sábado, 30 de janeiro de 2016

Comportamento

Olá, olá queridos e queridas!!!!

Como vão todos neste sábado esplêndido???

Vamos continuar a conversar sobre o comportamento na religião??? Dentro da casa e, inclusive fora dela, existe uma conduta que deve ser seguida, você sabia?! 

Passando pela nossa loja, vamos dar uma analisar a beleza deste tecido incrível!!!


Este é mais um do tipo Estampado, ou seja, com medidas bem grandes para que você possa confeccionar bastante roupa! 

Caso você não saiba fazer as roupas, também pode garantir esta parte com nossos profissionais, ou seja, você adquire o tecido e já encomenda a roupa! Fácil e rápido, não é mesmo?!

Entre agora mesmo em contato conosco e garanta já o seu! 


Como devo me comportar?
O que posso fazer?
Será que me comporto mal?
Qual a conduta mais correta?

São dúvidas que assolam muitos iniciados, principalmente aqueles que caem de pára quedas na religião, que entram por amor ao orixá, mas que nunca se deram ao trabalho de analisar e avaliar o local de culto, as pessoas nesse local e principalmente aqueles que não sabem como funcionam as coisas neste ambiente especial e sagrado.

A ausência da conduta correta na casa de santo pode gerar diversos problemas, primeiro entre as pessoas, e. fatalmente, a casa sofre com isso. O candomblé (no sentido de terreiro) é lugar de função. Toda casa deve ter uma equipe preparada para detectar problemas de relacionamento entre as pessoas. Não se pode deixar de perceber quando o comportamento de alguns se torna indevido gerando desavenças, mesmo que nas entrelinhas das conversas, pois impedir ou acabar com tais comportamentos indevidos reflete numa casa bem administrada e um egbe harmônico como todos devem manter. Afinal, aquele local e aquele momento que você dedica para estar no ilê Orixá, são sagrados, quase tanto quanto a própria casa do Orixá. Não devemos nos desviar do objetivo.

Estamos numa casa de axé para cuidar de nosso Orixá/Vodum /Inkisse, para aprender mais sobre esse sagrado perfeito e essa cultura fascinante, na qual a maior parte das pessoas não nasceu, mas, como foi iniciado (a), deve passar a adotar medidas e comportamentos coerentes. Estamos para aprender e um dia ensinar aos mais novos. Existem tantas coisas a serem descobertas numa casa de axé, tanta coisa para aprender com sua mãe/pai, com os mais velhos dispostos a ensinar que se mantivermos o foco no objetivo principal (cuidar do Orixá e de sua casa) não haverá tempo a perder com qualquer outra conduta. 

E neste pensamento, surge a dúvida "Por que tanta gente perde tempo se desviando daquilo e daqueles que podem realmente nos acrescentar?"

Por que falta o hábito de observar, de calar e apenas ouvir, porque temos o hábito do barulho, da conversa em excesso, e não se consegue fazer algo simples: silêncio. Se ouver mais silêncio nas casas, pode-se ter a oportunidade de se equivocar menos, de ouvir melhor nossas rezas, de observar como se comporta aquele egbomi que é o braço direito da casa, ou aquele ogã, aquela ekedi que está sempre auxiliando junto ao nosso pai/mãe e que sabe como se portar diante de cada situação.

Na nossa sociedade, quando você diz algo o outro imediatamente responde, arremata com outra frase, emenda para outra conversa. Talvez esse seja um fator limitante ao crescimento, o pouco uso da audição, afinal, temos dois ouvidos e uma boca para escutar mais do que falar, mas caminhamos na contra-mão e usamos mais a fala do que a audição. Não se enganem, somente quem sabe fazer silêncio é que merece e recebe confiança no culto ao sagrado, e o que consegue absorver mais conhecimento.

A ideia não é todo mundo, a partir de agora, se fingir de mudo...rsrs...., mas aprender a fazer silêncio nos momentos necessários e que saiba que a casa de candomblé não é lugar para farras, algazarras, muito  menos de se deixar levar por mal entendidos e desavenças.

Candomblé é família, ali todos somos irmãos, pais, mães e filhos e essa deve ser a visão. Já temos tanto contra nossa religião.

As exigências de ouvir, não rebater, não discutir, não se deixar levar por animosidades, são justamente para proteger não apenas uma casa, mas toda a religião dos Orixás. Existe uma ética por trás de cada exigência que nos é feita. A falta de ética, de moral, de respeito, do bom senso de como conduzir-se na casa, não pode ser reincidente e reinante.

Nesse ínterim percebemos a importância da fase de abiyã, na qual aprendemos como nos portar; onde sentar; com quem esclarecer dúvidas; se, quando e como abordar a mãe/pai; qual comportamento diante de uma ekedi, ogã ou egbomi. Como as yawós se comportam? Você passa a observar como será seu comportamento após a iniciação. A responsabilidade de iniciações prematuras também é dos zeladores que não avaliam o que aquele abiyã aprendeu até ali, pois, muitas vezes se fecha os olhos para vários aspectos que devem ser analisados antes de "enfia"' alguém no roncó para uma iniciação.

Não basta querer, é preciso iniciar quem está à altura desse passo, quem está preparado e tem convicção de que este é o caminho, mas uma certeza devido à sua experiência na casa, esta que se deve a algum tempo de convívio com aquela comunidade.

Vemos pessoas que não aprovam o sacrifício (doação) do animal e, após iniciadas, querem mudar os fundamentos para continuar na religião; outros que acham que o zelador tem que estar à disposição para resolver problemas de todos os iyawo; alguns acham que podem se sentar em cadeiras dentro do axé; os que acham um absurdo não poderem conversar com alguém mais velho no mesmo tom ou sem abaixar-se na casa de axé. Esses exemplos, e muitos outros que poderíamos citar, surgem devido a uma razão: pessoas que querem inserir na casa do Orixá o seu modo de pensar e agir e, por vezes, influenciam outras que as tem como exemplo. 

Vamos fazer uma pequena reflexão? Como você se sentiria se alguém de fora, te pedisse para entrar na sua casa e se tornar parte da sua família, recebesse a ajuda, a energia ou como quiserem chamar, de você e de sua família e, após algum tempo, se sentindo mais à vontade devido à sua abertura, resolvesse começar a ditar ordens ou querer mudar a forma como as coisas acontecem na sua própria casa? Qual seria sua reação? 

Por isso meus irmãos, aprendamos observando, ouvindo, acatando, obedecendo, respeitando, absorvendo, sendo sempre um verdadeiro filho para o Orixá e para o seu axé.

E que este final de semana seja de muito axé!


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Ainda sobre caráter - Parábola da Fidelidade

Boa tarde amigos e amigas de nossa comunidade!

Como vocês puderam ver, nossa conversa hoje é sobre a fidelidade na religião. Você sabe o que isso quer dizer? Afinal essa palavra é muito relacionada a relacionamentos amorosos, mas a verdade é que tem muito mais do que isso nesse significado e a abrangência faz parte, sim, do âmbito sagrado.

Vamos dar uma espiada rápida naquele tecido maravilhoso para continuarmos nossa conversa?!


Mais uma maravilha do tipo Estampado (1,50m/ 5,20m) é top em qualidade e dá para confecção de, pelo menos, uma saia de sala com roda 4m, pano de cabeça ou peito, bubu e pano de cabeça para acompanhar. 

Para maiores informações sobre valores, forma de pagamento e contatos, segue o link de nossa página no facebook: https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado/


O texto abaixo foi extraído da internet e é muito bom! Infelizmente não temos o nome autor para poder dar-lhe os créditos, mas, se alguém da comunidade souber quem é e puder nos informar, agradecemos muitíssimo!

"Contam os nagôs ìgbó’s que, em uma época incontável, Òrunmìlà, certa noite, após ter andado pelo Mundo por um longo período juntamente com seus discípulos, pregando as boas novas e seus mandamentos, resolveu testar a amizade e a fidelidade dos seus seguidores. Após ter feito vigília durante toda uma noite, ele aguardou os primeiros raios do Sol surgirem no Leste, para chamar à sua presença seus discípulos, os Dezesseis Conselheiros. Quando todos se apresentaram, Òrúnmìlà disse-lhes: ‘Quero que vocês tragam para mim a fórmula mágica do Rere Àilópin (O Bem da Longevidade).’ Seus discípulos imediatamente lhe perguntaram: ‘Viveremos também longa vida, caso a encontremos?’. Ele respondeu-lhes: ‘Aquele que a achar e à minha presença trouxer, comigo terá longa duração de vida’. 
Imediatamente, os conselheiros saíram à procura do tão bem-querer, para poderem desfrutar do mesmo juntamente com Òrunmìlà. Após vários dias de jornada, os conselheiros, cansados e debilitados, resolveram voltar para casa, desistindo, dessa maneira, de procurar ‘O Bem-querer’ solicitado pelo amado mestre. Ao chegarem próximo da residência dele, observaram que diversas pessoas do vilarejo corriam pelas ruas em prantos, outras faziam grandes alaridos pronunciando: ‘Òrunmìlà npaláro, Ìkú nmúkurò (Òrunmìlà morreu, Ìkú o levou embora)’.
Após ouvirem as lamentações, os conselheiros aceleram os passos em direção à casa do tão amado mestre. Quando da morada do mesmo se aproximaram, mal conseguiam se locomover entre as pessoas que se aglomeravam diante da mesma. Com sacrifício e rudeza, conseguiram adentrar a casa do mestre. Lá estava, inerte sobre o leito, o corpo do amado líder espiritual.
Nesse meio tempo, os dezesseis conselheiros ficaram parados tais quais estátuas diante do corpo apático de Òrunmìlà. Entremente, um a um foi se retirando lentamente do local, pronunciando: ‘De que valeu sairmos em busca do Bem da Longevidade? Nosso mestre está morto, não o temos mais, mesmo que tivéssemos achado esse bem, não saberíamos utilizar a fórmula. Está tudo acabado! Nada mais temos a fazer a não ser pedir o povo do local que o enterre para nós’. 
Em seguida, logo após solicitar que sepultassem o corpo, os conselheiros seguiram viagem afora, dizendo que iriam, a partir daquela data, pregar mundo afora os ensinamentos que lhes foram dados por seu amado mestre. Todos se retiraram, com exceção de Elégbará, seu amigo inseparável, que havia chegado naquele momento e que, debruçado, ficou sobre o corpo inerte.
No momento em que o Olóri Õgá Ìlétò (Chefe Supremo do Vilarejo) ia dar início ao translado do corpo para a sepultura, Elégbára começou a chorar incessantemente sobre o corpo de Òrunmìlà. Por mais que tentassem tirá-lo, mais ele se agarrava ao cadáver. Em determinado momento, todos os presentes viram as mãos do cadáver se moverem em direção à cabeça de Elégbára. Este, estatelado, ao colocar suas mãos sobre as que lhe acariciavam os cabelos, viu que se tratava de um afago de seu tão amado mestre. Sem nada entender, lhe pergunta: ‘Como é possível isto? Tu não estavas morto ainda pouco? Porventura deram-te escondido de mim a fórmula do Bem da Longevidade, que mandaste buscar e, após ingeri-la, ressuscitaste?’
Òrunmìlà continuando a acariciar-lhe os cabelos disse-lhe: ‘Decidi, após uma noite de vigília, fingir que havia morrido para testar a fidelidade e a veneração de todos ao meu redor.’ Continuando o diálogo, disse: ‘Estou desapontado! De todos que vivem à minha volta, tu foste outra vez o único que não me decepcionou.’ 
Em continuidade ao colóquio, perguntou a Elégbára: ‘Por que raspaste a cabeça somente dos lados deixando o restante dos cabelos no alto, na nuca e ao centro, ficando o mesmo com um formato de falo?’ ‘Mestre, eu estava em fase de preparatório para ser iniciado em teus mistérios, quando soube da notícia da tua morte. Imediatamente, deixei tudo para trás e vim correndo ver-te pela última vez.’ Disse-lhe.
Òrunmìlà, ao admitir e comprovar com aquele gesto a dedicação e fidelidade de Elégbára, abraçou o amigo dizendo-lhe: ‘Desejo que deixes teus cabelos crescerem desta forma, isto é, raspado aos lados e no meio não, pois este penteado será, a partir de hoje, o símbolo da nossa amizade e do meu agradecimento.’"
Comentários: O mito acima, apesar de nos mostrar uma prova de amizade, dedicação e fidelidade, mostra-nos também o quanto Elégbára e Òrunmìlà são intrínsecos quanto ao destino dos seres humanos, uma vez que Òrúnmìlà é a revelação e Èsù, o princípio, o "dinâmico" e o "apático".

Além disso, podemos perceber que os mais fiéis ao Zelador de Santo, à Mãe ou Pai pequeno, aos cargos da casa são os mais reconhecidos por seus esforços e amizades, são também os mais recompensados com o aprendizado pois estão sempre por perto para ouvir, portanto, a lição que eu tiro disso é que devemos sempre fazer questão de ser fiéis, amar nosso zelador de verdade, enxergar, de fato, nos cargos e nos irmãos de Santo uma família que merece respeito, amor e fidelidade, bem como nosso queridos Orixás.

Vale lembrar que aqueles que, em algumas vezes não podem estar presentes não serão julgados ou condenados por isso recebendo menos aprendizado. Não é assim que uma casa funciona, mas mostrar interesse, se esforçar para fazer parte de forma presencial, sem dúvida, é ser fiel e fazer parte da família.

Um dia de branco maravilhoso para todos!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Quem se curva, se curva por quê?

Ola, Olá comunidade querida!

Vamos continuar nossas conversar sobre a religião e aprender um pouco mais hoje?!

Passando antes por mais um tecido belíssimo que vale super adquirir para já começar a confeccionar as roupas para que seu Orixá utilize neste ano quando for a sala, não acha? Ou, se preferir, você pode fazer a roupa para você mesmo utilizar em festas ou funções!

Confere!


Este tecido é de arrasar não é mesmo?! Oba adoraria!! hehe... É do tipo Estampado Dourado, 100% algodão e tem as mesmas medidas dos outros dourados (1,50m- 5,20m). É pano pra caramba!

As formas de pagamento pelas quais você pode adquiri-lo são: cartão de crédito (parcelamentos de até 6x sem juros) ou à vista (neste caso fazemos desconto).

Entre em contato conosco agora!!! Não perca mais tempo!

Segue o link da nossa página no face onde você encontra todos os telefones para contato e nosso endereço ou, se preferir, pode nos enviar uma mensagem pela própria página.


Nenhum nome,
Nenhuma raiz,
Nenhum filho do Asé y ou x,
Nenhuma casa tradicional,
Nenhum rechillieu,
Nenhum fio de estrondosas pedrarias,
Nenhum brocado africano, Nenhum torço,
Nada está acima da força responsável por nossa existência.
Nenhum sentimento de superioridade...



Por entender o quão pequenos somos diante de tal energia, é que entendemos também a necessidade de se curvar perante as divindades.

Feliz daquele que tem essa consciência e dignidade em seu sacerdócio para se dobrar na presença do Orixá.

"Oras, mas se Orixá é tão grande assim, porque se curva também?"

Curvar-se, antes de tudo, é poder agradecer pela oportunidade de vida, pela saúde, pelo ar respirado, pela terra pisada, pelo amor e amparo das forças sagradas.


Orixá é uma força sagrada que vive no vento e por isso pode estar onde quiser, quando quiser, mas o fato de poder habitar a carne, cabeça e coração de um de seus filhos é algo mágico e que depende de uma linda cooperação entre as divindades e nós (perigosos seres humanos errantes). 

Sim, Orixá precisa do nosso tocar de atabaques, do nosso cantar sagrado, do nosso rezar com fé e das palavras que os Deuses ancestrais ensinaram para os mais velhos e que se perpetuaram até os dias de hoje. Tudo é integração, tudo é cooperação. E em sua onisciência, quando Orixá se dobra para alguém, agradece pela preocupação, cuidado e pelo chamado para o nosso tempo.

Simples, Orixá se curva por respeito a quem o cultua. Orixá se curva também em gratidão pela oportunidade de ser evocado e pela oportunidade de visitar seus descendentes para dançar, celebrar, cuidar, e dar carinho.
E se Orixá fielmente se curva, quem somos nós para manter os narizes em pé e não nos dobrar em Amor e Respeito?

Tudo isso porque a gratidão é também um Axé e, como um bom pai e uma boa mãe, os Orixás nos ensinam com exemplos. Ensinam, sim, que devemos nos dobrar por tudo aquilo que acreditamos e por agradecimento à todas as experiências que nos são ofertadas para viver.


Portanto pessoal, lembrem-se de sempre se curvarem para os Orixás quando de suas presenças.



E um fim de quinta Iluminado!!!


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

As Comidas dos Orixás

Boa tarde queridos e queridas!!!!

Espero que estejam todos ótimos!

Nossa conversa de hoje será sobre as comidas oferecidas aos Orixás. Passando antes por mais um daqueles famosos tecidos!!!


Mais um tipo estampado, 100% algodão, de medidas 1,50m/ 5,20m de comprimento que pode ser adquirido agora mesmo! Basta entrar em contato conosco!

Segue o link de nossa página no facebook onde você tem todas as formas de contato de nossa loja: 


As comidas oferecidas aos Òrìsà são para reverenciá-los, não para alimentar a divindade.

Para que realmente os Òrìsà recebam e fiquem satisfeitos com as oferendas alimentícias, popularmente chamadas de "comida de santo", é fundamental entender o significado e a essência da comida litúrgica. De fato, as divindades não comem a comida em si apresentada, mas sim, absorvem toda energia depositada desde o preparo, até ao momento da entrega. Este princípio resulta nos preceitos e fundamentos que permeiam a elaboração das comidas de  santo.

 É necessário dedicar amor desde a colheita a compra dos ingredientes. Antes de iniciar o preparo seu corpo e alma devem estar limpos. Faz-se necessário tomar um banho de folhas, vestir-se adequadamente com as indumentárias religiosas, entrando inteiramente no ambiente espiritual do terreiro.

Concentrar-se totalmente no preparo, emanando fé, amor e respeito, é o tempero que verdadeiramente contemplam as divindades. Por essa razão, no momento do preparo, seus pensamentos devem ser de doação, sempre com intuito de agradar a eles. Para que não haja intervenções de energias não desejadas faz-se necessário o silêncio absoluto, que só pode ser quebrado por cânticos sagrados na intenção de homenagear a divindade. É exatamente por estes motivos que as cozinhas dos terreiros tradicionais de candomblé são extremamente restritas às pessoas da mais alta responsabilidade religiosa.

Estas cozinhas tradicionais  utilizam uma ampla variedade de recursos e equipamentos naturais como, fogão a lenha ou carvão, pilão para triturar alimentos, colheres de pau, pratos de barro dentre outros. Isto se faz necessário, pois quanto maior o uso de elementos extraídos diretamente da natureza, maior é a energia envolta no preparo. Além disto, dão um sabor inigualável às comidas típicas dos terreiros!

Contudo, além destes critérios, é fundamental o conhecimento das propriedades espirituais e enérgicas de cada ingrediente, assim como a sua associação particular com cada Òrìsà. A citar como exemplo, um dos ingredientes oferecidos a Ode, divindade da caça, é o milho, mas não por acaso. Esta atribuição dá-se em virtude do milho representar, no mundo espiritual, a fartura, que esta associada diretamente a qualidades deste Santo enquanto provedor de alimento. Assim por diante originou-se o complexo código da milenar, vasta e diversificada "comida de santo".


O segredo envolto ao preparo está ligado à preservação da energia contida na oferenda. Para não correr o risco de interferências de pensamentos ou o absorvimento de alguma força não desejada, os alimentos depois de prontos são imediatamente cobertos por uma toalha branca, protegendo também de sujeiras naturais. Esta tolha só é retirada no momento da apresentação da oferenda aos pés da divindade. Momento onde a comida sacralizada é oferecida, representado amor, respeito, carinho e devoção do (a) devoto (a) ao Òrìsà.

Muito bom o assunto de hoje, não é mesmo?! É sempre bom falar de comida... hehehe, mas ainda mais de energia. Energia boa.

Na sua casa de santo, você pode entrar na cozinha de Santo? Pode preparar a comida? Compartilha com a gente!

Um dia maravilhoso e de muita luz!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Ética e a Moral na nossa Religião

Olá Comunidade querida!!!

Vamos continuar nossas conversas sobre o aprendizado?! Hoje podemos falar de ética e Moral e debater a respeito do que ambos tem a ver com a religião.

Mas sem, antes, deixar de passar o olho em um daqueles tecidos africanos maravilhosos!!!


Essa obra de arte é do tipo Estampado Dourado possuindo, pelo menos, 4 cores: Bege (em forma de corações), amarelo mostarda (eu diria), vinho e dourado.

Como vocês devem lembrar as medidas deste tipo são: 1,50m/ 5,20m. Nossos profissionais conseguem fazer bastante coisa com esse tamanho todo, portanto se quiser maiores informações sobre a confecção, basta entrar em contato conosco.

Lembrando que temos 2 formas de pagamento: cartão de crédito (parcelamentos em até 6x sem juros) ou à vista (fazemos desconto neste caso).

Não perca mais tempo! Entre em contato conosco agora mesmo! segue o link de nossa página no facebook onde encontrará nossos telefones e endereço.


Ao contrário do que muitos pensam, a ética e a moral são de importância substancial no pensamento e na vida dos africanos que são baseados nos costumes, em leis tradicionais, tabus e tradições de cada um dos povos da África. Deus é visto como o verdadeiro sancionador e sustentador da moralidade. O relacionamento humano pelo parentesco e vizinhança é extremamente importante, sendo a ética e a moral tradicionais construídas, largamente, devido a essa relações humanas.

Moralidade pode ser resumida, em Yorùbá, pela palavra Ìwà (caráter). Os Akan de Gana chamam de Suban. Caráter é a essência da ética africana e sobre ele se estabelece a vida de uma pessoa.

Deus exige que o home seja puro eticamente, ele é o buscador de corações, que tudo vê e sabe e cujo julgamento é correto e inevitável. Julga os homens por seu comportamento aqui e agora, bem como no porvir. Dessa forma, a paz na vida após a morte é decidida de acordo com a moral exercida, pelo ser humano, sobre a Terra. mau comportamento pode destruir o destino de uma pessoa, enquanto o bom caráter é uma armadura suficiente contra o mal e a desgraça.

Os costumes regulam o que deve e o que não deve ser feito. De acordo com Mbiti "Roubar, abgredir as pessoas, mostrar desrespeito aos mais velhos, mentir, praticar feitiçaria, dormir com a mulher de alguém, matar, caluniar as pessoas e assim por diante, são consideradas grandes ofensas, que podem ser severamente punidas pela sociedade através do degredo, indenização, pagamento de multas, espancamento, apedrejamento e, até mesmo, a morte. Por outro lado, a bondade, a cortesia, a generosidade, a hospitalidade, o respeito, a diligência, a frugalidade e o trabalho duro são aspectos da moral ensinadas às crianças em várias comunidades africanas, como princípio básico de vida."(Mtibi, John, Introduction to African Religion, London; Heinemann.

Os Yorùbá, e na verdade, os africanos têm a moralidade como a essência que torna a vida alegre e agradável. Para os Yorùbá, segundo Bólájí Ìdòwú, o bom caráter (Ìwà rere) deve ser a mola mestra na vida das pessoas. De fato, é isso que distingue o ser humano dos animais. Quando eles dizem de alguém "Ose Ènìyàn" (os atos da pessoa), querem dizer que ela se comporta como deve, ou seja, ela mostra que sua vida e sua relações com os outros são regradas pelas suas melhores características. A descrição contrária "Kìí se ènìyàn, n se lof'awon ènìyàn bora" (ele não é uma pessoa, ele assumiu a pele de uma pessoa). Isso significa que a pessoa é socialmente indigna; em consequência de sua característica não está apta a ser chamada de pessoa, embora tenha a aparência de uma.

Em geral, deve-se dar ênfase que Deus, as divindades e os antepassados requerem um bom comportamento dos seres humanos.

Mas podemos perguntar por que as pessoas que seguem a Religião Tradicional Africana, assim como os seguidores de outras religiões (cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo etc), praticam atos imorais? A resposta é simples: hoje, muitos professam uma determinada religião, porém deixam de agir de acordo com os princípios e os ditames dessa mesma crença, que é a principal causa dos atos de corrupção, violação dos direitos humanos, péssimas práticas eleitorais, etnicismo, bem como outras práticas imorais e aéticas.

No entanto, esses problemas não são insuperáveis. Basta que as pessoas façam valer aquilo que aprenderam e unam a religião à moralidade, que são coisas indissociáveis, Um adágio Yorùbá diz "Ìwà l'èsìn, èsìn ni ìwà" (religião é uma exibição de moralidade, moralidade é o maior ato de adoração) . É por isso, que os adeptos de diversas religiões devem saber e acatar que os nossos atos de adoração só se tornarão dignos e significativos ao Criador, se eles forem acompanhados pela ética e pela moral.

*Texto de Mario Filho, Bacharel em Ciências Policias de Segurança e Ordem Pública, e Ciências da Religião.

Portanto, amigos queridos, vamos refletir, ponderar e influenciar todos a agirem de acordo com a moral e a ética.

Axé para todos e vamos que vamos!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Sabedoria Espiritual

Olá pessoal!!

Acharam que eu esqueci de vocês hoje, foi?! De jeito algum!

Hoje vamos assistir um vídeo muito bom: Mãe Stella de Oxóssi mostrando sua Sabedoria Espiritual.

Mas antes, vamos aproveitar para dar uma olhadinha em um daqueles lindos tecidos?? Esse serve para os Orixás Oxumarê, Omolu, Ossain... Variando de acordo com cada nação.


Este tecido é do tipo Estampado e, como vocês já sabem é de super qualidade, sendo 100% algodão. É um tecido africano de fato, vindo do exterior. Os tecidos do tipo estampado tem 1.50m de largura/ 5,20m de comprimento.

Lembrando que as formas de pagamento são carão de crédito (parcelamentos em até 6x sem juros) ou à vista (neste caso fazemos desconto).

Entre em contato agra mesmo e garanta já o seu! segue o link de nossa página do facebook por onde você pode nos enviar uma mensagem para maiores informações e encontrar nossos telefones e endereço.
https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado/

Como comentei acima, segue um vídeo maravilhoso de mãe Stella de Oxóssi falando sobre a vida! Vale muito a pena conferir.



Axé para todos!

domingo, 24 de janeiro de 2016

Homenagem a Omindarewá

Olá amigos e amigas!

Hoje não vamos falar muito, vamos "pincelar" sobre mais um de nossos maravilhosos tecidos e fazer uma homenagem a Iyà Gisele Omindarewà do Ilê Asé Atará Magbá Iya, dando crédito ao Babalorixá Mauricio Moraes que fez uma publicação em sua página do facebook sobre a qual vale muito a pena refletir.


Como mencionado acima, vamos falar rapidamente sobre o tecido em questão que é do tipo Estampado Dourado, possui 1,50m de largura/ 5,20 de comprimento e, como todos nossos tecidos, é 100% algodão.

Pode ser utilizado para os Orixás Xangô, Iansã, Euá, entre outros, variando de acordo com a nação.

Trabalhamos com 2 formas de pagamento: cartão de crédito (parcelamentos em até 6x sem juros) ou à vista (fazemos desconto neste caso).

Para fazer a homenagem a esta sumidade do Candomblé, repito as palavras do Babalorixá Mauricio Moraes que fez uma observação extremamente importante a respeito de algo que já comentamos em outros posts, a UNIÃO. 

"Os meus profundos sentimentos ao egbé do Ilê Asé Atará Magbá Iya. Que Yemojá, nossa grande Mãe, possa inspirar em vocês o sentimento de egbé, de cardume, de união, tão necessário agora, quando os egos, os achismos, as idiossincrasias devem ficar de lado por uma causa maior e a mais nobre de todas: A continuidade do trabalho da vida inteira de uma mulher guerreira, que não abriu mão de nada em nome dessa casa e da cabeça de cada um de vocês. Que o renascer dela até o asese de 7 anos e sua sucessão seja amparados por gbogbo orisá e com a melhor boa vontade do ori de cada um desse egbé, pois a Dona aí permanecerá para todo sempre. Viva Yemojá! Odoyá!"

Como já conversamos anteriormente, um casa tem alguns pilares que a fazem não apenas se manter erguida, mas permanecer em movimento e crescimento. A união é uma delas e de grande importância!

Em um momento tão doloroso para os filhos e de muitas responsabilidades para seguir com o Axé e trabalho deste ícone que foi Omindarewá, é imprescindível manter a união e não deixar que a ganância, o individualismo e o egoísmo atrapalharem o amor ao Orixá que se faz ainda mais necessário nos momentos difíceis.

Aproveito para render esta homenagem postando o vídeo compartilhado pelo Babalorixá Mauricio.



Nossos sentimentos aos filhos e que o Axé possa virar um exemplo de União na nossa religião.


sábado, 23 de janeiro de 2016

Amor, Dedicação, Aprendizado e Respeito

Olá Comunidade querida!

Vamos aproveitar este sábado para falar mais sobre a dedicação ao Orixá?!

E antes de começar, vamos falar sobre mais um dos tecidos africanos maravilhosos que ainda estão à disposição em nossa loja.


Este é mais um tipo Estampado, de uma qualidade incomparável e 100% algodão. Possui tamanho padrão 1,50m de largura/ 5,20m de comprimento, possibilitando a confecção de várias coisas (saia de sala com bastante roda, pano de cabeça ou peito, bubu com pano de cabeça.

Nossos profissionais podem te ajudar com isso, se preferir. Para saber sobre o orçamento da mão de obra, basta entrar em contato.

Temos duas formas de pagamento: parcelamento em até 6x sem juros no cartão ou à vista (fazemos desconto neste caso).

Para saber sobre valores, pode nos deixar uma mensagem em nossa página no facebook, por e-mail ou aqui neste post como comentário. Segue o link de nossa página: https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado/

Agora, o que acha de sairmos da nossa loja e entrarmos na casa de Santo?


Algumas pessoas, por mais que frequentem uma casa, muitas vezes deixam a desejar no tangente à dedicação ao Òrìsà, a religião e a própria casa.

Entenda que não basta estar na casa nas proximidades do dia de festa ou quando solicitados. Cada um deve ir espontaneamente. Se pode estar presente um dia, uma tarde a mais, não há o que trocar ou barganhar um dia pelo outro. A casa, assim como o Òrìsà, precisa de uma dedicação constante por parte de todos, para que a mesma possa existir em condições condizentes com o tesouro que guardamos ali: o próprio Òrìsà.

Os assentamentos são devidamente limpos, imantados, arrumados com capricho e esmero e da mesma forma os Ilê Òrìsà e toda a casa.

Cabe lembrar que viver requer cumprir com alguns itens imprescindíveis como: alimentação, limpeza, água, luz, gás, impostos, obras, manutenção, conservação e outros. A participação financeira, bem como em atividades materiais, também faz parte da dedicação ao Òrìsà, uma vez que o mesmo ali está e todos se beneficiam desta magnífica energia, principalmente quando das obrigações e/ou quando querem alguma ajuda ou fortalecimento, quer seja para si ou para os seus.

Não é justo de forma alguma que o Babàlórìsà / Iyálórisá e um pequeno grupo, arque com as despesas da casa de santo e os demais,  simplesmente se achem no direito de apenas usufruir e negligenciar sua parte, até porque a casa ajuda a  todos que necessitam dela.

Na casa de Santo não se tenta fazer valer ou prevalecer o que cada um  pensa ou quer, por ser mais conveniente a si próprio.  Isso acaba gerando "ervas daninhas" como grupinhos e picuinhas que separa, dilacera a UNIDADE (como um todo). Todos cumprem ordens e regras na casa. A pessoa que mais recebe e cumpre ordens é justo o zelador(a) de Santo, que as recebe diretamente dos Òrìsà e exatamente por isso são incontestáveis e seguidas a risca.

Òrìsà é dedicação acima de tudo! Lembremo-nos disso e saibamos agir de forma total e irrestrita no que diz respeito a SER um verdadeiro filho dele.

O bom não é suficiente, só o melhor de nós é que deve ser dado.  E isso é para ser posto em prática por TODOS Abiyian, yawo, egbomy, Oloye,  Ekedi, Oga, Ìyálórìsà, todo e qualquer cargo, posto ou função, pois todo o tempo é tempo de amor, dedicação, aprendizado e respeito e, só agindo assim, você conseguirá permissão para o aprendizado que leva a trilhar os caminhos da sabedoria do Òrìsà.

Quem é de verdade, participa por inteiro e verdadeiramente, sabe o trabalho que dá fazer um candomblé. São inúmeras coisas: jogos, listas, verificações e confirmações a cada etapa, compras, arrumação, limpeza, preparação, ebó, obrigação,  roupa, comida. Enfim, um turbilhão de afazeres, que geralmente ficam para o zelador ou um pequeno número de filhos que não param e pouco dormem. Sendo assim, não é justo que pessoas que não se importam, não congregam à devida dedicação, se sintam senhores(as) de sua “verdade absoluta” e façam o que querem, como querem e ainda arrastem outros para esse cartel.

Mudanças devem ocorrer sim, para que possamos acompanhar e sermos acompanhados pelas pessoas do mundo moderno mas, essas mudanças só são permitidas quando não ferem o sagrado, o fundamento, o respeito, o Òrìsà.  O tempo que você conta da sua iniciação é importante, sabemos que ele não vem acompanhado de sabedoria por si só. Sabedoria verdadeira só se adquire através de dedicação, de se fazer presente a casa em dias de função, e sempre que necessário, de se preocupar com o todo, desde arrancar o pequeno capim que cresce a trancar o portão quando o último sair.

Sabedoria verdadeira se adquire através do respeito a cada palavra de seu Babálòrìsà/ Ìyálórìsà, através do interesse em aprender, conhecer tanto em aulas teóricas quanto na vivência nos dias de função, se adquire imbuindo, somando em amplo sentido à religião do Òrìsà.

Quando não mais habitarmos o Ayie (Terra) – o que vai ficar para as futuras gerações da casa e da religião é o que deixamos de sólido e verdadeiro em SABEDORIA. E o que levamos é a honra de termos contribuído da forma correta para o crescimento da religião.

Orisa é Amor, Dedicação, Aprendizado e Respeito.

Filho verdadeiro  é o que sente o Òrìsà batendo dentro peito, e correndo nas artérias, inundando o corpo de VIDA!

A União é de suma importância. Ela é a base, o meio e a meta final a ser alcançada. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O APRENDIZADO na Casa de Candomblé

Bom dia pessoas queridas!!!!

Neste dia de Oxalá, vamos retomar a nossa conversa de ontem. Desde já lembrando que hoje é o dia de usar branco para quem é da religião!!!

Antes de iniciarmos expondo mais um de nossos tecidos maravilhosos, gostaria de render homenagem à célebre Iyá Gisele Omindarewà que deixa de estar entre nós para brilhar no Orun. É uma grande perda para nossa religião, mas sabemos que fica o seu legado de sabedoria, dedicação e amor.


Agora, me façam um favor e reparem bem nessa lindeza de tecido! Parte do tipo Estampado, possui 1,50m de largura/ 5,20m de comprimento e tem uma qualidade que se sente no tato, afinal, como já falamos anteriormente, todos nossos tecidos são 100% algodão.

Um tecido grande como este serve para fazer bastante roupa, pelo menos nossos profissionais conseguem e com qualidade! Caso tenha interesse, você pode fazer um orçamento também da mão-de-obra.

O tecido em questão serve tranquilamente para roupas dos Orixás: Oxumarê, Ossain, algumas qualidade de Xangô e Omolu. Pode ainda ser vir para outros Orixás em diferentes nações.

Quantos as formas de pagamento para adquiri-lo, fazemos parcelamento em até 6x sem juros no cartão ou à vista (neste caso há desconto).

Para saber mais sobre orçamento, entre em contato conosco agora mesmo! Segue o link de nossa página no facebook por onde você pode nos enviar uma mensagem.

E quanto ao nosso aprendizado diário? Como é que funciona na sua casa? Compartilha um pouco do seu com a gente comentando este post.



Aprender numa Casa de Orisa é essencialmente observar, quando Abian. Se permanece muito tempo abaixado e a visão pode ser comparada a de uma criança por entre as pernas e saias dos mais velhos, neste período há pouca informação, pouco conhecimento e poucas e raras responsabilidades. 

Quando Iaô, o ângulo de visão melhora e as informações têm mais conteúdo, principalmente os “coiós” e as responsabilidades lhes são atribuídas aos poucos. 

Quando Egbomi, as informações que foram recebidas e assimiladas ao longo dos sete anos que o separavam dos “sagrados segredos guardados” serão finalmente cobradas e exercitadas plenamente, o iniciado já está apto e pronto para informação e “coió”.
Como podemos perceber, a informação anda junto com “coió”, um depende do outro, é uma relação de amor.
Muitos querem saber hoje o que só poderão saber amanhã. Buscam de Casa em Casa, vão a todas, mas não se fixam em nenhuma e, como costumamos falar, eles “catam” a informação desejada, mas o aprendizado fica prejudicado. No Candomblé o que vale é o modo como se faz ou se fez na sua Casa, na sua raiz e no seu Asè, esse é o ensinamento milenar. Informação extra à Casa deve ser comedida e de fonte segura.
O aprendizado no Candomblé se faz da seguinte forma: Mais ouvir que falar, mais fazer que perguntar.
Um detalhe: a iniciação por si só não garante acesso a todas as informações no Candomblé. De fato, podemos dizer que as formas de aprendizagem nessa religião são variadas e complementares, mas o cumprimento das obrigações “de ano” no tempo devido é que podem credenciar o iniciado ao saber mais profundo. Entretanto, enquanto algumas das assimilações de conhecimento podem ser substituídas, a hierarquia e tempo de santo, o convívio com a Casa e a observação ainda são imprescindíveis para se aprender candomblé.
Uma Casa de Orisa está sempre em movimento, sempre ativa, sempre viva, portanto sempre disponível aos que desejam aprender, tanto a colher as folhas no local e horário correto, quanto a depenar e retirar os asè, o modo correto de acender ou apagar o fogo de lenha ou a usar roupa branca ou estampa adequada ao seu Orisa ou ao evento do dia. Em uma Casa de Orisa há sempre necessidade da colaboração de todos, da participação de todos, de todos e qualquer um.
O aprendizado se dá na mesma velocidade com que você percebe que seus atos e palavras interferem, colaboram ou não para fortalecer a comunidade? Vem com o tempo de iniciação? Sim vem, mas também com a dedicação, boas amizades e com as trocas de bênçãos.
Aprendizado no candomblé vem com o tempo, presença, dedicação e... Humildade.
Òrìsà é Amor, Dedicação, Aprendizado e Respeito. 
Òrìsà abençõe à todos. Benção.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O APRENDIZADO na Casa de Santo

Olá amigos e amigos!!!!

Mais um dia maravilhoso inicia para fazermos a diferença na nossa vida e, quem sabe, na vida de outra pessoa!

Com esse pensamento na cabeça, vamos iniciar nosso post de hoje que continua o assunto dos dois últimos: APRENDIZADO!

E como não poderia deixar de acontecer, vamos conferir mais um daqueles tecidos belíssimos que, ainda, estão à venda?! Não esquece de garantir o seu antes que seja tarde!!!


Esse é um daqueles tecidos pelos quais todo mundo se apaixona, não é mesmo?! Bom, eu não sei se todo mundo, mas eu estou completamente louca por ele!!!

Parte do grupo Estampado Premium é top em qualidade, como não poderia deixar de ser com nossos produtos. Feito em 100% algodão tem 5 cores: branco, azul claro, azul escuro, amarelo e verde. Devido a isso pode ser utilizado com facilidade para Iemanjá, Logun Éde e Ossain. Claro que em diferentes nações pode, também, ser utilizado para outros Orixás.

O tecido Premium possui 1,50m de largura/ 6m de comprimento, o que significa muita coisa!!! Como já mencionado anteriormente, nossos profissionais conseguem aproveitar bastante, sendo assim, se quiser saber mais, entre em contato para tirar suas dúvidas!

Lembrando que podemos parcelar em até 6x sem juros no cartão ou você pode fazer à vista (neste caso fazemos desconto).

Não perca mais tempo, garanta já o seu!!! Segue o link de nossa página no facebook para que voc~e possa entrar em contato: https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado/.

Se preferir pode deixar seu telefone e e-mail em comentário aqui no post ou através de e-mail e faremos o contato com você!


Vamos retomar nossa conversa de ontem?! 

O aprendizado é longo e cheio de regras, não se aprende tudo em único dia nem em único Bori. O conhecimento vem com a repetição dos gestos, das cantigas, dos rituais, das danças. Aprender é um eterno fazer e refazer, ordenar e reordenar os pensamentos e os conceitos predeterminados.

Para aprender sobre o que não se vê (e Orisa não se vê), sobre o sentimento e sobre emoções, deve-se estar aberto ao inesperado, ao novo e até ao contraditório.


Aprender numa Casa de Orisa é diferente de uma escola convencional, não há cartilha, nem quadro negro. Mas há a cozinha de Santo, lugar sagrado onde se fala baixo e pouco sobre o estritamente necessário, o melhor lugar para dar e receber informação.



É na cozinha que se aprende de fato. É na sala que se confirma o que foi aprendido.

De pouquinho em pouquinho a gente absorve uma quantidade enorme de conhecimento. Por vezes a gente não vai entender bem aquilo, mas com o tempo, como já mencionamos, as dúvidas vão sendo elucidadas. A paciência é algo que trabalhamos muito bem em uma casa de Santo, não é mesmo?!

Mas vocês sabem o que motiva cada dia mais a um filho de Santo ao aprendizado? O amor, a dedicação e o respeito aos Orixás! E a presença, claro, rsrsrs...

E assim, terminamos a conversa de hoje, mas voltamos amanhã com um pouco sobre o assunto!

Uma quinta maravilhosa e força!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

APRENDIZADO, ele nunca acaba...

Mais um ótimo dia queridos e queridas!

E então, gostaram do post de ontem??? Faltou informar que o tecido de ontem pode ser utilizado para Oxumarê, Oiá, Iemanjá, entre outros, variando de nação para nação.

Hoje continuamos a conversar sobre o aprendizado e aguardamos a sua colaboração com comentários e opiniões, ok?!

Antes de iniciarmos a conversa, vamos dar aquela conferida em mais um dos maravilhosos tecidos africanos?!


Como vocês já sabem, todos os nossos tecidos são de 100% algodão, sendo assim, a qualidade é das melhores! Este acima ainda é do tipo Estampado Dourado, isso significa que ele tem um glamour diferente por ter 6 cores, entre elas o dourado. As outras são branco, azul claro, amarelo, vermelho e marrom.

Devido as cores ele pode ser tranquilamente utilizado para os Orixás Euá, Oiá, Obá, mas lembrando que ainda outros, variando de uma nação para a outra.

Assim como os últimos tecidos postados, ele possui 1,50m de largura/ 5,20m de comprimento, o que dá pra bastante coisa!!! Como cheguei a mencionar ontem, nossos profissionais conseguem fazer uma saia rodada, um pano de cabeça ou peito, um bubu com pano de cabeça!!  Pois é, ótimo, não é mesmo?!

Caso queira conferir não deixe de visitar nossa loja! Você pode contratar nossos profissionais para fazer toda essa roupa também!

Como as obrigações desse ano vão demorar um pouquinho para começar, mas precisam ser organizadas com antecedência, essa é sua chance de já providenciar seu tecido e, quem sabe, sua roupa e não deixar nada para cima da hora!

Para você que ficou completamente apaixonado por este tecido e/ou outros, fazemos parcelamento no cartão em até 6x sem juros, mas se você preferir pagar à vista, podemos fazer um desconto!

Não perca mais tempo, entre em contato conosco agora mesmo e garanta já o seu antes que seja tarde demais. Segue o link de nossa página no facebook por onde você pode nos deixar uma mensagem:

Adjá

E agora, vamos dar continuidade ao post de ontem e conversar mais sobre o aprendizado?!


Muitas são as decepções dos mais velhos que investem seus esforços em ensinar e, muitas vezes, não são recompensados com o devido respeito dos mais novos para com os fundamentos e segredos que compõem esse aprendizado.

Aprender é uma troca entre o saber ouvir, o saber falar e o saber calar. 



Coió (bronca) deveria ocupar um capítulo a parte nas Casas de Orixá. Em tudo e por tudo há um coió, às vezes engraçados, às vezes constrangedores, mas mesmo nos coiós há informação.

Os mais novos, às vezes, se decepcionam com os mais velhos quando não conseguem a informação desejada no momento desejado. Mas, lembrando que, é o tempo cumprindo sua função.



O coió pode ser: 

Explicativo: Já te falei que só se corta os bichos pelas juntas, nunca se corta o osso, não falei?
Inclusivo: Por que você não usa pano da costa mais curto? Você já tem tempo, já usa bata, então use ta?
Exclusivo: Por que você está usando maquiagem? Não fica nada bem.

E, por hoje é só pessoal!!! Amanhã tem mais de aprendizado!!!

E muita axé para todos vocês!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O APRENDIZADO

Bom dia comunidade linda!!!

Ontem tivemos uns probleminhas técnicos e não conseguimos postar, mas vamos compensar hoje com um post top! Vamos falar sobre o aprendizado em uma casa de Santo. Sabemos todos muito disso na prática, mas a ideia é conversarmos mais sobre o assunto, somarmos com comentários sobre a experiência de cada um e, claro, dúvidas sobre o assunto, pra quem tiver, aqui está uma ótima oportunidade para colaborar uns com os outros!!

Antes de iniciarmos esse assunto tão gostoso, vamos dar uma conferida rápida nessa obra de arte?!


Este é mais um dos tecidos de qualidade top que temos disponíveis em nossa loja. Do tipo Estampado é 100% algodão, como todos, e, como vocês podem ver tem 5 cores: Rosa escuro (ou roxo), azul claro, verde, branco e detalhes em preto.

A metragem deste tipo de tecido é sempre a mesma, sendo 1,50m de largura/ 5,20m de comprimento, ou seja, dá pra fazer muita coisa! Por exemplo, nossos profissionais conseguem fazer uma saia rodada (baiana de sala - em geral 4,5m de roda), um laço para cabeça ou peito (em geral 3m) e, ainda é possível fazer um bubu com pano de cabeça.

Como já mencionamos anteriormente aceitamos 2 formas de pagamento: Cartão de crédito, podendo ser parcelado em até 6x sem juros ou à vista (neste caso fazemos desconto).

Vale lembrar que temos apenas um tecido de cada estampa em nossa loja,, justamente para tentar oferecer uma exclusividade aos nossos clientes, sendo assim, não perca mais tempo e garanta já o seu!!!

Para saber mais sobre valores basta nos enviar uma mensagem por e-mail, página do facebook ou deixar um comentário nesse post com seu contato. Segue o link de nossa página no facebook: https://www.facebook.com/tudosobreorixastecidoafricanobordado/

Vamos ingressar no nosso post?



O processo de aprendizado em uma casa de Òrìsà, é uma troca constante e sempre em duas vias, aprende-se com os mais velhos e com os mais novos. Com os mais velhos da religião se aprende hierarquia, respeito e o modelo de funcionamento da Casa com suas quizilas e seus macetes. Com os mais novos se aprende e se relembra da inquietação dos tempos de noviço, quando queríamos aprender tudo ao mesmo tempo e agora.

Ao longo dos anos de aprendizado e observação se percebe que o tempo é o senhor do saber. E a dedicação sua companheira.
No aprendizado se troca informação por sorriso, informação por ajuda no lavar dos pratos, informação por depenar galinha, informação por lavar as quartinhas, informação por informação, ou seja, informação por respeito, informação por dedicação, informação por merecimento. E sempre, sempre se retribui a toda e qualquer informação, seja a respeito do que for com “benção”.

Numa Casa de Orisa não se antecipa o aprendizado, não se antecipam as obrigações, nem mesmo uma cantiga ou uma reza pode ser antecipada em sua ordem de entrada no sírè, elas têm seu tempo e hora para serem colocadas, tudo em seu tempo certo. Mas é importante ressaltar que o “tempo certo” não pode servir de escudo para o não aprendizado.

Continuaremos esse post amanhã porque gostaria de deixar uma tarefa bem simples pra vocês. Vamos refletir sobre a nossa casa, cada um de nós, é assim que acontece na sua casa? É assim que você age? Você faz a sua parte aguardando o momento certo de saber um pouco mais ou você foge de suas tarefas como iniciante? Você está sempre presente buscando aprender passo a passo ou você é daqueles que nunca está lá, mas age naturalmente como se tivesse estado lá ontem e depois ainda se acha injustiçado quando não sabe o que stá passando na Casa?

Sem julgar ninguém, é apenas uma oportunidade para reflexão e, a quem se sentir à vontade, de compartilhar experiências.

Um dia maravilhoso e com muito axé para todos!!!