sábado, 30 de janeiro de 2016

Comportamento

Olá, olá queridos e queridas!!!!

Como vão todos neste sábado esplêndido???

Vamos continuar a conversar sobre o comportamento na religião??? Dentro da casa e, inclusive fora dela, existe uma conduta que deve ser seguida, você sabia?! 

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Como devo me comportar?
O que posso fazer?
Será que me comporto mal?
Qual a conduta mais correta?

São dúvidas que assolam muitos iniciados, principalmente aqueles que caem de pára quedas na religião, que entram por amor ao orixá, mas que nunca se deram ao trabalho de analisar e avaliar o local de culto, as pessoas nesse local e principalmente aqueles que não sabem como funcionam as coisas neste ambiente especial e sagrado.

A ausência da conduta correta na casa de santo pode gerar diversos problemas, primeiro entre as pessoas, e. fatalmente, a casa sofre com isso. O candomblé (no sentido de terreiro) é lugar de função. Toda casa deve ter uma equipe preparada para detectar problemas de relacionamento entre as pessoas. Não se pode deixar de perceber quando o comportamento de alguns se torna indevido gerando desavenças, mesmo que nas entrelinhas das conversas, pois impedir ou acabar com tais comportamentos indevidos reflete numa casa bem administrada e um egbe harmônico como todos devem manter. Afinal, aquele local e aquele momento que você dedica para estar no ilê Orixá, são sagrados, quase tanto quanto a própria casa do Orixá. Não devemos nos desviar do objetivo.

Estamos numa casa de axé para cuidar de nosso Orixá/Vodum /Inkisse, para aprender mais sobre esse sagrado perfeito e essa cultura fascinante, na qual a maior parte das pessoas não nasceu, mas, como foi iniciado (a), deve passar a adotar medidas e comportamentos coerentes. Estamos para aprender e um dia ensinar aos mais novos. Existem tantas coisas a serem descobertas numa casa de axé, tanta coisa para aprender com sua mãe/pai, com os mais velhos dispostos a ensinar que se mantivermos o foco no objetivo principal (cuidar do Orixá e de sua casa) não haverá tempo a perder com qualquer outra conduta. 

E neste pensamento, surge a dúvida "Por que tanta gente perde tempo se desviando daquilo e daqueles que podem realmente nos acrescentar?"

Por que falta o hábito de observar, de calar e apenas ouvir, porque temos o hábito do barulho, da conversa em excesso, e não se consegue fazer algo simples: silêncio. Se ouver mais silêncio nas casas, pode-se ter a oportunidade de se equivocar menos, de ouvir melhor nossas rezas, de observar como se comporta aquele egbomi que é o braço direito da casa, ou aquele ogã, aquela ekedi que está sempre auxiliando junto ao nosso pai/mãe e que sabe como se portar diante de cada situação.

Na nossa sociedade, quando você diz algo o outro imediatamente responde, arremata com outra frase, emenda para outra conversa. Talvez esse seja um fator limitante ao crescimento, o pouco uso da audição, afinal, temos dois ouvidos e uma boca para escutar mais do que falar, mas caminhamos na contra-mão e usamos mais a fala do que a audição. Não se enganem, somente quem sabe fazer silêncio é que merece e recebe confiança no culto ao sagrado, e o que consegue absorver mais conhecimento.

A ideia não é todo mundo, a partir de agora, se fingir de mudo...rsrs...., mas aprender a fazer silêncio nos momentos necessários e que saiba que a casa de candomblé não é lugar para farras, algazarras, muito  menos de se deixar levar por mal entendidos e desavenças.

Candomblé é família, ali todos somos irmãos, pais, mães e filhos e essa deve ser a visão. Já temos tanto contra nossa religião.

As exigências de ouvir, não rebater, não discutir, não se deixar levar por animosidades, são justamente para proteger não apenas uma casa, mas toda a religião dos Orixás. Existe uma ética por trás de cada exigência que nos é feita. A falta de ética, de moral, de respeito, do bom senso de como conduzir-se na casa, não pode ser reincidente e reinante.

Nesse ínterim percebemos a importância da fase de abiyã, na qual aprendemos como nos portar; onde sentar; com quem esclarecer dúvidas; se, quando e como abordar a mãe/pai; qual comportamento diante de uma ekedi, ogã ou egbomi. Como as yawós se comportam? Você passa a observar como será seu comportamento após a iniciação. A responsabilidade de iniciações prematuras também é dos zeladores que não avaliam o que aquele abiyã aprendeu até ali, pois, muitas vezes se fecha os olhos para vários aspectos que devem ser analisados antes de "enfia"' alguém no roncó para uma iniciação.

Não basta querer, é preciso iniciar quem está à altura desse passo, quem está preparado e tem convicção de que este é o caminho, mas uma certeza devido à sua experiência na casa, esta que se deve a algum tempo de convívio com aquela comunidade.

Vemos pessoas que não aprovam o sacrifício (doação) do animal e, após iniciadas, querem mudar os fundamentos para continuar na religião; outros que acham que o zelador tem que estar à disposição para resolver problemas de todos os iyawo; alguns acham que podem se sentar em cadeiras dentro do axé; os que acham um absurdo não poderem conversar com alguém mais velho no mesmo tom ou sem abaixar-se na casa de axé. Esses exemplos, e muitos outros que poderíamos citar, surgem devido a uma razão: pessoas que querem inserir na casa do Orixá o seu modo de pensar e agir e, por vezes, influenciam outras que as tem como exemplo. 

Vamos fazer uma pequena reflexão? Como você se sentiria se alguém de fora, te pedisse para entrar na sua casa e se tornar parte da sua família, recebesse a ajuda, a energia ou como quiserem chamar, de você e de sua família e, após algum tempo, se sentindo mais à vontade devido à sua abertura, resolvesse começar a ditar ordens ou querer mudar a forma como as coisas acontecem na sua própria casa? Qual seria sua reação? 

Por isso meus irmãos, aprendamos observando, ouvindo, acatando, obedecendo, respeitando, absorvendo, sendo sempre um verdadeiro filho para o Orixá e para o seu axé.

E que este final de semana seja de muito axé!


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