quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Quarta-Feira - Dia de IANSÃ

Bom dia mais uma vez, queridos amigos e amigas!

Nesta quarta-feira, vamos viajar pelo turbilhão de movimento que é o universo da famosa Iansã!




Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá (também conhecido como Oiá ou Iansã) provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que, ao lado de Ayrá e Orixá Afefê, controla os ventos.


Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade sendo a terceira deusa de temperamento mais agressivo, após Opará (primeira) e Obá (segunda)Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô, o Orixá dos trovões, raios, pedindo clemência.

Junto com Exú (Eleguá), Orunla (Oruminla) e Obatalá domina os quatro ventos.


Assim como a Orixá Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, após receber de Olodumare a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, por isso está intimamente relacionado com Iku, o deus da morte e por isso representa o sentimento sombrio da morte, assim como o pesar das mulheres. Para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de irukerê (apetrecho confeccionado com cauda de boi, búfalo ou de cavalo) especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns. 

O nome Iansã trata-se de um título recebido por Xangô e faz referência ao entardecer, pois ele dizia que ela era radiante como tal. Significa "a mãe do céu rosado" ou "a mãe do entardecer".
É irmã de Obba e Iyewá e uma guerreira, tendo lutado ao lado de Xangô e Ogum em suas batalhas.

E então, o que você tem a adicionar a respeito de Iansã???

Abaixo segue alguns dos tecidos que podem ser utilizados na confecção das vestimentas sagradas de Iansã que utilizam cores como vermelho, rosa, marrom, cobre, dourado e vinho.


Se tiver interesse nos tecidos africanos abaixo, bordados (inclusive Richelieu) e na confecção da vestimenta completa, entre em contato conosco através de:

E-mail: tecidosafricanosebordados@gmail.com
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Obrigada pela companhia e até a nossa viagem de amanhã!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Terça-feira - Dia de OXUMARÊ

Bom dia queridos e queridas de nossa comunidade!!!

Hoje O dia também é de Oxumarê e deste suntuoso Orixá que falaremos um pouquinho a respeito hoje!

Vale lembrar que, se você tiver algo para acrescentar, pode fazer comentários no post. a comunidade é para isso, mantermos movimentado o saber em comum por algo tão importante.

Vamos iniciar nossa viagem?




Oxumarê é o filho mais novo de Nanã, e irmão de Omulu. 

Participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria, dando forma ao Mundo, desenhando vales e rios. Sua essência é o movimento, a ação, a eterna transformação - podemos dizer, o ciclo do equílibrio da vida, ou seja, movimentos regulares e obrigatórios a esse equilíbrio como a alternância da chuva e dias ensolarados, dia e noite, o bem e o mal (positivo e negativo). 

O arco-íris é um de seus símbolos e representa boa notícia do fim da tempestade. O contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia nossas vidas também é uma qualidade de Oxumarê, Orixá da continuidade da vida também é representado pela grande cobre que morde a própria cauda em uma ideia de continuidade do ciclo vital, da fertilidade, como já conversamos. Esse é o motivo pelo qual não se sacrificam cobras no Candomblé.

Entre suas características cíclicas também está a sustentação do Universo, controlando e movimentando os astros e os oceanos, por isso também representa a rotação da Terra e seu translado em torno do Sol - todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos.

Se estas ações terminassem de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar muito bem de Oxumarê pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim do equilíbrio e da vida no mundo. 

Mais uma característica importante de Oxumaré é a comunicação entre o céu e a terra. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso é associado ao cordão umbilical. Na África, o cordão umbilical é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.


Por isso, Pierre Verger acrescenta a ligação de Oxumarê ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino.

E então, o que acharam? Interessante, não?! Vamos cuidar muito bem de Oxumarê para manter o equilíbrio da vida!

Como fazemos constantemente, escolhi algumas opções de tecidos africanos abaixo que podem ser utilizados para confecção das vestimentas sagradas deste Orixá. Eles foram selecionados de acordos com as cores relacionadas ao mesmo que são:

O tecidos estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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Muito obrigada pela sua companhia e amizade e por compartilhar nosso blog e nossa página do facebook com os seus amigos! Até amanhã e tenha um lindo dia!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Segunda-feira - Dia de OBALUAIÊ

Olá queridos amigos e amigas de nossa comunidade!!!

Como conversamos na semana passada, Segunda-feira também é dia de outros Orixás além EXU, sendo assim, hoje vamos falar de mais um deles, Obaluaiê!




Parte da "Família Ungí" (Sakpatá, Omolu, Obaluayè), filho mais velho de Nãnã, é o grande Deus da morte e da vida, senhor das doenças e suas curas, domina o sofrimento. Obaluayé é o senhor da Terra, é aquele que faz a terra tremer nos momentos de ira.

Obaluayè nasceu com o corpo coberto de chagas. Na África antiga existia uma tradição que dizia que filhos doentes deveriam ser entregues na beira do mar e lá carangueijos fizeram feridas no corpo da criança.

Ao ir buscar suas oferendas, Iyemonjá encontrou o menino e o levou para criar. Curou as chagas do menino com talos de bananeira e, após um tempo fez uma grande festa para apresentar seu filho à sociedade, o famoso Olubajé, servindo comidas a todos os Orixás.

No dia da festa, Obaluayè não queria aparecer para o público, mas Ogún confeccionou um Asó Ikó (roupa de palha) que mudou sua opinião.

A única que ousou dançar com Obaluaiê foi Iyansà, altiva e poderosa, com seu tubrilhão de ventos abrilhantou ainda mais a dança levantando as palhas e mostrando para todos que Obaluayè estava com aquela roupa, apenas porque em seu olhos trazia a intensidade do Sol.

Após a festa Obaluayé soube que muitas pessoas não quiseram ir com medo de ser contagiado pelas suas chagas. Levou, então, seus guerreiros aos quatro cantos da Terra, as flechadas de seus guerreiros transformavam as pessoas em cegas, surdas ou mancas. 

Na Terra de Òsún não entrava homem, mas ele se apresentou como médico e ao chegar no palácio, Òsún se levantou do trono e perguntou "quem é você?".

Ele respondeu OBALUAYÈ, e nesse momento toda a cidade de Ijesà tremeu, provando mais uma vez a força do grande rei. Obaluayè voltou à sua cidade de origem onde seus fieis fizeram-lhe oferendas de Deburus (milho de pipoca estourado), o que o acalmou e trouxe a paz de volta ao país.

Traz consigo um sàsàrá que representa as doenças e as cabaças penduradas representam as curas para todos os males.

Obaluayè é um dos Òrísàs de maior expressão humana dentre todos os Òrísàs. É radical, para ele não existe meio termo. Você conhece filhos deste Orixá? Eles costumam ser radicais?

As cores utilizadas nas vestimentas sagradas de Obaluaiê são branco, marrom, bege, vermelho e preto. O azul também pode ser utilizado.

Os tecidos abaixo podem ser utilizados para confecção das vestimentas sagradas e, como vocês já sabem, estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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domingo, 27 de setembro de 2015

Tecidos Africanos - História e tipos

Olá queridos amigos e amigas! Desde já desejo a todos um ótimo domingo!

Hoje é dia de conversarmos sobre os tecidos africanos. Gostaria de contar a vocês um pouco mais sobre a história dos mesmos e seus tipos atualmente. Assim, sabendo um pouco mais fica mais fácil para vocês escolherem o tipo ideal para vocês. ;-)

Vamos começar pela história:

                                                             Antiga mesa de estamparia em cera

Os tecidos africanos, de fato, tem origem na Indonésia. Isso mesmo!!! Nem eu acreditei quando ouvi..rs...

A verdade é que no período das colonizações, países da Europa, como todos sabemos, tinham poder sobre diversos países e regiões, entres eles a Indonésia onde conheceram a técnica artesanal milenar de estamparia, o batik. O batik, basicamente é estamparia em tecido de algodão utilizando cera. Por ser artesanal, ou seja, feito à mão, atualmente é um produto caro e considerado cultural, mas sem muito alcance comercial se pensarmos em sentido de mercado internacional.

Os mesmos europeus que lá estiveram durante algum tempo, ao retornarem aos seus países, levaram consigo alguns tecidos como forma de presentes, entretanto, parando em portos do Oeste da África no caminho (onde tinham faziam comércio com mercenários), acabaram por vender os tecidos, isso os fez ficar famosos na região, inicialmente.

Após a chegada do batik na Europa, possivelmente pela maneira artesanal de produção ou ainda pela textura do tecido, não houve um grande sucesso do mesmo. Tendo em vista que o tecido havia sido um sucesso na África e se espalhou rapidamente, os europeus resolveram iniciar a manufatura dos tecidos e vendê-los na África. Desta forma, foram criados os tecidos africanos, com motivos de acordo com a região, cujo sucesso foi tão grande que acabaram expandindo o negócio para o país.

Esses tecidos, em geral coloridos e com motivos simétricos ou  relacionados à natureza, são extremamente utilizados ainda nos dias de hoje, mesmo com a entrada do jeans e camiseta pelos EUA em todas as regiões do mundo, ainda são roupas intrínsecas à cultura africana. Alguns tipos mais antigos e não tão usuais são mais comuns para cerimônias mais sociais como casamentos, ou festivais de cultura (Aso-Oke), entretanto, devido ao tecido ser um pouco mais pesado e considerando o clima da região (aliás, bem parecido com o nosso), os tipos mais utilizados são os quais vamos conversar um pouco mais abaixo.

Atualmente existem diferentes tipos de tecidos africanos, diferença esta que está diretamente relacionada à qualidade dos mesmos.

Vamos falar um pouco mais sobre elas para que vocês entendam melhor sobre quais são interessantes para roupas confortáveis e quais nem tanto.

Super Wax - São tecidos 100% algodão estampados com cera de 3 cores diferentes.
Wax Block -  São tecidos 100% algodão estampados com cera de 2 cores diferentes. Nesta qualidade existe o wax brilhante, que possuem mais um processo de produção e o deixa com um aspecto mais brilhoso (valor um pouco acima do wax comum).
Java Print - São tecidos 100% algodão estampados com cêra de cores diferentes, mas com menos lavagens, o que deixa o tecido com menos qualidade do que os outros acima. Podem ter a pintura feita em ambos os lados, o que pode deixar o tecido um pouco mais áspero.
Brocade - Tecidos 100% algodão também, entretanto com um processo de lavagem e estamparia diferenciado dos acima, acaba por ter uma uma textura mais fina e parecida com um plástico (sem querer comparar, mas já comparando, como uma cortina de plástico utilizadas em banheiros). São tecidos, em geral, mais utilizados pelos países muçulmanos por possuírem apenas uma cor (em grande maioria) e que costumam ter valores mais elevados.

Existem ainda, o védomè e o chivi, manufaturados nas indústrias da África (indústrias europeias) que possuem uma qualidade inferior, por serem mais ásperos e incomodarem mais no corpo. Apesar da qualidade não ser a mesma dos outros tem o preço igual ou, por vezes, superior.

Bordados - Vale informar, ainda, que, apesar de tecidos bordados serem aceitos como tecidos africanos, não são, de fato, disseminados como parte da cultura africana. Entretanto havendo desenhos simétricos e de motivos de natureza podem ser utilizados como. Costumam ser tecidos bem mais caros.

O 3 primeiros tipos são os mais utilizados em quase todo o continente africano e os de maior qualidade. A ordem em qualidade é respectiva à ordem relacionada acima.

Aproveito para postar mais algumas opções de tecidos abaixo, estes são wax e tem uma qualidade ótima!

Os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção de vestimentas religiosas.
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sábado, 26 de setembro de 2015

Sábado - Dia de IEMANJÁ

Bom dia a todos!!!!

Obrigada por nos acompanharem!

Começando um sábado lindo e irradiante, vamos viajar em mais uma história incrível sobre um dos Orixás louvados no dia de hoje que é o dia das Iabás!

Vamos começar falando da querida e famosa rainha do mar! Isso mesmo, Iemanjá!



Muitos a conhecem pela relação entre o Ano Novo, pedidos de melhorias para o ano seguinte e o mar, no sentido de entrega de oferendas para receber energias positivas no ano seguinte.

A verdade é que é a mãe Iemanjá é muito mais do que pedidos no dia de Ano Novo. Vamos descobrir um pouco mais?

Yemojá (nome em Yoruba), é deusa da nação de Egbé ( nação Yoruba) onde existe o rio de mesmo nome.

No Brasil é a rainha das águas e mares, extremamente cultuada e respeitada, é tida como mãe de quase todos os Orixás. Por isso, a ela pertence a fecundidade.

Os dias em que, em todos os lugares, se louva Yemojá são 02 de Fevereiro e, o mais conhecido, dia de ano novo, com as homenagens sobre as quais conversamos acima.

A grande mãe é, também, protetora dos pecadores e jangadeiros.

Vamos conhecer uma das lendas de Iemanjá?

Filha de Olokum (deus em Benim ou deusa do mar em Ifé), Iemanjá foi casada com Orumilá, deus da adivinhação. Mais tarde casou-se com Olofin (rei de Ifé) com quem teve dez filhos, os quais correspondem aos Orixás.

Cansada de viver em Ifé, a Iabá foge em direção ao oeste, o entardecer da terra. Carregava consigo um presente dado por Olokum, uma garrafa contendo um preparado, com orientações de quebrá-la somente em caso de extremo perigo.

O Rei de Ifé coloca todo seu exército a procura de sua mulher que a encontra. Cercada, Iemanjá quebra a garrafa e, no mesmo instante, cria-se um rio que a leva para Okun (oceano), lugar onde vive com Olokun.

Interessante, não?! E você, tem algum comentário? Algo a acrescentar? Alguma dúvida? Pode comentar no post.  É para isso mesmo que a comunidade é feita, para compartilharmos.

Outras Iabás também são cultuadas no dia de sábado, mas falaremos mais delas nas próximas semanas, ok?!

As cores utilizadas nas vestimentas sagradas de Iemanjá são o azul claro, azul forte também e por vezes detalhes de um azul um pouco mais escuro, o verde-água também pode ser utilizado mesclando com o azul, o branco (ou prata)


também é utilizado alternando com o azul. Há ainda a utilização de rosa bebê.
Os tecidos abaixo podem ser utilizados para confecção das vestimentas sagradas.

Como vocês já sabem, os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Sexta-Feira - Dia de OXALÁ

Olá, meus queridos amigos e amigas! Como vão?

Hoje é o famoso dia do branco! E não é pra menos, é dia de Oxalá!



Relacionado à criação do mundo e à paz, Oxalá é um Orixá extremamente importante em qualquer nação.

Como muitos sabem, ao incorporar, Oxalá vem em duas formas: Oxaguiã (sua forma jovem e guerreira) e Oxalufã (sua forma idosa e frágil).

Hoje vamos falar sobre Oxaguiã, também chamado de Ajagunã, através de uma pequena história que mostra um pouco de suas características principais.

Vamos começar nossa viagem?!

Ajagunã, o filho guerreiro de Oxalá, andava junto com Ogum fazendo a guerra - onde Ogum destruía uma cidade, Ajagunã construía outra maior e mais próspera. Conquistavam todos os campos de inhame e todas as riquezas em ouro e escravos para seu povo.

O jovem Oxalá não descansava, vivia provocando novas situações que obrigassem todos a trabalhar e progredir. Onde a paz resultava em calmaria e preguiça, ele provocava a discórdia e o movimento, com o intuito de que ninguém se acomodasse.

Certa vez, entre uma batalha e outra, Ajagunã foi a cidade de Ogum em busca de munição e, ao chegar, viu que o povo festejava o feito que acabaram há pouco: um palácio novo que ofereciam ao seu rei Ogum.

Ajagunã lhes perguntou: Que fazeis agora que o palácio está feito?
Povo: Descansamos de nosso feito e festejamos!
Ajagunã:
Vosso rei está em guerra e tardará. Aproveitai o tempo e fazeis um trabalho melhor. Um palácio mais belo e resistente, do qual ele se orgulhara ainda mais.
E tendo dito isso, tocou a parede do palácio com sua espada e o mesmo rui. Após, voltou para a guerra.

Passado algum tempo, quando da necessidade de retornar à cidade de Ogum, se deparou com o palácio refeito - maior, mais imponente e mais bonito - e com o povo que comemorava com festas a conclusão da nova fortaleza.

Mais uma vez, Oxalá Ajagunã perguntou: Que fazeis, agora, que o palácio está feito?
Povo: Descansamos do nosso feito e festejamos!
Ajagunã: Vosso rei está em guerra e tardará. Aproveitai o tempo e fazeis um trabalho melhor. Um palácio mais belo e resistente, do qual ele se orgulhará ainda mais.
E mais uma vez, derrubou o palácio.

Tantas vezes a situação se repetiu que os habitantes daquela cidade se transformaram em um povo de grandes construtores e sua engenharia é reconhecida até os dias de hoje. Tudo, porque Ajagunã não gosta de ver ninguém parado.

História interessante, não?! 
E você, conhece alguém que é filho de Oxaguiã? Talvez você mesmo(a)?! Conta pra gente sua experiência com essa pessoa. Está sempre procurando algo pra fazer?

Como nós já sabemos, a cor de Oxalá é branca, entretanto, Oxaguiã também utiliza em suas vestimentas sagradas o azul, mas não muito.
Seguem algumas opções de tecidos que podem ser utilizados nas vestimentas de Oxaguiã.

Repito que, os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Quinta-Feira - Dia de OXÓSSI

Bom dia amigos e amigas!

Mais um dia de nossa conversa sobre os Orixás e seus dias! Vamos entrar nessa viagem mística?!



O conhecido senhor da caça e das florestas, Òsòòsì (nome em Yoruba), tem como habitat natural e paixão - adivinha? - as florestas, onde vive e caça. Conhece as propriedades dos seres que vivem lá.

Nesta ordem, é a divindade da harmonia e do equilíbrio ecológico e está associado à vida ao ar livre e com os elementos da natureza. Pessoas que amam trilhas, e expedições "naturebas" vivem em constante contato com este Orixá.

Foi um dos primeiros aprendizes de Ogún na arte da caça, juntamente com Erinlé (rei de Ketu e Patrono dos caçadores e do povo de Ketu). Por consequência, está associado a capacidade estratégica e possui intuição e percepção aguçadas. Aprecia a vida ao ar livre e a música, muito utilizada na caça e na guerra para atrair sorte e fazer do trabalho um fonte de prazer.

Odé, com também é chamado, é protetor dos humilhados e injustiçados e é cultuado para atrair agilidade e sorte nos negócios e assuntos relativos a dinheiro, mas também zela por assuntos familiares, representando a fartura em casa.

Algumas das ferramentas utilizadas pelo Orixá caçador são:
- Ìùkèrè - cauda de animal que, após preparo artesanal, se torna mágico e é carregado por sacerdotes e reis como símbolo de realeza e poder;
- Ofà - Arco e flecha.

A cor representativa e utilizada em suas vestimentas sagradas é o azul claro, na mesma tonalidade do céu, conforme os tecidos abaixo. Entretanto, nos colares utiliza-se apenas o azul ou alternado com branco.

Lembrando que, os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quarta-Feira - Dia de XANGÔ

O famoso Orixá Rei é louvado nas quartas-feiras.

Possuindo diversas características interessantes representa o maior número de virtudes e, ao mesmo tempo, de imperfeições humanas.

Vamos conhecer um pouco mais sobre elas?



SÁNGÒ, escrita Yoruba de seu nome, é conhecido como dono dos raios e trovões (a velocidade de um raio que atinge uma árvore), do fogo (se alastrando pelos bosques), da guerra com inteligência aguda, dos Ilús Batas (tambores sagrados), da música, da dança, da bravura viril. A ferramenta que o representa é o machado de dois lados como muitos já o sabem.

Filho direto de Olófin (rei dos reis), Sángò foi o quarto Alafin (proprietário do palácio real - rei) de Oyó e governou por algum tempo com tal. Em reconhecimento à grandeza desse rei, todos na religião devem tocar o solo com a mão ao mencionar seu nome, em sinal de respeito.

E as propriedades acima relacionadas tem total relação com as características de qualidades e defeitos, se assim podemos classificá-las, deste Orixá tão renomado!

-Bom amigo - ele é Okanami com Esu, ou seja, do mesmo coração, cultivando uma grande amizade com o mesmo);
-Bom pai - É um selvagem defensor de seus filhos e lhes proporciona riqueza, desenvolvimento material e poder na Terra, mas sabe-se que  apenas enquanto seus filhos sejam obedientes, pois não admite covardia, injustiça, desonestidade, preguiça, falsidade e roubo sob pena de castigos duros. Devido a estas características é um dos orixás mais venerados dentro da religião, mas também temido entre os yorubás;
-Trabalhador -  Sángò simboliza a energia, a criatividade, as articulações, as especulações;
-Valente - Bravo guerreiro da religião, travou grandes batalhas com Ogun pela posse de Oya. Mesmo sendo ambos guerreiros de forças inesgotáveis, Sángò venceu por ser representante da inteligência no mundo, transmitindo, em alguns momentos, que esta deve se sobrepor á força bruta. Vale esclarecer que esta rivalidade não existe de fato
-Adivinho - Mesmo tendo entregue o tabuleiro de Ifá (conhecido tabuleiro sagrado) à Orunmilá em troca da vida, da alegria e da faculdade da dança, seus filhos possuem uma habilidade inata para a adivinhação;
-Generoso - Xangô, ao vir ao mundo, repartiu entre os seres humanos a vontade de viver, a obstinação, a alegria, as festas, a esperança. dizem os yorubás que se Sángò não existisse no mundo, este seria menos alegre, pois ele compartilhou a consciência do "viver intensamente", aproveitando cada segunda desta dádiva que recebemos, cada toque de um tambor, tom de uma música. A essência deste grande Orixá;
- Justiceiro;
- Curandeiro;
- Bom amante.

E, ao mesmo tempo:

- Mulherengo - Sua esposa legítima é Óba que tem por ele um amor delirante, tendo sido capaz de de mutilar por paixão ao monarca. Mas, também, mantém relações amorosas com Oya, Osun, e Iyewa que são apaixonadas por ele. Extremamente fogoso, diz-se que chegou a existir 200 mulheres para o rei do trovão e que ele satisfazia a todas. É a própria personificação da virilidade;
- Violento, brigão, tempestuoso - Seu temperamento é irascível;
- Autoritário;
- Ambicioso;
- Farrista - O orgulho, a vaidade, a realeza, as festas, a fama, a masculinidade, a elevação, a glória, o poder, o dinheiro e crescimento material, todas características de Xangô.

Por conta de seu intenso amor à vida, Xangô não acredita na morte e não a aceita, pois não crê no impossível.

A lição que podemos tirar deste adorado Orixá é que devemos sempre aproveitar o que a vida nos proporciona, mesmo em momentos difíceis, pois é um verdadeiro presente que recebemos, mas sempre com caráter, justiça e astúcia!

KAO KABIYES!

Outro Orixá que é cultuado na quarta-feira é Iansã, sobre o qual conversaremos na semana que vem.

As cores mais utilizadas para as vestimentas do Orixá Rei são: vermelho, marrom, podendo haver fios dourados.
Como de costume, abaixo, estão alguns tecidos africanos que podem ser utilizados para confecção das vestimentas sagradas de Sángò.

Vale lembrar que os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Terça-Feira - Dia de OGUM

Talvez um dos mais falados e conhecidos Orixás da religião africana, muito provavelmente devido ao sincretismo religioso com a Igreja católica, mas também por ser conhecido como o Orixá Guerreiro, aquele que mata o dragão, como diz a música...

Terça é dia de louvar à ele. E já vamos aproveitando para deixar algumas dicas por aqui, se você é filho de Ogum, jamais utilize roupa preta em uma terça-feira, ok?!



Como conversaamos a respeito, Ogum é o Orixá guerreiro, não é mesmo?! E isso se mostra em diversas histórias contadas ou escritas a respeito da personalidade enérgica e, por vezes, violenta deste Orixá tão respeitado. E, justamente por isso, algumas pessoas não conhecem que este mesmo grande Guerreiro de Iré tem o seu lado apaziguador.

Vocês devem estar pensando "Mas Ògún, apaziguador?" Isso mesmo! Para conferir um pouco mais sobre isso, acompanhe a gente na viagem de uma das histórias Nago abaixo:

"Ògún consultou o Orunmila, queria saber o que fazer para atingir a prosperidade. O grande Deus da Adivinhação, recomendou à Ògún que ele não se separasse de seu Alada (facão), pois através deste ele alcançaria a prosperidade. Foi orientado, ainda, a comer bastante inhame. Isso mesmo! Coincidência? Acho que não!
Ògún seguiu corretamente as orientações que lhe foram dadas.
Após ter comido bastante inhame, ficou com muita sede e, resolveu ir ao rio para beber água. Ao chegar lá, Ògún viu dois homens brigando por um peixe o qual ambos diziam ter pescado. Ògún resolveu intervir e lhes orientou a resolver a questão de forma civilizada. Disse-lhes que ao chegar em casa, poderiam dividir o peixe sem necessidade de briga. Os homens, ainda enraivecidos, não aceitaram a recomendação, esclarecendo que haviam vindo de direções opostas, um do oeste e outro do leste. Ògún, então, com seu facão, dividiu o peixe em duas partes, entregando uma metade a cada homem. 
Ao ver a habilidade de Ògún com o seu facão, os homens lhe fizeram um pedido, que abrisse uma trilha seguindo para o oeste e uma outra seguindo para o leste. mantendo seu intuito de ajudar, ele o fez e, foi recompensado pelos homens com grandes riquezas, por evitar que ambos brigassem e construir trilhas que beneficiaria a muitas pessoas de suas famílias. 
Desde então, quando Ògún partiu o peixe em dois, ele foi também chamado de Ògúndámeji.

Através desta pequena história podemos ver que mesmo o enérgico Ògún pode ser apaziguador.
Uma boa lição que podemos tirar é que com um espírito apaziguador evitamos conflitos e ainda podemos ser muito prósperos e receber recompensas inesperadas! 

Outro Orixá que é cultuado na terça-feita é Oxumarê, mas falaremos mais sobre este Orixá na próxima semana, ok?!

As cores mais utilizadas para as vestimentas deste poderoso Guerreiro são: verde escuro, azul escuro, azul rei.
Abaixo estão alguns tecidos africanos que podem ser utilizados para confecção das vestimentas sagradas para Ogum.

Vale informar que os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Segunda-Feira - Dia de EXU ORIXÁ

Nem todos conhecem bem um importante Orixá, o Exu Orixá. Portanto, vamos conhecê-lo um pouco mais:



Sua função mítica é a de mensageiro - é o que leva os pedidos e oferendas dos homens aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é tomado pela energia e pela consciência do seu Orixá pessoal (quando a consciência de quem carrega o Orixá desaparece).

O principal símbolo representativo de Exu Orixá é o Yangí (laterita, barro pré-histórico).

ESU OTA ORISA - Exu a pedra fundamental do Orisa.

ESU OFI OKUTA DIPO IO - Exu transforma o sal em pedra.

Para aqueles que cultuam Orixá, a terra é o elemento mais importante a ser reverenciado e, em conseqüência disso, a pedra - fruto da condensação da terra, desagregação particulada e formadora do microcosmo Yoruba. 
Essa singularidade pode ser vista na gênese Yoruba, amplamente documentada, por diversos autores. 

Olodunmarê após um tempo imemorial de inércia resolve criar o mundo, e sua primeira criação é a pedra primordial chamada por ELE de Esu Yangi e, posteriormente, de Esu Obasin, cultuado até os dias de hoje em Ile Ifé

Pode-se dizer que sem pedra (Ota), não há Orixá. 
KOSI OKUTA KOSI ORISA - Sem pedra, sem Orixá.
KOSI ESU KOSI ORISA - Sem Exu, sem Orixá.

Assim como Exu Orixá, existem alguns outros orixás que também são cultuados na segunda-feira, como Omolu e Nanã.

As cores de vestimentas de cada orixá variam de acordo com as características de cada. Neste caso, os tecidos abaixo podem ser utilizados na confecção das vestimentas específicas.

Tecidos Africanos não são fáceis de encontrar e é preciso conhecê-los bem para ter certeza de que não se está adquirindo "gato por lebre".

Vale informar que os tecidos abaixo estão à venda. Recebemos encomendas, também, para confecção das vestimentas.
Se tiver interesse em tecidos africanos, bordados (inclusive Richelieu) e na confecção da vestimenta completa, entre em contato conosco através de:

E-mail: tecidosafricanosebordados@gmail.com
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Obrigada pela sua companhia e até amanhã!!