!

Um Final de semana incrível para todos!!!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

A percussão religiosa Brasil afora.

Olá, olá pessoal!

Continuando nossa conversa sobre os atabaques, vale lembrar que há uma certa diferença na utilização deles de forma religiosa entre diferentes regiões do país.

A gente já chegou a conversar, há algumas postagens, que a nossa religião foi extremamente massacrada durante muitos e muitos anos, não é mesmo?! Pois então, os atabaques eram o principal alvo da perseguição que se seguia naquela época...


Como de costume, vamos fazer aquela pequena pausa para conferir mais uma linda peça em Richilieu que pode ser sua!!!

Basta entrar em contato conosco agora mesmo através de telefone ou fazer uma visita à nossa loja. Você confere as informações em nossa página do facebook por onde você também pode nos deixar uma mensagem para maiores informações! Basta clicar no link abaixo:




... Devido ao fato de ser um instrumento musical e de extrema importância na evocação e celebração dos Orixás e, consequentemente, da religião africana, os atabaques eram alvo constante da Delegacia de Jogos e Costumes à época. Sendo assim, para realizar cultos, era necessário agir na clandestinidade durante o Estado Novo ou Era Vargas.

Entretanto, enfatizando uma outra postagem sobre a qual conversamos sobre a importância de mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, para todas as conquistas religiosas que tivemos até hoje, em uma viagem ao Rio de Janeiro e utilizando de sua influência, mãe Aninha conseguiu uma audiência com o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas.

Ao colocar seus argumentos sobre a simples vontade de cultuar a religião dos seus antepassados da forma doce como Mãe Aninha sempre agiu e legitimar o pedido, conseguiu, pouco tempo depois, que fosse aprovado o Decreto 1,202, que permitia a utilização dos atabaques nos terreiros.

"O acontecimento é considerado um passo importante para a liberação definitiva do controle policial sobre os candomblés, o que só ocorreu em 1976, no governo de Roberto Santos. Na ocasião, a notícia foi recebida com entusiasmo pelo povo de santo da Bahia, em plena festa da Lavagem do Bonfim." (Raul Lody - renomado antropólogo, museólogo, professor e escritor brasileiro).


Vamos saber as diferentes características de algumas regiões brasileiras quanto ao atabaque?



No Maranhão são utilizados tambores horizontais e feitos em madeira, compensado ou zinco que são encourados nas duas extremidades. Em geral , ficam apoiados sobre um cavalete de madeira e são tocados com as mãos. O nome dado aos tambores é batá ou abatá, o que justifica a forma como são chamados os que os tocam - batazeiros ou abatazeiros.



São muito utilizados nas casas Tambor de Mina - denominação mais difundida da religião nessa região, Piauí, Pará e Amazônia - cujo nome demonstram a sua importância.



Na mesma região existe, ainda, o Jeje-Mina, onde os toques são bem parecidos com os que conhecemos aqui - 3 tambores (hum, humpli e gumpli), tocados com a mão e/ou com aguidaví e podem ser acompanhados pelas cabaças e agogô, lá chamado de .


Por hoje é isso amigos e amigas. amanhã voltaremos a falar sobre as diferentes características da utilização dos atabaques na nossa religião Brasil afora, ok?!


Uma sexta de muito axé a todos!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Atabaque, Instrumento Sagrado.

Olá, olá comunidade querida!!!

Tivemos uns contra-tempos nos últimos dias e não pudemos dar continuidade à nossa conversa sobre atabaques, entretanto, retornamos para isso, pois vocês são a nossa força motora!

Como vimos na última postagem, o atabaque é um instrumento musical que chegou ao Brasil através dos escravos africanos, sendo usado em quase todo ritual afro-brasileiro, típico do Candomblé e da Umbanda e de outras religiões afro-brasileiras e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa, empregados para convocar os OrixásNkisis e Voduns...


Para não perder o costume, o que acham dessa belezura de Richilieu? Lindo, não é mesmo?! e ele pode ser seu! Só não pode demorar e adquiri-lo agora mesmo!!! Entre em contato conosco através de nossos telefones ou nos faça uma visita no endereço que está em nossa página do facebook (abaixo). Você também pode nos deixar uma mensagem para maiores informações!



O rum, o maior de todos, possui o som grave; o do meio, rumpi, médio; o , o menor, possui o som agudo podendo ser usado o aquidavi (varetas) para a percussão. Antigamente eram 4 o número de atabaques utilizados, mas isso foi sendo modificado co o tempo, tendo sido  suprimido o que era chamado contra-rum. Em geral, o tamanho dos atabaques varia entre 20 a 25 cm na parte superior, sendo proporcionalmente menor na extremidade inferior, variando entre 10 a 15 cm. 
Em geral, são encourados com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás, independente da cerimônia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados, o couro que veio da loja geralmente é descartado, o cilindro de madeira só depois de passar pelos rituais é que poderá ser usado na Casa de Santo.
O trio de atabaques executa, ao longo do xirê (sessão de "músicas" para que os Orixás dancem), uma série de toques que devem estar de acordo com os orixás que vão sendo evocados em cada momento da festa. Para auxiliar os tambores, utiliza-se um agogô (instrumento musical); em algumas casas tocam-se também cabaças (fruto de árvores como Lagenaria e Cucurbita) e afoxés (instrumento musical).
Na nossa religião, são objetos sagrados e renovam anualmente o Axé. São usados, unicamente, nas dependências do terreiro, ao contrário dos que são utilizados nos blocos de afoxés. São preparados exclusivamente para louvar os Orixás. 
O som é o condutor do Axé do Orixá. É o som do couro e da madeira vibrando que os trazem, como sinfonias africanas sem partitura. 
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo rum (o atabaque maior), e pelos ogans nos atabaques menores sob o seu comando, é ele quem começa o toque e é através do seu desempenho no rum que o Orixá vai executar sua coreografia, de caça, de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o rumpi e o le
Os atabaques são chamados de Ilubatá ou Ilú na nação Ketu, e Ngoma na nação Angola, mas todas as nações adotaram os nomes inicialmente mencionados, apesar de serem denominação Jeje.
(Texto adaptado de Wikipédia).

Uma conversa super interessante, não é mesmo pessoal?! Mas continuaremos mais nas próximas postagens, ok?! E, enquanto isso,...

...Um ótimo dia para vocês!!!


sábado, 9 de abril de 2016

O Atabaque - Instrumento Musical.

Olá, olá amigos e amigas!!!

Para começar esse sábado maravilhoso com energia positiva, vamos começar uma série de conversas sobre um dos objetos sagrados de nossa religião que todos já viram várias vezes: o Atabaque.

Como sabemos, os que mais tem conhecimento deste instrumento musical e sagrado são os Ogans, responsáveis pela honra de tocá-los louvando os Orixás.


Antes de continuarmos nossa conversa, vamos fazer uma pequena pausa para podermos admirar este lindíssimo pano para Igba em Richilieu (40cm/ 40cm)! Demais, não é mesmo?!

O seu Orixá merece o melhor!

Não perca mais tempo e entre em contato conosco agora mesmo através dos telefones que estão na nossa página (link abaixo). Caso prefira nos fazer uma visita, confira nosso endereço também na página ou nos deixe uma mensagem para maiores informações.



Em uma definição mais generalizada do instrumento mencionado e sem significados ritualísticos, o atabaque é um instrumento musical de percussão afro-brasileiro. 

Seu nome se originou do termo árabe al-Tabaq, que significa "prato". Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas coberta de couro de boi, veado ou bode.

Quantos ao tensionamento do couro, podem haver três sistemas principais: por cordas e cunhas, por ferragens (à semelhança das congas cubanas) ou por birro (à semelhança do Sabar senegalês, do Kpanlogo ganês, entre outros tipos de tambores africanos).

É tocado com as mãos, com duas baquetas, ou por vezes com uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado. Pode ser usado em kits de percussão em ritmos brasileiros, tais como o samba e o axé music.
(Texto retirado de Wikipédia).

Entretanto, para nós, o significado e utilização do atabaque vão muito além das explicações acima, não é mesmo?!

Iremos decorrer mais sobre o assunto nas próximas postagens, mas podemos fazer uma pequena introdução que já é, por muitos, conhecida.

Nos terreiros de Candomblé são utilizados 3 atabaques diferentes, estes são chamados de rum, rumpi e le.

Por hoje é só pessoal, amanhã continuaremos a conversa e convido a todos para contribuírem e deixarem seus comentários!

Um sábado de muito axé para todos!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Desrespeito aos Princípios - Continuação.

Olá, olá comunidade querida!!

Hoje continuaremos a nossa conversa de ontem, relacionando mais alguns atos que vêm desrespeitando, e muito, os princípios básicos da religião dos Orixás, afinal, para mantermos nossa cultura e fé vivia, precisamos manter e respeitar aquilo que nos foi deixado.

Antes de continuarmos, que tal dar uma conferida nessa peça de Richilieu belíssima?! Ela pode ser sua!


De super qualidade, a peça acima possui as seguintes medidas: 2,90m/ 1,40m.

Lembrando que, para maiores informações, basta entrar em contato conosco através dos telefones que você encontra na nossa página do facebook (link abaixo). Que tal nos fazer uma visita? Nosso endereço também está na página. Você pode, ainda, nos enviar uma mensagem com sua pergunta.
https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado/



"• Sacerdotes e sacerdotisas conduzindo cerimônias para seu próprio orixá ou trocando axé: Os sacerdotes zelam pelos orixás dos filhos e devem ter um outro sacerdote para zelar o deles;

• Alteração na sequência de rituais como primeiro fazer oferendas aos orixás e depois o bori (oferenda para cabeça): Toda liturgia do candomblé foi cuidadosamente pensada pelos nossos ancestrais que tinham raízes e propriedades de conhecimento, portanto todo ritual deve ser seguido minuciosamente conforme o legado deixado, sendo, primeiro o fortalecimento à cabeça para, então, cuidar do guardião da cabeça, o Orixá;

• A recriação na maneira de vestir nossos Orixás: Existe uma grande liturgia em torno das vestimentas dos Orixás, estas são cheias de significados e não devem, sob hipótese alguma, serem alteradas , bem como, devem respeitar as características individuais de cada Orixá tomando o cuidado para não transformar nosso sagrado em alegorias carnavalescas;

• Adeptos vestindo-se de tecidos reservados aos Orixás: Sempre se teve o carinho e dedicação em reservar o melhor tecido para o Orixá permitindo que sua veste se destaque no meio da diversidade de cores e bordados que são características das vestes do candomblé. Os tecidos brocados, com excesso de brilho sempre foram destinados somente para eles;

• Mais de um Orixá Iroko no mesmo terreiro: Existe um ampla liturgia que impede de ter mais de uma pessoa iniciado para Iroko no mesmo terreiro, sendo, inclusive, proibido um iniciado de Iroko ver a divindade manifestada;

• A falta de discernimento nas liturgias religiosas: Deve-se respeitar e entender as tradições e rituais particulares de cada casa matriz de Salvador. Achar bonito em outra vertente e incrementar na sua casa tira sua referência enquanto raiz e a transforma em um provérbio dos antigos (colcha de retalhos). Sua casa passa a perder o nexo e, consequentemente, sua essência;

• Embora cada terreiro descendente possa ter sua particularidade individual, de maneira nenhuma os princípios e dogmas podem ser transformados ou adaptados: Não fomos nós que criamos estas diretrizes, herdamos este rico patrimônio cultural, símbolo de resistência, e devemos seguir tal como nos foi legado. Não nos compete mudar uma tradição religiosa bicentenária apoiada em uma cultura milenar."
(Texto retirado e adaptado da página Casa de Oxumarê).

Muito obrigada pela atenção pessoal! Esperamos, mesmo, que essas últimas postagens ajudem a todos a preservar a nossa religião, afinal, juntos somos mais fortes!

Que Oxalá abençõe todos nós!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Desrespeito aos Princípios

Bom dia pessoal!!

Como prometido na postagem de ontem, hoje vamos continuar o importantíssimo assunto que é o desrespeito aos princípios básicos da nossa religião enumerando alguns que tem acontecido e não podem ser aceitos.

Nossa ideia é deixar claro aquilo com o qual não compactuamos pois desrespeita um dos bens mais amados de nossa cultura e tradição, a ancestralidade.

Vale informar que os princípios da religião nos são passados há anos através dos principais terreiros de candomblé baianos.


Mas sem esquecer de dar aquela passadinha na nossa loja e admirar essa linda peça de Richilieu que merece ser sua! Você pode adquiri-la através do cartão de crédito (parcelamentos em até 6x sem juros) ou à vista. As medidas são: 2,90m/ 2,10m.

Lembrando que nossos telefones e endereço estão na nossa página no facebook por onde você também pode nos enviar uma mensagem para maiores informações:


"• Apenas uma pessoa pode assumir o posto de Babalorixá ou Yalorixá dentro de um terreiro: Terreiros de Candomblé conduzido e administrado por mais de uma pessoa pode ser considerado, no mínimo, um equívoco. Em um Axé somente um é o escolhido para governar a terra, este é o responsável pelo axé, existe os postos que o auxiliam e, também, os que tomam conta da grande estrutura religiosa existente dentro de uma casa de candomblé. Mas, o título de Iyalorisá ou Babalorixá não pode, de forma alguma, ser dividido em uma mesma casa, afinal, em um reino existe apenas um rei;

• É impossível imaginar o funcionamento de uma Casa de candomblé sem a existência de um Babalorixá ou Iyalorixá: Mesmo tendo os mais altos postos de um axé o terreiro não pode ser dirigido sem um deles. Um templo religioso não é como uma empresa que pode ser adinistrada por diversos sócios. Ele deve ser conduzido pela autoridade máxima, que é o zelador de Santo. Em caso de sucessão, o Terreiro, no período de luto, é governado pela Iyalasé (posto que lhe permite transmitir, apenas, o conhecimento para o próximo sacerdote supremo que irá tomar posse quando do fim das obrigações do período de luto), pois ela é a Mãe do Axé, a pessoa que tudo viu, aprendeu e tem o dever de passar para o sucessor;

• O desrespeito ao luto em virtude da perda do sacerdote: Após o falecimento do Babalorisá ou Iyalorisá o terreiro deve permanecer em luto total, apenas se limitando as cerimonias fúnebres. O luto pode levar de um a sete anos, conforme determinação dos orixás, e é período fundamental para restabelecer o equilíbrio do Terreiro mediante a perda do Sacerdote. Neste tempo o Orixá determinará o próximo sucessor ou sucessora;

• Iniciados abrindo ou dirigindo Terreiros sem serem apresentados a sociedade como sacerdotes: Completados os sete anos de iniciação, e tendo o destino de se tornar sacerdote ou sacerdotisa, o escolhido pelos Orixás deve edificar um templo e, após estruturá-lo para liturgia do candomblé, receberá de seu babalorixá ou iyalorixá o oyê (título), apresentando-o à sociedade como tal. Em caso de sucessão, o escolhido deve ser apresentado por 4 autoridades religiosas, as mesmas que consultaram o oráculo dos Orixás para saber quem assumiria o trono;"

(Texto retirado e Adaptado da página Casa de Oxumarê)

Esses são apenas alguns deles. Amanhã conversaremos sobre mais alguns!

Muito axé para vocês!!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Infrações Gravíssimas à Ancestralidade

Olá, olá comunidade querida!!!

Para os mais novos, muito do que se vê na religião hoje em dia torna-se normal, entretanto é importante se informar bem, isso porque, infelizmente, muito da herança deixada por nossos ancestrais vêm sendo modificado e, como consequência, se perdendo tradições cruciais para os fundamentos.

Vamos entender um pouco mais sobre isso?


Antes de continuarmos nossa conversa, vamos conferir esses bubus bordados. São realmente lindos, caem bem no corpo e temos de vários tamanhos e cores! Você pode fazer o pagamento no cartão de crédito com parcelamento ou  à vista. Entre em contato agora mesmo e garanta já o seu! 

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Infelizmente, negligências quanto as tradições da religião, dogmas espirituais aliados a história de luta e resistência dos africanos escravizados e trazidos para cá têm sido cada vez mais comuns. 

A verdade é que as casas de Santo renomadas e antigas não podem permanecer inertes ao presenciar ou saber de situações como essas, isto porque a religião dos Orixás é, em grande parte, baseada em ensinamentos falados e passados de pais (mães) para filhos (as), portanto essas alterações justificadas apenas pela ganância e ambição fazem muito do legado cultural e religioso tão preciosos se perder.

Recriar rituais, desrespeitar as tradições e períodos de obrigações, por exemplo, é como desmerecer todo o esforço que nossos ancestrais fizeram, sofrendo com a desumanidade da escravidão, o massacre cultural e religioso, quando eram proibidas quaisquer manifestações destes tipos por africanos e descendentes a não ser que fossem fruto do catecismo da Igreja - o sincretismo religioso sobre o qual já conversamos.  Eles foram obrigados a esconder a sua religiosidade para poder manter viva a fé e os cultos religiosos trazidos da África.

Mesmo após a "abolição da escravatura", a liberdade de escolha religiosa lhes era vetada, sendo uma contravenção legal qualquer culto aos Orixás, passível de penas como tortura, prisão e humilhações. 

"Eram obrigados a andar com os atabaques na cabeça até a delegacia para que a elite racista tivessem a oportunidade de colocar toda a sua intolerância e racismo para fora. Eram alvo de deboche da burguesia." (2013, Casa de Oxumarê)

Mesmo em um época mais recente (até a década de 70, quando começamos a conquistar mais reconhecimento e liberdade) ainda havia uma grande perseguição. Criaram-se altíssimas taxas e impostos que deveriam ser pagos a cada ritual e/ou  celebração, mas que não evitavam a invasão de "agentes da lei" para silenciarem os atabaques no meio do culto, sendo necessário recomeçar tudo novamente. Com isso, muitos dos nossos ancestrais passavam fome para erguer os terreiros que nos deixaram essa herança maravilhosa.

"Templos estes, que guardam e preservam a cultura, tradição e conhecimentos. Legado da união de vários povos que se encontravam nas mesmas condições e juntos perpetuaram com muita luta sua fé e plantaram a aliança de várias etnias, de todas as nações, no eixo central destes Terreiros." (2013, Casa de Oxumarê)

Para não sermos negligentes e/ ou coniventes com os erros que agridem e comprometem  os princípios do Candomblé, sendo um dos básicos preservar e cuidar da memória dos nossos antepassados, vamos relatar algumas dessas mudanças amanhã para que todos fiquem cientes do que está ou não está de acordo com a nossa ancestralidade.

Enquanto isso;

Um dia maravilhoso a todos!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Ewó – Escute as Recomendações do seu Sacerdote!

Olá, olá pessoal!!!

Ontem ficamos na correria e acabamos não fazendo a postagem, mas, não esquecemos de vocês, não e vamos retomar a conversa sobre os Interditos na Religião dos Òrìsàs agora mesmo.

Para começar essa maravilhosa semana com muita energia positiva evitando aquilo que não se deve fazer por recomendação do seu Orixá.


Passando pela nossa loja, podemos admirar mais essa belezura de Richilieu que é um trabalho incrível! Suas metragens, 2,70m/ 1,40m, e você pode parcelar no cartão em até 6x sem juros!!! Caso o pagamento seja à vista, fazemos desconto.

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"Minha Ìyálòrìsà me disse que eu não podia comer Cajá, eu comi e não me fez mal algum, esse negócio de Ewó é conversa fiada”!

Quantas vezes você já escutou isso? Pois é, como chegamos a mostrar no último post e, por uma lógica direta da nossa religião que envolve energias da natureza, o que pode não te fazer mal no exato momento, com uma resposta do próprio organizamo ao ingerir um alimento que não recomendado pelo seu zelador, pode, no futuro, prejudicar sua energia e positivação.


Talvez pela falta de informação ou conhecimento acerca da cultura dos Òrìsàs, muitas pessoas pensam dessa forma que para ser Ewó ou quizila é preciso uma resposta instantânea.

Antes de tudo é preciso entender o que são os Ewó. Na religião dos Òrìsàs, acreditamos que, ao longo da vida, todos os seres e Divindades passaram por momentos de alegria, felicidades, dificuldades, decepções, etc. Nessa ótica, aquilo que motivou ou desencadeou, por exemplo, um processo de decepção, tornou-se um interdito para aquele ser/Divindade.

Como a razão pela qual Ògún usa màrìwò. Quando ele entrou mata adentro, envergonhado por ter matado o cachorro guardião do mercado da riqueza, suas roupas foram completamente rasgadas pela ação de uma determinada planta espinhosa, fazendo com que ele, envergonhado por estar nu, se vestisse completamente com màrìwò (Ogun Kolaso, Mariwo Aso Ogun-o Mariwo) - contaremos essa lenda mais à frente. A partir desse dia, o màrìwò tornou-se sagrado para Ògún, no entanto, a planta que rasgou suas roupas, passou a ser o seu Ewó. Sendo assim, caso um filho de Ògún venha a usar essa planta (por exemplo, um banho), provavelmente naquele momento ele não sentirá nada, mas isso despertará em Ògún, a lembrança daquele momento de vergonha, o que lhe pode ser prejudicial futuramente.

Esse é somente um exemplo, mas existem centenas de histórias que justificam todos os Ewós do Candomblé. A mais conhecida é, provavelmente, a de Òsàlá, que deixou de criar o mundo, pois bebeu o Emú (vinho de palma), tornando essa bebida um terrível Ewó do pai do Branco. Há, também, a história que justifica o Ewó do mesmo Òsàlá com o Epó Pupá, quando Èsù de forma maliciosa sujou sua impecável roupa branca com o dendê (Epo Made So Alá).

É interessante observar que, muito embora o Epó Pupá e o Emú sejam Ewó de Òsàlá, ambos são apreciados por Ògún, o que nos mostra que, nem sempre o interdito para uma pessoa, será para outra. Muito embora, existam casos em que o Ewó é comum para todas as pessoas do Candomblé.

Em geral, o tipo de quizilas mais conhecidas e faladas são as alimentares, entretanto, existem proibições que variam entre não poder usar roupas remendadas e não poder tomar banho de uma determinada folha ou conjunto de folhas. Como já mencionei acima, os Ewós são determinados em razão do Òrìsà da pessoa, mas também, o seu destino (Odù), identificado por meio de consulta ao oráculo.

O desrespeito a uma interdição do Orixá, invariavelmente implicará em prejuízos futuros, como uma possível cólera do Deus, em razão do não cumprimento.

Portanto, quando um Sacerdote diz ao filho: “Meu filho, não coma abóbora”, ele não está querendo lhe privar de algo que até você ser iniciado sempre lhe fez bem. Ele está lhe dando informações preciosas que contribuirão para a sua edificação espiritual no futuro. O mesmo ocorre quando a Ìyálòrìsà diz: “meu filho, não coma Cajá e não use roupa vermelha”, ela não quer lhe privar de um refresco saboroso ou da cor da moda. Ela, somente, quer o seu bem!"
(Texto retirado e adaptado da página Casa de Oxumarê).

É isso pessoal, resumindo, devemos, sempre, escutar as recomendações e orientações de nosso sacerdote.

Um ótima semana gente!