quarta-feira, 25 de maio de 2016

Continuação sobre A Criação do Mundo

Bom dia comunidade querida!

Como combinamos ontem, vamos continuar nossa conversa a respeito da Criação do Mundo e a importância da Consulta a Ifá e da realização das oferendas ao Senhor do Caminho.

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"...Nesse meio tempo, Odùduwà, que foi consultar Ifá, fazia suas oferendas à Èsù. Seguindo os conselhos dos Babaláwos, ele trouxera cinco galinhas, das que têm cinco dedos em cada pata, cinco pombos, um camaleão, dois mil elos de cadeia e todos os outros elementos que acompanham o sacrifício. Èsù apanhou estes últimos e uma pena da cabeça de cada ave e devolveu a Odùduwà a cadeia, as aves e o camaleão vivos.
Odùduwà consultou outra vez os Babaláwos que lhe indicaram ser necessário, agora, efetuar um ebo, aos pés de Olórun, de duzentos ìgbín, os caracóis que contêm o "sangue branco", "a água que apazigua", Omí-Èrò. Quando Odùduwà levou o cesto com ìgbín, Olórun aborreceu-se vendo que Odùduwà ainda não tinha partido com os outros. Odùduwà não perdeu sua calma e explicou que estava obedecendo as ordens de Ifá. Foi assim que Olórun decidiu aceitar a oferenda e ao abrir seu Àpére-Odù - espécie de grande almofada onde geralmente ele está sentado - para colocar a água dos ìgbín, viu com surpresa, que não havia colocado no Àpò Ìwà - bolsa da existência - entregue a Obàtálà, um pequeno saco contendo a terra. Ele entregou nas mãos de Odùduwà para que ele, por sua vez, a remetesse a Obàtálà.
Odùduwà partiu para alcançar Obàtálà. Ele o encontrou inanimado ao pé da palmeira, contornado por todos os Òrìsàs que não sabiam o que fazer. Depois de tentar em vão acordá-lo, ele apanhou o Àpò Ìwà que estava no chão e voltou para entregá-lo a Olórun. Este decidiu, então, encarregar Odùduwà da criação da terra. Na volta de Odùduwà, Obàtálà ainda dormia; ela reuniu todos os Òrìsàs e explicou-lhes que fora delegada por Olórun e eles dirigiam-se todos juntos para Òrun Àkàsò por onde deviam passar para assim alcançar o lugar determinado por Olórun para a criação da terra.
Èsù, Ògún, Òsóòsì e Ìja conheciam o caminho que leva às águas onde iam caçar e pescar. Ògún ofereceu-se para mostrar o caminho e converteu-se no Asiwajú e no Olúlànà - aquele que está na vanguarda e aquele que desbrava os caminhos. Chegando diante do Òpó-Òrun-Oún-Àiyé, o pilar que une o Òrun ao mundo, eles colocaram a cadeia ao longo da qual Odùduwà deslizou até o lugar indicado por cima das águas.
Ela lançou a terra e enviou Eyelé, (a pomba), para esparramá-la. Eyelé trabalhou muito tempo. Para apressar a tarefa, Odùduwà enviou cinco galinhas de cinco dedos em cada pata. Estas removeram e espelharam a terra imediatamente em todas as direções, à direita, à esquerda e ao centro, a perder de vista. Elas continuaram durante algum tempo, Odùduwà quis saber se a terra estava firme. Enviou um camaleão que, com muita precaução, colocou primeiro uma pata, tateando, apoiando-se sobre esta pata, colocou a outra e assim sucessivamente até que sentiu a terra firme sobre suas patas (Olé? "ela está firme?" Kole "ela não está firme?").
Quando o camaleão pisou por todos os lados, Odùduwà tentou por sua vez. Odùduwà foi a primeira entidade a pisar na terra, marcando-a com sua primeira pegada. Essa marca é chamada de Esè Ntaiyé Odùduwà. Atrás de Odùduwà vieram todos os outros Òrìsàs, colocando-se sob sua autoridade. Começaram a instalar-se..."

Por hoje é isso, pessoal, mas amanhã finalizaremos essa maravilhosa conversa que prende a nossa atenção.

Uma quarta de muita alegria!!

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